Nosso corpo precisar funcionar perfeitamente. Qualquer coisinha que sai “fora dos eixos” j� causa algum probleminha. Sentimos na hora. Algumas coisas s�o mais graves, mas as menores acabam sendo deixadas de lado. Por�m, tem uma que devemos sempre nos atentar a ela, que � o metabolismo.
O metabolismo representa o processo qu�mico pelo qual nosso corpo transforma os alimentos que ingerimos em energia. Essa �, portanto, uma fun��o comum a todos os seres humanos e essencial para a nossa sobreviv�ncia. Ele � dividido em duas etapas fundamentais: rea��es catab�licas (respons�veis pela “quebra” do que ingerimos em partes menores, de f�cil absor��o) e rea��es anab�licas (fazem uso dessas subst�ncias para a manuten��o do funcionamento do nosso corpo).
O grande segredo est� em como esse processo acontece. Dependendo da velocidade com que o nosso organismo queima as calorias ingeridas, � poss�vel ter benef�cios como a manuten��o do peso corporal e uma maior dificuldade no ac�mulo de gordura. Quem tem metabolismo acelerado tem facilidade para manter o peso e n�o acumular gordura. J� aqueles que t�m metabolismo lento, t�m dificuldade para emagrecer e propens�o ao aumento de gordura acumulada.
Tenho uma colega de trabalho que fez cirurgia bari�trica em antes de mim. Certo dia, conversando com ela, me disse que a cirurgia n�o gerou o resultado esperado porque a m�dica n�o acreditou que ela comia pouco. S� depois de operada, com a baixa perda de peso, � que ficou comprovado que seu problema � seu baix�ssimo metabolismo. Mesmo depois da bari�trica, ela teve que fazer regime e gin�stica especializada com um personal para acelerar seu metabolismo.
O fato � que, apesar de existir muitos mitos que rondam o senso comum sobre perda de peso e funcionamento do metabolismo, algumas coisas realmente afetam nosso corpo. E muitas delas n�o s�o lembradas ou levadas em considera��o no controle da obesidade, como a falta de sono e o consumo de bebidas alco�licas, que engordam.
Este alerta � feito pelo endocrinologista e professor Filippo Pedrinola: “Alguns comportamentos que viraram rotina durante o isolamento social acabaram se tornaram h�bitos que persistem at� hoje. N�o s�o raras as pessoas que afirmam que dormir mal e o consumo de �lcool foram potencializados. Por isso, o alerta continua t�o importante, ainda mais com a chegada do frio, em que aumenta o consumo de vinho, j� que o �lcool tem quase o dobro de calorias do a��car”.
O processo de produ��o do �lcool vem da destila��o ou fermenta��o do a��car, fazendo com que a mol�cula de a��car, antes com quatro calorias, passe a ter sete. Pedrinola diz que o metabolismo acaba sendo bastante afetado pelo consumo do �lcool, principalmente em quem est� passando por um processo de emagrecimento. “Quando h� a ingest�o da bebida alco�lica, al�m de consumir o dobro das calorias do a��car o metabolismo vai priorizar a elimina��o do �lcool do organismo. Isso significa que ele acaba deixando de lado o processo normal de queima cal�rica do corpo, proveniente dos alimentos que ingerimos, como se atrasasse o metabolismo”, explica o endocrinologista.
Como a moda agora s�o os coquet�is, os ingredientes que s�o acrescidos elevam em muito as calorias ingeridas. Infelizmente, as pessoas acham que o gin t�nica, por n�o levar a��car, n�o entra nessa regra, mas isso � uma impress�o falsa.
“O problema do gin t�nica � que a �gua t�nica, principal ingrediente, � um dos refrigerantes mais cal�ricos que existem. O quinino em sua composi��o demanda uma grande adi��o de a��car para que o sabor fique mais equilibrado. Existem alternativas para reduzir essa caloria, como utilizar �gua t�nica com zero a��car ou substituir o a��car branco de uma caipirinha por ado�ante. N�o podemos afirmar que essas vers�es dos coquet�is alco�licos n�o engordam, por�m s�o op��es mais adequadas para o consumo de quem est� controlando o ganho de peso”, declara Pedrinola.
“O problema do gin t�nica � que a �gua t�nica, principal ingrediente, � um dos refrigerantes mais cal�ricos que existem. O quinino em sua composi��o demanda uma grande adi��o de a��car para que o sabor fique mais equilibrado. Existem alternativas para reduzir essa caloria, como utilizar �gua t�nica com zero a��car ou substituir o a��car branco de uma caipirinha por ado�ante. N�o podemos afirmar que essas vers�es dos coquet�is alco�licos n�o engordam, por�m s�o op��es mais adequadas para o consumo de quem est� controlando o ganho de peso”, declara Pedrinola.
No caso do sono, uma �nica noite maldormida pode desregular todo o metabolismo. O ato de dormir � composto por quatro ciclos, cada um desses ciclos demora aproximadamente 90 minutos para se concluir, e a fase REM � essencial para o corpo e para a mente, sendo ela a respons�vel por liberar os horm�nios necess�rios para o bom funcionamento do c�rebro. Com a priva��o do sono, esses horm�nios ficam desregulados, gerando uma hiperprodu��o de grelina, produzida no est�mago e respons�vel por nos fazer sentir fome.
* Isabela Teixeira da Costa/Interina