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Estado de Minas ANNA MARINA

Janeiro Branco alerta para cuidado com a sa�de mental

Especialista no tema lista atitudes que ajudam a manter uma vida ps�quica mais saud�vel e comportamentos para auxiliar quem passa por sofrimento


05/01/2023 04:00 - atualizado 04/01/2023 19:53

ilustração mostra mulher segurando balão em formato de cérebro

Janeiro � o m�s de conscientiza��o das pessoas para a sa�de mental. O in�cio do ano � sempre marcado pelo surgimento de projetos, sonhos e anseios para uma nova esta��o. Simultaneamente, assomam-se as obriga��es, como pagar contas, matricular os filhos na escola, refazer as metas que n�o foram atingidas no ano anterior, e tudo isso requer habilidades emocionais para lidar com tantas demandas e expectativas.

No Brasil, cada m�s � designado com uma cor para representar uma campanha relativa ao calend�rio da sa�de e �s necessidades da popula��o. O intuito � trazer alcance e visibilidade acerca de informa��es pertinentes para os cuidados, tratamentos e preven��es de algumas doen�as. Quando se pensa no primeiro m�s do ano, a preocupa��o tem foco nas movimenta��es e nos sentimentos gerados ao iniciar estes novos ciclos. 

Pensando nisso, foi criada em 2014 a campanha Janeiro Branco, pioneira no pa�s. Para Andrea Chaves, psic�loga e especialista na �rea de sa�de mental, a campanha � dedicada a convidar as pessoas a refletirem sobre as suas particularidades, o sentido e o prop�sito da sua exist�ncia, a qualidade dos seus relacionamentos interpessoais e, at� mesmo, o seu n�vel de autoconhecimento. 

A partir da�, cria questionamentos e conscientiza��o a respeito de emo��es, pensamentos e formas comportamentais para lidar com cada esfera da vida de maneira saud�vel. O prop�sito � evidenciar temas da sa�de mental no mundo, voltando os olhares � preven��o do adoecimento psicol�gico da humanidade.

Mensagens e reflex�es


“Durante o Janeiro Branco, psic�logos e outros profissionais da sa�de se mobilizam para levar mensagens e reflex�es aos indiv�duos e �s institui��es que possuem relacionamento direto com a sociedade. ‘Quem cuida da mente cuida da vida’, ‘quem cuida das emo��es cuida da humanidade’, ‘quem cuida de si j� cuida do outro’, ‘sem psicoeduca��o n�o haver� solu��o’, ‘autoconhecimento: isso tamb�m tem a ver com a sua sa�de mental’ s�o alguns exemplos j� divulgados para chamar a aten��o de todos para que cuidem de si e dos outros, al�m de ressaltar a import�ncia das lutas por pol�ticas p�blicas voltadas para a sa�de coletiva”, afirma Andrea.

A sa�de mental tem relev�ncia por estar entre as demandas que mais afetam a popula��o, especialmente pessoas em idade produtiva. Cerca de 50 milh�es sofrem com algum tipo de transtorno, segundo dados da Associa��o Brasileira de Psiquiatria, relativos ao ano de 2021. Os diagn�sticos s�o variados: depress�o, transtornos de humor, d�ficit de aten��o, ansiedade, entre outros, afetando tamb�m outras faixas et�rias, incluindo crian�as e idosos.

Andrea explica que tal fen�meno � t�pico de pa�ses como o Brasil, considerado uma na��o com altos �ndices de ansiedade diagnosticada, apontando a capital federal, Bras�lia, como a cidade que tem o maior n�mero de diagn�sticos no pa�s. “Existe um conjunto de fatores que podemos atribuir ao adoecimento ps�quico das pessoas que moram em Bras�lia, tais como a conjuntura econ�mica, as quest�es de desigualdade social, o dif�cil acesso a tratamentos, o modelo performista de trabalho exaustivo e a dificuldade de v�nculos emocionais.”

Tabus

“Outro fator relevante s�o os tabus, por parte da popula��o, em procurar um psiquiatra ou um especialista em psicologia”, explica Chaves, ressaltando tamb�m que os pa�ses com investimentos em psicoeduca��o tiveram as suas taxas de suic�dio reduzidas e lembrando, ainda, que a depress�o � o maior diagn�stico associado ao comportamento suicida.

A especialista ressalta que, diferentemente do que a maioria imagina, n�o existe um �nico fator que seja a causa de crises enfrentadas pelas pessoas, mas uma s�rie de condicionantes, como fatores biol�gicos, sociais, emocionais e, segundo Andrea, at� mesmo, espirituais, que est�o relacionados �s cren�as que as pessoas possuem.

Em virtude de todas essas condicionantes, a profissional chama a aten��o para alguns aspectos, como a import�ncia de n�o categorizar os sentimentos, n�o julgar se o sofrimento do outro � certo ou errado, n�o associar transtornos psiqui�tricos � fraqueza ou � falta de f�. “O comportamento mais assertivo � incentivar as pessoas a buscarem ajuda especializada e tratamentos, acompanhando-as durante o per�odo”, destaca. O Estado conta com v�rios servi�os p�blicos e as faculdades possuem cl�nicas-escolas, que tamb�m oferecem aux�lio � popula��o.

Entre as medidas que os profissionais e os �rg�os respons�veis aconselham, est�o as relacionadas ao amparo do paciente, � fam�lia e aos amigos, essenciais para que o tratamento tenha �xito. Estar bem consigo mesmo e com qualquer outro indiv�duo, entender os desafios da vida, saber lidar com todas as emo��es e buscar ajuda quando necess�rio s�o outras recomenda��es que ajudam a manter a qualidade de vida.

“Rede de apoio familiar e de amigos, pr�tica de atividades f�sicas, cultivar hobbies, ter algum tipo de f� e pratic�-la. S�o bons condutores para qualquer pessoa cuidar das suas emo��es”, diz a profissional. Portanto, � necess�rio que cada um se atente �s suas necessidades e limita��es, avaliando o que serve de apoio e o que ajuda a trazer equil�brio e bem-estar emocional para garantir uma vida mais saud�vel, madura e longeva. 

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