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Estado de Minas ANNA MARINA

Avan�o das pesquisas sobre a insulina � boa not�cia para diab�ticos

No in�cio do s�culo 20, o diagn�stico do diabetes era quase senten�a de morte. Cem anos depois, j� se pode aplicar insulina apenas uma vez por semana


01/08/2023 04:00 - atualizado 01/08/2023 07:49
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Diabético pica o dedo com aparelho usado para medir insulina no sangue
Tratamento do diabetes registra avan�os significativos desde a d�cada de 1920 (foto: Paul Hunt/Pixabay)

Usu�ria di�ria da insulina, gosto de saber sobre sua hist�ria, que est� fazendo mais de um s�culo. Recentemente, recebi material a respeito da Icoteca, aplicada apenas uma vez por semana. Como fa�o sete aplica��es semanais, quero aproveitar a novidade. Primeiro, vou recorrer a meu m�dico para avaliar se posso assumir o milagre.

A descoberta da insulina est� diretamente ligada ao tratamento do diabetes, doen�a caracterizada pela incapacidade do corpo de regular os n�veis de glicose no sangue adequadamente. Antes de sua descoberta, o diagn�stico da doen�a era frequentemente considerado senten�a de morte. E n�o � exagero.

Em 1921, Frederick Banting e seu assistente Charles Best descobriram que a insulina poderia ser extra�da do p�ncreas de animais e usada para tratar o diabetes. Os cientistas conduziram experimentos em c�es, removendo o p�ncreas dos animais para induzir o diabetes. Posteriormente, isolaram a insulina, purificando-a para uso medicinal. Essa descoberta revolucion�ria permitiu o tratamento do diabetes tipo 1, condi��o em que o corpo para de produzir esse horm�nio na quantidade demandada pelo organismo.

No ano seguinte, em 1922, o primeiro paciente humano com diabetes, Leonard Thompson, de 14 anos, recebeu inje��o de insulina. O tratamento foi um sucesso, com melhora significativa dos sintomas e da qualidade de vida.

Em 1923, a Nordisk Insulinlaboratorium come�ou a produzir e comercializar insulina, depois de a t�cnica de extra��o e purifica��o ser levada para a Dinamarca por August Krogh e Marie Krogh. Desde ent�o, avan�os significativos ocorreram na forma como ela � produzida e administrada.

Em 1946, Hans Christian Hagedorn desenvolveu a NPH, insulina de a��o mais prolongada, o que permitiu a pacientes de diabetes receberem menos inje��es di�rias. Na d�cada de 1970, o automonitoramento da glicose no sangue se tornou padr�o de tratamento. Por meio de medidores de glicose port�teis, diab�ticos conseguiam acompanhar os n�veis de glicose ao longo do dia e controlar sua condi��o.

O n�vel m�dio de glicose no sangue durante os �ltimos 120 dias � o principal meio de analisar o gerenciamento da subst�ncia no sangue, permitindo ao m�dico avaliar o impacto das mudan�as no estilo de vida e os efeitos da medica��o nos resultados de sa�de a longo prazo.

Em 1980, a insulina se tornou a primeira prote�na terap�utica criada utilizando a tecnologia de DNA recombinante. Outra importante evolu��o foi o lan�amento das canetas de insulina, em 1985. Desenvolvido pela Novo Nordisk, o dispositivo permitiu autoadministrar a medica��o de maneira mais discreta e conveniente.

No ano de 1996, foi introduzida a primeira gera��o de an�logos de insulina, varia��es de formula��es de a��es r�pida, longa e pr�-misturada, desenvolvidas para imitar o padr�o natural de libera��o de insulina pelo corpo.

Na d�cada de 2010, foi desenvolvida a insulina de a��o ultralonga. Libera gradualmente insulina ao longo de um per�odo estendido, ajudando a controlar os n�veis de glicose no sangue por 24 horas ou mais.

Este ano, surgiu o medicamento Insulina Icodeca, primeira insulina basal semanal do mundo. Seu uso semanal reduzir� em 85% a quantidade de aplica��es, passando de sete por semana para apenas uma, o que proporcionar� mais conforto a pacientes com diabetes tipo 2.

Em Montes Claros, a f�brica da Novo Nordisk inaugurou sistema de capta��o de �gua pluvial com capacidade de 80 milh�es de litros por ano. Como a insulina tem mais de 90% de �gua em sua composi��o, isso permitir� fabricar o produto utilizando �gua da chuva.

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