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Estado de Minas MERCADO DE CAPITAIS

Como � a rela��o entre mercado financeiro e diversidade e inclus�o?

Segundo a Anbima, essas institui��es ainda n�o implementam a��es de forma integrada e faltam metas e indicadores de acompanhamento


11/03/2022 06:00 - atualizado 11/03/2022 10:17

 
Executiva negra atendendo o telefone
(foto: Pexels)
 
Apesar de 52% das institui��es financeiras no Brasil terem pol�ticas de promo��o da diversidade e inclus�o (D&I), dessas, apenas 24% definiram metas e somente 35% t�m indicadores e dashboards para acompanhamento dos avan�os. Os dados s�o  da pesquisa Diversidade e Inclus�o nos Mercados Financeiro e de Capitais, realizada pela Associa��o Brasileira das Entidades dos Mercados Financeiro e de Capitais (Anbima), que mapeou a maturidade do setor em rela��o a D&I.
 
A pesquisa online foi realizada entre junho e agosto de 2021, com o apoio da consultoria Goldenberg Diversidade. No total, foi registrada a participa��o de 94 institui��es de diversos segmentos: assets, bancos de atacado, plataformas de investimento e conglomerados.  
 
O levantamento tamb�m mostra que:
 
  • apenas 16% das institui��es contam com a��es estruturadas, regulares, orientadas por metas e objetivos claros, principalmente os conglomerados;
  •  18% fazem a��es pontuais, por�m sem pol�tica, metas e objetivos claros de atua��o, o que acontece com mais frequ�ncia nas plataformas de investimento;
  • 26% n�o t�m nenhum tipo de atua��o, mas t�m interesse em promover diversidade e inclus�o em suas organiza��es. 
Al�m disso, apenas 20% das institui��es entrevistadas adotam requisitos de diversidade e inclus�o na contrata��o de fornecedores e apenas 30% possuem grupos de afinidade para p�blicos diversos. 
 
Mas, afinal, quais s�o as barreiras e desafios para o avan�o da diversidade e da inclus�o no mercado de capitais? De acordo com a pesquisa da Anbima esses s�o os principais motivos:
  • a tem�tica n�o � priorizada (41%);
  • desconhecimento sobre o tema e formas de evoluir (40%);
  • falta de a��es pr�ticas e intencionais (55%);
  • falta de representatividade de diferentes grupos sociais nas organiza��es (55%);
  • baixo engajamento da alta lideran�a das empresas (30%);
  • baixo engajamento de colaboradores e colaboradoras das empresas (14%);
  • ambientes de trabalho pouco inclusivos (32%).
E o que � necess�rio para reverter esse cen�rio no mercado financeiro no Brasil? A pr�pria pesquisa Diversidade e Inclus�o nos Mercados Financeiro e de Capitais aponta alguns passos que as institui��es financeiras podem adotar: 
  • cria��o de programas de diversidade e inclus�o - ou seja, entender de uma vez por todas que apenas contratar uma pessoa diversa ou realizar apenas uma palestra sobre D&I por ano n�o significa que a institui��o tem compromisso real com a pauta. A cria��o e desenvolvimento de um programa de diversidade e inclus�o necessita de investimento, grana mesmo, comprometimento, continuidade e tempo para realmente gerar impacto na cultura da institui��o;
  • � necess�rio tamb�m definir as metas e indicadores. � muito importante definir as a��es que v�o nortear o programa de diversidade e inclus�o; 
  • definir as m�tricas - � muito importante definir quais as ferramentas v�o mensurar os resultados e avan�os;
  • oferecer palestras e rodas de conversa sobre D&I para todas as pessoas contratadas pela institui��o financeira e levar letramento e conscientiza��o para toda a empresa;
  • oferecer programas de mentoria para a lideran�a sobre o assunto;
  • criar a��es de equidade;
  • a atra��o de candidatos mais diversos para processos seletivos;
  • repensar os crit�rio de contrata��o e ampliar a contrata��o de profissionais
  • firmar parcerias com fornecedores que tamb�m investem de maneira pr�tica em diversidade e inclus�o;
  • � necess�rio olhar para a diversidade e inclus�o de maneira integrada. 
Vale refor�ar que a diversidade e inclus�o al�m de promover justi�a social, � fundamental para aumentar o engajamento, a criatividade, a inova��o, a produtividade, a competitividade e tamb�m os lucros. Ou seja, D&I tamb�m precisa ser encarada como estrat�gia de neg�cios, que podem agregar muito valor para a institui��o. 
 
N�o � � toa que, em alguns pa�ses, o mercado financeiro j� d� alguns passos significativos em rela��o � diversidade e � inclus�o. Em agosto de 2021, a Comiss�o de Valores Mobili�rios dos Estados Unidos (CVM),  aprovou uma proposta da Nasdaq para que as empresas listadas tenham diversidade nos conselhos de administra��o, com pelo menos dois membros de grupos minorizados.
 
A nova  regra j� passa a valer para as mais de 3 mil empresas listadas na Nasdaq. Al�m disso, elas s�o obrigadas a trazer ao p�blico os dados sobre diversidade em seu conselho um ano ap�s a aprova��o da regra. As empresas que n�o se adequarem ou n�o justificarem o porqu� n�o o fazem podem ter suas a��es retiradas da bolsa de valores.
 
O segmento financeiro brasileiro precisa e pode  amadurecer e evoluir no quesito diversidade e inclus�o.  E, para isso, � necess�rio mais do que um discurso, � essencial intencionalidade, um bom planejamento, investimento e tirar as a��es de diversidade, equidade e inclus�o do papel. 

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