O antigo ditado futebol e pol�tica n�o se discute, ainda mais quando est�o em campo Argentina e Brasil, perdeu o sentido ontem. S� que n�o teve est�dio, teve foi almo�o no Itamaraty, com direito a brinde. Os presidentes Jair Bolsonaro e Mauricio Macri posaram para fotos na chegada e com a ta�a de espumante na hora do brinde.
“Esta viagem � o come�o de um salto para frente do Mercosul e da conviv�ncia, que seja melhor daqui para frente”, declarou o argentino com a devida anu�ncia do brasileiro. Afinal, ambos rejeitam o protecionismo e n�o andam satisfeitos com o bloco do Mercosul, muito antes pelo contr�rio. N�o � � toa que o presidente Donald Trump j� prometeu visitar o Brasil. Se os democratas deixarem, n�? Haja confus�o l� nos Estados Unidos. E que confus�o!
Desde a posse do presidente brasileiro, Mauricio Macri foi o primeiro chefe de Estado a visitar o pa�s. E n�o perdeu a viagem, colocando na pauta tamb�m a quest�o envolvendo a Venezuela. Zombaria, elei��es fict�cias foram termos usados e por a� foi o argentino. J� que falamos em zombaria…
“Quando fevereiro chegar, entraremos no Conselho Nacional do Minist�rio P�blico (CNMP) contra Deltan Dallagnol, que continua a fazer pol�tica com declara��es, tweets e retweets. Agora, sem os seus parceiros Janot (aposentado) e Miller (aprovado em concurso de juiz federal).” A amea�a vem de Renan Calheiros (MDB-AL), que pretende disputar o comando do Senado, cujo presidente � respons�vel tamb�m pelas sess�es do Congresso, as que re�nem senadores e deputados.
Se tem for�a para isso, melhor esperar. Afinal, Renan Calheiros, j� faz tempo, � considerado hostil ao Pal�cio do Planalto e o presidente Jair Bolsonaro (PSL) n�o vai querer um inimigo declarado sentado no centro da Mesa Diretora do Senado. E se Renan prefere o ataque ao Minist�rio P�blico em lugar de cuidar de sua defesa, j� que tem mais den�ncias no caminho que podem deix�-lo encrencado at� o pesco�o, melhor esperar para ver.
Por falar em encrenca, tem o Luiz, o Luiz e o Luiz no meio do caminho das not�cias. E os tr�s pediram “perd�o” � Col�mbia. Melhor deixar claro de uma vez, tem a Odebrecht no meio. Trata-se de Luiz Antonio Bueno Junior, Luiz Antonio Mameri e Luiz Eduardo da Rocha Soares, que querem ser perdoados e prometem, em troca, US$ 6,5 milh�es e informa��es sobre suborno pago pela empreiteira.
“Torna-se urgente a reconstru��o do partido e a supera��o dos conflitos �ticos que os brasileiros exigem. Eu, por estar envolvido em um projeto de cidade, n�o posso participar da refunda��o do partido. Desejo que o PSDB se reconecte ao povo. Tenho esperan�a de que o partido recupere suas ra�zes”.
A frase � do prefeito de Contagem, Alex de Freitas. Al�m da esperan�a, ele ressaltou que “a pressa, agora, � para transformar a vida das pessoas de Contagem”. Boa sorte a ele
Novidade?
A fila andou mais uma vez. Come�ou l� longe, na Arena, ainda dos tempos da ditadura, em 1979. Depois veio o PDS, o sucessor dela, de 1980 a 1985. E continua: PMDB, de 1986 a 1988, PRN, de 1989 a 1992 – pausa para o impeachment na Presid�ncia da Rep�blica e temporada sem ter os direitos pol�ticos por causa disso – e teve ainda PRTB, de 2000 a 2006, e PTB, de 2007 a 2016. A� veio o PTC, onde estava at� esses dias. Se precisa mais, inclua ent�o o Pros. Isso mesmo, ele agora � do Partido Republicano da Ordem Social. � claro que se trata do senador Fernando Collor de Mello.
C�u � o limite?
“Conseguimos o c�u para o PSL, como esses caras n�o v�o votar no Rodrigo?”, declarou o l�der do PSL na C�mara dos Deputados, Delegado Waldir (GO), em uma conversa com jornalistas no Pal�cio do Planalto, fazendo refer�ncia a uma das vice-presid�ncias da C�mara e a duas comiss�es negociadas pela legenda para o apoio a Maia. J� que ele n�o citou, melhor lembrar o que j� havia dito o presidente nacional do PSL, deputado eleito Luciano Bivar (PE). O partido n�o pretende abrir m�o da Comiss�o de Constitui��o e Justi�a (CCJ), a mais importante, porque tudo tem de passar por ela.
Novos rumos
O ex-ministro da Fazenda Henrique Meirelles entrou na onda do desafio dos 10 anos nas redes sociais. Ele postou uma foto de 2009, ao lado de outra, tirada este ano (foto). “10 anos se passaram, muitos desafios pessoais e profissionais foram conquistados”, escreveu. Fisicamente, Meirelles continua o mesmo, com a careca proeminente e �culos de arma��o invis�vel. No curr�culo, entretanto, muita coisa mudou. Ele foi ministro de Michel Temer (MDB), presidiu o Banco Central no governo Lula (PT), esteve no de Dilma Rousseff (PT). Agora, em 2019, acaba de assumir a Secretaria de Estado da Fazenda de S�o Paulo, no governo de Jo�o Doria (PSDB).
PDT com Maia
Dois eram contr�rios. Um deles j� desistiu. O outro ficar� falando sozinho, se ficar na mesma posi��o. Trata-se do apoio do PDT � reelei��o do presidente da C�mara dos Deputados, Rodrigo Maia (DEM-RJ), e pode at�, dependendo de como ficar, conseguir um lugar na Mesa Diretora. Afinal, ano passado, eram 19 pedetistas. Este ano, a bancada subiu para 29 deputados. J� � um cacife, pequeno, mas �. Quem continua no �mbito da esquerda � o PT, que deve ficar falando sozinho. Afinal, tem muita gente no PCdoB querendo se deslocar da influ�ncia petista.
Pinga fogo
“As portas do PSDB continuar�o abertas para esse not�vel homem p�blico.” Quem garante � o presidente estadual tucano, deputado Domingos S�vio (foto), sobre a sa�da de Alex de Freitas do partido. Ainda lamentando que “um quadro t�o valoroso n�o v� mais figurar em nossa legenda” e registrando que respeita a decis�o do prefeito de Contagem.
Falar em decis�o, Thereza May conseguiu, por pouco, mas conseguiu continuar como premier da Inglaterra. Foram apenas 19 votos a seu favor. Na tradu��o simult�nea, ela continua no cargo, mas o placar significa que est� na corda bamba.
O apelo dos seus seguidores para os pr�ximos 10 anos � para que o ex-ministro Henrique Meirelles vire youtuber. Afinal, como se arriscou com a candidatura na corrida presidencial do ano passado, ele deve ter boas hist�rias para contar.
Na entrada, escondidinho de polenta com galeto desfiado. O prato principal, bacalhau � Lagareira. Tudo isso no almo�o oferecido pelo presidente Jair Bolsonaro ao colega argentino Mauricio Macri. Na sobremesa: sorvete de queijo de Minas com calda de goiabada.
J� que at� no almo�o, assim como na pol�tica nacional e internacional, tinha que passar mesmo por Minas, o jeito � ficar por aqui. E desejar a todos um bom Romeu e Julieta, a goiabada com queijo. Haja apetite para as guloseimas.