O dia n�o foi bom para muitos, do general ao presidente

O general do Ex�rcito Jo�o Carlos Jesus Corr�a disse que vai adotar medidas corretivas no �rg�o respons�vel por executar a reforma agr�ria e o ordenamento fundi�rio nacional, mas sem “atropelo ou estresse institucional”. “Se a gente tiver de tirar dali uma gema que est� estragada, se for de forma precipitada, vai quebrar o ovo.”

Tem mais: “Minha maneira de proceder durante toda a vida profissional foi a de conduzir os processos com harmonia. Aquilo que tem de ser feito, eu sempre procurei fazer e n�o gosto de ficar fazendo estardalha�o, alardeando. Sempre comandei e conduzi meu trabalho evitando a personaliza��o das realiza��es”. Tem que manter isso, viu?

A frase j� antiga � do general do Ex�rcito Jo�o Carlos Jesus Corr�a. A not�cia nova � a que deu no Di�rio Oficial da Uni�o (DOU) de ontem a exonera��o dele pelo presidente Jair Bolsonaro (PSL) da presid�ncia do Instituto Nacional de Coloniza��o e Reforma Agr�ria (Incra). S� que n�o deu para manter isso, viu?

Nem rezando. No lugar do general Jo�o Carlos Jesus foi nomeado para o cargo o economista e pecuarista Geraldo Jos� da C�mara Ferreira de Melo Filho. O detalhe que interessa � o fato de ele ser s�cio de fazenda e ex-assessor de Onyx Lorenzoni. A�, o presidente Bolsonaro manteve isso, viu?

S� que o dia n�o foi bom para o presidente da Rep�blica. Pelo menos na C�mara dos Deputados. Depois de tudo conferido, o l�der do PSL continua sendo o Delegado Waldir (GO). Ele venceu o deputado Eduardo Bolsonaro (SP). Melhor nem entrar na confus�o de votos a mais que teve ou n�o teve. Deixe pra l�. Os pesselistas que se entendam.

S� que o troco do presidente mudou a frase e “n�o manteve isso, viu?”. Em retalia��o, ele tirou a deputada federal Joice Hasselmann (PSL-SP) do posto de l�der do Governo no Congresso. � prerrogativa dele e, �bvio, que por causa do apoio que ela deu ao Delegado Waldir (GO).

Se tinha um �udio no meio do caminho, em que o pr�prio presidente pediu aos parlamentares da sigla que assinassem a lista para destituir o deputado e apoiassem o nome do seu filho, Eduardo, passou recibo Jair Bolsonaro. O que prevaleceu foi que os pesselistas optaram por “n�o manter isso, viu?”.

Por fim, tem Floripa no meio do caminho e suas belas praias. Mas, acompanhado do general Luiz Eduardo Ramos, ministro-chefe da Casa Civil, e do ministro de Justi�a e Seguran�a P�blica, S�rgio Moro, o presidente Jair Bolsonaro participou de aula de curso de forma��o da Pol�cia Rodovi�ria Federal (PRF). Detalhe: ele aproveitou para inaugurar um estande de tiros, isso ele teve que manter.

Para registro, � a famosa frase do ent�o presidente Michel Temer (MDB): “Tem que manter isso, viu?”. E traz protagonistas coadjuvantes como o empres�rio Joesley Batista, o operador financeiro L�cio Funaro e at� o ex-presidente da C�mara dos Deputados Eduardo Cunha, encrencado na Opera��o Lava Jato da Pol�cia Federal (PF) e que continua preso no Rio de Janeiro. “O di�logo quase monossil�bico entre ambos evidencia, quando muito, bravata do ent�o presidente da Rep�blica”, a frase � do juiz Marcos Vin�cius Reis Bastos, da 12ª Vara Federal Criminal de Bras�lia ao desqualificar a frase, diante da den�ncia do ent�o procurador-geral da Rep�blica, Rodrigo Janot.

Esse foi o termo mais usado pelos deputados que estavam em plen�rio da Assembleia Legislativa, na tarde de ontem, na reuni�o ordin�ria, para parabenizar a atitude do parlamentar Cleitinho Azevedo (PPS), que se apresentou ao trabalho devidamente vestido com palet� e gravata, como manda o regimento interno da Casa. Pediu quest�o de ordem e subiu � tribuna para pedir desculpas pelo comportamento do dia anterior, quando surgiu de camisa verde de um time de futebol, cal�a jeans e t�nis. “Comprei alguns palet�s e gravatas e seguirei � risca o regimento. Pe�o desculpa pelo que fiz e nunca mais farei de novo.”

Mas Cleitinho Azevedo (PPS) tamb�m n�o deixou por menos. Anunciou, em alto e bom som, que, a partir de agora, ficar� vigilante e que vai denunciar todos aqueles que v�o � paisana marcar ponto em plen�rio. “E olha que n�o s�o poucos. Tem deputado eleito que nem aqui apareceu uma �nica vez para trabalhar. Quero falar na cara deles. N�o mandarei recados. Ficarei, sim, muito vigilante”, avisou Cleitinho com mais um pedido de desculpas pelo “ato falho”.

“Sendo prerrogativa do presidente da Rep�blica escolher seus l�deres para representar o governo no Poder Legislativo, ser� encaminhada mensagem ao Congresso Nacional informando a substitui��o da deputada Joice Hasselmann (PSL-SP) pelo senador Eduardo Gomes (MDB-TO) na fun��o de l�der do governo naquela Casa Legislativa.” Quem informou foi o porta-voz, general Ot�vio do R�go Barros. Curr�culo pol�tico, Eduardo Gomes tem: foi vereador, deputado federal de 2003 a 2015 e senador a partir de agora.

Teve sess�o no Supremo Tribunal Federal (STF) para tratar das condena��es antes de chegar � �ltima inst�ncia, em que muitos casos v�o parar. A Ordem dos Advogados do Brasil (OAB) e a Procuradoria-Geral da Rep�blica (PGR) se manifestaram. Come�ou ent�o a vota��o? Que nada! Os votos dos 11 ministros ser�o s� na pr�xima quarta-feira. E, pode escrever, uma sess�o s� dificilmente vai conseguir chegar a um veredicto.

“Deixo a lideran�a no Congresso com dever cumprido. Articulei a reforma da Previd�ncia em todo pa�s, aprovei o PLN que deu ao PR @jairbolsonaro R$ 248 bi e o salvou de um impeachment.” A frase � da ex-l�der do governo no Congresso, deputada Joice Hasselmann (PSL-SP).

A publica��o no Twitter da deputada Joice ainda continua e pega pesado com bastante for�a: “Contive in�meras crises. N�o me importo com a ingratid�o. Meu couro � duro. Sigo apoiando o Brasil!” Ser� que o presidente vai passar recibo, vai tuitar tamb�m?

Cad� o presidente do PSDB, Bruno Ara�jo, ex-ministro das Cidades e ex-deputado? O fato � que o partido divulgou um comunicado em que condena o presidente Jair Bolsonaro (PSL) e associa as ideias do governante com o “radicalismo de esquerda”.

O detalhe � que a nota, ao contr�rio da Joice Hasselmann, n�o � assinada por qualquer dos integrantes do ninho tucano e muito menos do pr�prio presidente da legenda. Depois reclamam quando h� registros dizendo que o partido subiu no muro.

Sendo assim, o melhor a fazer � esperar por uma viagem internacional. Calma, gente, quem dera? O fato � que muitos senadores n�o querem p�r a cara nas lentes fotogr�ficas ou cinematogr�ficas para aprovar a indica��o de Eduardo Bolsonaro (PSL-SP) para a embaixada nos EUA do amigo Trump.