Papa Francisco faz apelo para acabar com a guerra da R�ssia na Ucr�nia

Papa Francisco: “Acabem com esta guerra, calem-se as armas, parem de semear morte e a destrui��o”. Francisco falou em tom s�rio na Sala Paulo VI. Melhor o que ele pr�prio deixou claro, porque tem mais e traz um cen�rio triste.

“Diante de seus olhos est�o as imagens de mais de 70 corpos de civis espalhados pelas ruas, de m�os atadas atr�s das costas, em Bucha, uma cidade ucraniana a poucos quil�metros de Kiev, cujas fotos foram divulgadas pelas autoridades locais junto com relatos de valas comuns”, disse o pont�fice. O mundo ficou indignado com essas terr�veis fotografias, que est�o sendo investigadas como “crimes de guerra”.

Crueldades cada vez mais horrendas, perpetradas tamb�m contra civis, mulheres e crian�as indefesas. S�o v�timas cujo sangue inocente clama ao c�u e implora: “Acabem com esta guerra! Silenciem as armas! Parem de semear a morte e a destrui��o”.

O papa pede aos fi�is que rezem por isso e, de cabe�a baixa, fica em sil�ncio por alguns minutos. Depois, ele se levanta e mostra a todos uma bandeira em dois tons de verde, com uma cruz desenhada e escritas em ucraniano ao redor: “Ontem, direto de Bucha, me trouxeram esta bandeira. Esta bandeira vem da guerra, da cidade martirizada de Bucha”.

Algumas crian�as ucranianas sobem ao palco, acompanhadas por seus pais. A mais nova est� no colo de sua m�e, e o maior leva um desenho. “Estas crian�as tiveram que fugir e chegar a uma terra estranha: este � um dos frutos da guerra. N�o os esque�amos, e n�o esque�amos o povo ucraniano.” Francisco dobra a bandeira, a beija e aben�oa. Depois, entrega alguns ovos de P�scoa �s crian�as.

Se o papa se antecipou, melhor � voltar ao Brasil, j� que por aqui o cen�rio anda quente, na pol�tica e na Justi�a. O ministro do Supremo Tribunal Federal (STF) Alexandre de Moraes prorrogou por mais 60 dias o inqu�rito que apura as fake news do presidente da Rep�blica, Jair Bolsonaro. O fato � que o presidente da Rep�blica Federativa do Brasil, no ano passado, associou a vacina��o contra a COVID-19 a um risco de desenvolver Aids.

Essa rela��o, que n�o existe, foi feita pelo presidente em uma transmiss�o nas redes sociais. A decis�o do ministro Alexandre de Moraes atende a um pedido feito pela delegada Lorena Lima Nascimento, da Pol�cia Federal (PF).

Alexandre de Moraes tamb�m autorizou que a Pol�cia Federal (PF) encaminhe um of�cio ao Google para que a empresa forne�a, em 10 dias, o v�deo da live do presidente que gerou a investiga��o. A PF ter� mais 60 dias, isso mesmo, dois meses, para prosseguir com as investiga��es.

“No caso desse conflito, n�s temos um lado claro, que � a paz mundial. A agress�o � inadmiss�vel. No momento em que h� um conflito armado e a invas�o de territ�rio, n�s entendemos que a R�ssia cruzou uma linha vermelha. Quanto a isso n�o h� d�vida em rela��o � posi��o do Brasil.” O ministro das Rela��es Exteriores, Carlos Fran�a, classificou, ontem, como inadmiss�vel a agress�o da R�ssia � Ucr�nia. Cobrado sobre uma posi��o clara do Brasil em rela��o ao conflito em audi�ncia p�blica, ele voltou a criticar as san��es econ�micas impostas � R�ssia.

Sendo assim, o presidente da Comiss�o de Rela��es Exteriores e de Defesa Nacional, deputado A�cio Neves (PSDB-MG), enviou of�cio ao ministro das Rela��es Exteriores, Carlos Fran�a, pedindo que o Brasil atenda aos apelos do encarregado de neg�cios da embaixada ucraniana no Brasil, Anatoly Tkach, por mais ajuda humanit�ria. No documento, A�cio parabeniza “o trabalho conduzido pelo Itamaraty com o Minist�rio da Defesa, que culminou na repatria��o de 68 refugiados que estavam em guerra no conflito R�ssia-Ucr�nia. Entre eles, 43 s�o brasileiros”.

O presidente da Rep�blica, Jair Messias Bolsonaro (PL), vetou projeto de lei complementar que repassaria R$ 3,86 bilh�es do Fundo Nacional de Cultura (FNC) para fomento de atividades e produtos culturais em raz�o dos efeitos econ�micos e sociais da pandemia da COVID-19. O projeto foi batizado de Lei Paulo Gustavo, em homenagem ao ator e comediante que morreu em maio do ano passado, v�tima da doen�a. O veto ao projeto foi publicado na edi��o de ontem do Di�rio Oficial da Uni�o (DOU).

“Com todo respeito a voc�, tem que amadurecer um pouquinho a mais para falar em campanha. Ainda mais agora que diminuiu bastante o n�mero de candidatos.” O presidente Jair Messias Bolsonaro (PL) deu bronca, ontem, em um apoiador no cercadinho do Pal�cio da Alvorada e sugeriu que ele aprendesse mais sobre pol�tica antes de pensar em se lan�ar candidato pelo PL, partido do chefe do Executivo federal. “Sen�o eu n�o trabalho. Eu n�o trabalho, n�o consigo produzir nada. Imagina eu negociar bancada em cada estado. � dif�cil, imposs�vel fazer isso a�”.

Os tr�s professores convidados para falar no grupo de trabalho da C�mara dos Deputados sobre a ado��o do semipresidencialismo no Brasil defenderam a ado��o de consulta � popula��o sobre a mudan�a. O professor de ci�ncia pol�tica Oct�vio Amorim Neto, da Funda��o Getulio Vargas (FGV), prop�s um referendo cerca de oito anos depois da mudan�a. J� o professor de direito constitucional Daniel Sarmento, da Universidade do Estado do Rio de Janeiro, avaliou que um plebiscito antes da altera��o � juridicamente obrigat�rio.