Presidente eleito lamenta o radicalismo e a ignor�ncia dos bolsonaristas

Ao fim de uma semana de disputas na equipe que trabalha na transi��o de governo, o presidente eleito, Luiz In�cio Lula da Silva, reiterou, ontem, isso mesmo, no s�bado, que seu governo n�o ser� s� do Partido dos Trabalhadores.

“O governo n�o pode ser s� do Partido dos Trabalhadores, temos que ter governo com mais gente da sociedade, com mais gente de outros partidos, com mais gente que n�o tem nenhum partido”, disse Lula a uma plateia de apoiadores em audit�rio no Instituto Universit�rio de Lisboa, em Portugal.

O presidente eleito afirmou ontem, em Portugal, que venceu as elei��es deste ano, mas ainda � preciso derrotar o radicalismo, a ignor�ncia e o bolsonarismo. Lula discursou durante encontro com a comunidade brasileira no Instituto Universit�rio.

“Eu nunca vi a esquerda praticar 10% da viol�ncia que a extrema-direita est� fazendo no Brasil. Nunca vi. Ent�o, eu acho importante a gente ter em conta que a gente derrotou o (Jair) Bolsonaro, a gente ganhou as elei��es, mas o radicalismo, a ignor�ncia e o bolsonarismo ainda est�o vivos e n�s precisamos derrot�-los”, disse Lula a uma plateia de apoiadores.

Mas n�o foi bem assim que aconteceu. A seguran�a do presidente eleito do Brasil teve de agir rapidamente para impedir a entrada de apoiadores do presidente Jair Messias Bolsonaro no encontro do petista com representantes de movimentos sociais que atuam em Portugal, em Lisboa.

Eles tentaram se infiltrar na lista de convidados, que foram previamente selecionados e tiveram de passar por averigua��o. Uma das formas para tentar o acesso ao evento foi pedindo filia��o ao PT por meio do diret�rio do partido em Lisboa. “De repente, houve um grande n�mero de pedidos de filia��o. Estranhamos muito”, disse Marcos Pinheiro, integrante da legenda.

Os apoiadores de Bolsonaro, por sinal, realizaram protestos tanto na porta do Pal�cio de Bel�m, onde Lula se encontrou com o presidente de Portugal, Marcelo Rebelo de Sousa, quanto nas proximidades do Palacete de S�o Bento, resid�ncia oficial do primeiro-ministro portugu�s, Ant�nio Costa.

“N�o devemos brigar com o fanatismo dessa gente, s�o pessoas que n�o querem ver a realidade”. “A esquerda brasileira n�o faz nem 10% do que essa extrema-direita � capaz”, alertou o presidente eleito. Os defensores de Jair Messias Bolsonaro “devem ser ignorados”. 

Um militar da For�a A�rea Brasileira (FAB) morreu, ontem, depois de ter sido atingido por um tiro na cabe�a no anexo do pr�dio do Minist�rio da Defesa, em Bras�lia. O caso foi registrado na Pol�cia Civil (PC) como homic�dio. De acordo com o boletim de ocorr�ncia, a v�tima foi identificada como Kauan Jesus da Cunha Duarte, de 19 anos. O suspeito, de acordo com o documento, � Felipe de Carvalho Sales, tamb�m de 19 anos. A Pol�cia Civil, no entanto, n�o informou ainda se algu�m foi preso pelo homic�dio. Melhor aguardar, ent�o. 

Dia 19 de novembro, o Dia da Bandeira, s�mbolo do Brasil. Bandeira que n�o tem partido ou dono. Ela pertence a todos n�s, brasileiras e brasileiros. Respeitar a bandeira � uma afirma��o da nossa nacionalidade e da nossa cidadania. Significa, sobretudo, respeitar os valores democr�ticos e republicanos. Quem recorreu �s redes sociais para comentar sobre o Dia da Bandeira foi a senadora Simone Tebet (foto) (MDB-MS). E a parlamentar do Mato Grossodo Sul caprichou: “E o s�mbolo m�ximo do pa�s n�o tem partido ou dono”.

Os representantes de governos dos mais de 190 pa�ses que participam da COP 27 teriam fechado um acordo para criar um fundo que pagaria pelos danos relacionados ao clima em pa�ses vulner�veis. A informa��o � do jornal The Wall Street Journal. O arranjo, se confirmado, � uma vit�ria para pa�ses mais pobres, que pressionam pela mudan�a h� anos. O fundo destinar� dinheiro para eventos como eleva��o do n�vel do mar, tempestades graves e outros efeitos que os cientistas vinculam � mudan�a clim�tica e causam destrui��o repentina ou irrepar�vel.

Jair Messias Bolsonaro (PL) e seus aliados n�o desistiram de tentar reverter a elei��o de Luiz In�cio Lula da Silva (PT). Em v�deo publicado ontem no Twitter pela deputada federal bolsonarista Bia Kicis (PL-DF), o presidente do PL, Partido Liberal, Valdemar Costa Neto, afirma que pedir� ao Tribunal Superior Eleitoral (TSE) que os votos depositados em urnas antigas sejam desconsiderados. Objetivo n�o ser� pedir a realiza��o de uma nova elei��o. “Temos prova de que essas urnas n�o podem ser consideradas. Vamos ver o que o TSE vai resolver.”

A presidente do PT, Gleisi Hoffmann, publicou nas suas redes sociais, tarde da noite de sexta-feira, para responder � declara��o em que o ministro da Economia, Paulo Guedes, o da Escola de Chicago, disse que o governo eleito deveria “fechar a boca e trabalhar”. “Teto estourou em 800 bilh�es, PIB � 129º no ranking mundial, investimento 27,3% abaixo do resto do planeta, a maior infla��o em 27 anos, queda na renda, emprego prec�rio e, o pior a volta da fome. Seu tempo acabou, vai pra casa”, escreveu Gleisi, a comandante do Partido dos Trabalhadores (PT).

E Simone Tebet teve companhia. O senador eleito Wellington Dias (foto) (PT-PI), integrante do Conselho Pol�tico do gabinete de transi��o de Lula, adotou tom oposto. “A bandeira pertence a todos os brasileiros e brasileiras espalhados n�o s� Brasil, mas por todo o mundo. A bandeira � nossa.”

Em tempo, da nota ‘Ser� homic�dio?’: de acordo com a corpora��o, por ser “crime militar”, a investiga��o ser� feita pela FAB. O Minist�rio da Defesa disse que o caso foi no alojamento da guarda e lamentou o incidente. A pasta diz que “acompanha a apura��o e a investiga��o dos fatos”.

H� interdi��es em 18 pontos de estradas federais, informou na tarde de ontem a Pol�cia Rodovi�ria Federal (PRF), em balan�o atualizado nas redes sociais. A interrup��o do fluxo das rodovias, os bloqueios, foi registrada em quatro localidades do Mato Grosso e uma do Par�.

Desde o in�cio das opera��es para conter os protestos nas estradas, a Pol�cia Rodovi�ria Federal informou ter desfeito 1.180 manifesta��es em rodovias federais. Os protestos nas estradas foram iniciados depois do resultado das elei��es, em 30 de outubro. Foi quando Lula foi eleito.

Choro de derrotado, n�? J� que � assim, o melhor � encerrar. Um bom domingo agrad�vel com a fam�lia. FIM!