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Filhos adolescentes: desafios para os pais

"Eles precisam de espa�o, mas tamb�m precisam saber que podem contar conosco, que estaremos com eles sempre que precisarem"


22/05/2022 04:00

Casal
(foto: Depositphotos)

 
A gente se prepara para a gravidez, para o parto, para a amamenta��o e se esquece de que os filhos v�o crescer e os desafios v�o mudar. E a adolesc�ncia dos filhos, estamos preparados para lidar com essa fase cheia de descobertas, desafios, conflitos?
 
A entrada na adolesc�ncia � marcante; estir�o, menstrua��o, pelos pelo corpo, mudan�a na voz. Al�m dessas mudan�as f�sicas, muita coisa muda l� dentro. Eles se descolam dos pais, ficam cheios de “n�o me toques”, querem espa�o, independ�ncia. A gente sofre pela perda daqueles pequenos seres, antes t�o dependentes de n�s. Eles precisam de espa�o, mas tamb�m precisam saber que podem contar conosco, que estaremos com eles sempre que precisarem.
 
Sexo n�o pode ser tabu e, para proteger nossos filhos, devemos abordar o assunto sempre. Quando eles s�o pequenos ensinamos sobre o corpo, as partes �ntimas, ensinamos sobre consentimento. Isso ajuda a prevenir que sejam abusados sexualmente.
 
Um dia eles v�o perguntar sobre como nascem os beb�s, como eles chegaram na nossa barriga, e a gente vai explicando sem rodeios e sem ir al�m do que foi perguntado. Lembrando que sexo e sexualidade s�o coisas diferentes.
 
Como lidar com a sexualidade dos nossos adolescentes? Estamos preparados para a a descoberta da sexualidade? “Hoje em dia est� na moda falar que � bissexual!” Uma m�e me disse. Ser� que � modinha?
 
A bissexualidade foi aceita e at� mesmo encorajada em sociedades antigas como a Gr�cia. N�o � uma quest�o recente, ou uma quest�o ideol�gica ou passageira. Freud adotou o conceito de bissexualidade como uma disposi��o ps�quica inconsciente, ou seja, somos bissexuais, mas faremos escolhas sexuais pelo recalque de um dos dois componentes. Uma pessoa pode reprimir o desejo por outra pessoa do mesmo sexo, ou por uma pessoa do sexo oposto, ou pode aceitar esses dois componentes. 
 
N�o � modismo, mas h� uma press�o para uma defini��o da sexualidade entre os adolescentes, por isso � importante haver di�logo em casa. Pais e filhos conectados para conversar abertamente sobre essas quest�es que v�o aparecer para eles, mesmo que os pais n�o queiram.
 
Numa conversa que tive com dois pr�-adolescentes, ambos com 12 anos, um perguntou para o outro: “voc� � bi?”. Ele respondeu: “N�o sei, ainda sou muito novo e n�o tenho experi�ncia para saber”. Apoiei a resposta, muito consciente, mesmo sob press�o. Com 12 anos de idade uma pessoa n�o precisa saber se � isso ou aquilo. Voc� est� preparada para essa conversa? Se n�o est�, saiba que ela est� acontecendo, eu prefiro que aconte�a na minha presen�a.
 
Talvez pare�a absurdo eu falar sobre isso com naturalidade, isso se d� porque eu tenho a minha sexualidade bem resolvida. Essas quest�es n�o me incomodam. Se n�o for f�cil para voc�, tente olhar para dentro e refletir sobre esse inc�modo. O que a incomoda? O que esse inc�modo diz sobre voc�?
 
Depois dessa quest�o, vem outro desafio, as experi�ncias sexuais dos adolescentes. O primeiro beijo, as rela��es sexuais. E n�o adianta proibir, a gente precisa orientar. Ser� que hoje eles t�m mais liberdade sexual? Na verdade, os meninos sempre tiveram, mas agora as meninas tamb�m se permitem. Qual o papel dos pais nisso? Orientar, ensinar, conversar, manter a conex�o. S� assim eles v�o entender que � preciso ter responsabilidade e maturidade. Sexo � muito bom, mas pode transmitir doen�as e pode resultar em uma gravidez indesejada, e as duas quest�es s�o responsabilidade de ambos!
 
Em 2019, a Pesquisa Nacional de Sa�de (PNS) apontou que aproximadamente 1 milh�o de pessoas afirmaram ter diagn�stico m�dico de infec��o sexualmente transmiss�vel (IST). Os casos de HIV tiveram alta de 20% no estado de S�o Paulo, em 2021. O n�mero de mulheres casadas que contra�ram o v�rus do pr�prio marido tamb�m tem crescido.
 
N�o falar sobre o assunto, deixar que seja um tabu em casa, n�o vai evitar que aconte�a com nossos filhos, por isso insisto na conex�o e no di�logo aberto, amoroso e acolhedor. Com esse di�logo os adolescentes entendem que s�o respons�veis por suas decis�es e por eventuais consequ�ncias por escolhas equivocadas. Isso n�o vale apenas para o sexo, mas tamb�m para o �lcool, as drogas e outras quest�es que apavoram qualquer pai e m�e de adolescente.
 
Amor nunca � demais! Quando parece que eles n�o est�o merecendo, � quando eles est�o precisando mais de n�s. Precisamos abrir nossos cora��es e nossas mentes, eles valem o esfor�o.
 

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