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Estado de Minas COLUNA

O v�rus, os seus limites e capacidade de sobreviv�ncia

Viajou e aprendeu tanto que ajeitou suas entranhas para melhor se moldar �s nossas


(foto: Pixabay)
(foto: Pixabay)


O tecido humano sobre o planeta nunca antes na hist�ria da humanidade teve uma oportunidade t�o cristalina de perceber-se integrado � natureza como nesta pandemia.

O v�rus traduziu conceitos cient�ficos e filos�ficos em vida real.

Os meios de comunica��o tradicionais e as m�dias sociais disseminam informa��es, verdadeiras ou falsas, em velocidade maior do que a transmiss�o do v�rus, aproximando o mundo microsc�pico de nossa macrosc�pica e deficiente percep��o.

Para aqueles que degustam a complexidade do universo e apreciam os aspectos evolutivos da vida sobre a terra, n�o haveria momento melhor para assistir ao vivo e traduzido em detalhes o espet�culo da natureza diante dos nossos olhos mortais.

Para entender o universo que nos cerca, podemos olhar para as estrelas, para a c�lula ou para dentro de n�s mesmos.

Em �ltima inst�ncia, o observador sempre ter� a sua pr�pria vers�o do infinito.

Nesta pandemia, descobrimos que at� os v�rus que nos cercam t�m registro civil, �rvore geneal�gica e daqui a pouco ter�o CPF e pagar�o imposto -  se � que j� n�o pagam.

Vamos tentar entender melhor a saga deste v�rus, da manjedoura at� as nossas casas.

Para que serve um v�rus?! Ele � o inusitado do universo microsc�pico, o qual pode ser classificado como o fator gerador de mudan�a dos seres vivos.

Quando tudo parece calmo, tranquilo e est�vel, chega o v�rus e bagun�a tudo. � como se a natureza quisesse dizer:  - chega de mesmi�e e pregui�a! Vamos evoluir?!!

S� que trata-se de um grito ultramicrosc�pico, que vai sendo amplificado milhares de vezes, at� chegar aos nossos ouvidos e se estampar diante dos nossos olhos atrav�s da estat�stica macabra de uma pandemia.

Mas, n�s, humanos, somos quase sempre cegos, surdos e analfabetos perante os gritos e sinais evidentes da natureza.

Tem gente ent�o, quase sobrenatural, n�o se percebe vivendo. Estes, independentes do grau de forma��o ou posi��o que ocupam, ser�o sempre o centro do universo. Incapazes de ver, perceber, sentir, e se emocionar com a vida. jamais saber�o o real sentido de fazer sexo com a exist�ncia.

S� merecem o perd�o pela sua defici�ncia �tica e moral, quando entendermos o real papel dos v�rus na natureza.

Mais um ditador quer ir para Marte. Deveria ir com passagem s� de ida.

Com ele, vai um v�rus ainda mais perigoso...o ego�smo.

Quero este planeta para mim, o sol e todas as estrelas do universo. A gula humana � insaci�vel. Obesidade m�rbida universal. Olho c�smico maior que a barriga. Entretanto, natureza estabelece limites para as aberra�%u014Des. Caso contr�rio, a vida n�o seria poss�vel da forma que conhecemos.

V�rus ignorante, que mata suas v�timas de forma r�pida, tem pouca possibilidade de sucesso no mundo biol�gico.

Radicalismos ego�stas n�o t�m vez na constru��o e manuten��o da exist�ncia.

Em nosso corpo, uma c�lula que degenera e resolve ser dona do seu pr�prio destino, comprometendo regras gen�ticas pr�-estabelecidas, n�o vinga. Nosso sistema imunol�gico enquadra a meliante imediatamente.

Se n�o enquadrar, vira c�ncer. Tumor metast�tico que, em breve, matar� as demais c�lulas e sistemas, inclusive a si mesmo.

Ou seja, no mundo biol�gico o ego�smo n�o tem vez.

A preserva��o da vida exige princ�pios de conv�vio em benef�cio de um todo social. Romper com este princ�pio � violentar a �tica da exist�ncia.

O contr�rio, a preserva��o da vida, pode ser definida, simplesmente como amor. Sem amor, n�o h� vida. No v�cuo �tico, n�o h� amor nem vida.

Nos �ltimos dias, vimos uma aberra��o pol�tica, fruto do submundo do crime, agredir as institui��es democr�ticas. C�lula t�o deteriorada, que n�o foi reconhecida nem pelo pr�prio tumor.

Por sorte, os mecanismos imunol�gicos democr�ticos ainda est�o ativos e competentes para combater a met�stase potencialmente letal.

V�rus desnorteados n�o viajam entre esp�cies. Morrem nas primeiras tentativas. A todo o tempo, existem milhares de v�rus tentando fazer esta viagem planet�ria interesp�cie.

O Sars-COV 2, apesar de todo o caos gerado no planeta, preserva mais de 97% de suas v�timas. Esta � a raz�o do sucesso de sua trajet�ria, discri��o epidemiol�gica.

Esta sutileza e capacidade de passar desapercebido por um longo per�odo, causando infec��es assintom�ticas ou com poucos sintomas, lhe permitiu chegar a pessoas em todo o planeta. 

Viajou e aprendeu tanto, que ajeitou suas entranhas para melhor se moldar �s nossas. Chaveiro competente, se adequou � fechadura celular, conseguindo infectar os seres humanos de mamando a caducando, com habilidade que se aperfei�oa a cada nova variante.

Enquanto isso, o ignoto e ruidoso parlamentar foi devidamente enquadrado e tende a desaparecer em sua insignific�ncia. 

Cortina de fuma�a midi�tica e factoide para desviar a aten��o do que vem sangrando este governo, a irresponsabilidade e incompet�ncia para gerir a pior crise sanit�ria da nossa hist�ria.

Se o tumor se aquieta, sua met�stase vai para o sacrif�cio.

Humanos trapalh�es t�m muito a aprender com os v�rus.

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