
M�sica pela manh�, cochilo depois do almo�o, goiabada com queijo (ou s� o queijo), vinho bom, gol do seu time, carinho de filha, beijo da mulher amada.
A ordem dos prazeres n�o importa. Prazeres meus, nossos.
Certamente alguns trocariam apenas a goiabada por outro doce. Eu, nem a goiabada e muito menos o queijo.
Outros, a m�sica da manh� pela tarde. Bom tamb�m! M�sica a qualquer hora.
O cochilo da tarde, nem sempre poss�vel, mas necess�rio, pode ser no filme sem gra�a p�s jantar.
Cochilar � �timo e imprescind�vel!
O cachimbo n�o precisa cair pra lhe acordar.
A alma precisa banhar-se num bom vinho. Tem que ser bom. Caso contr�rio, n�o chega no cerne. N�o desentope art�rias, nem a rigidez dos conceitos.
O gol pode ser substitu�do por qualquer outra coisa que lhe cause alegria. Alegria sua. Vontade de gritar gol e vibrar com socos no ar. Vibrar no vazio das coisas. � esse o sentido do infinito prazer do antes e do depois.
O carinho de filha, s� pode ser trocado pelo de filho. Insubstitu�vel!
Ou melhor, substitua pelo abismo que lhe habita a alma.
E o beijo da mulher amada?! Substitua ao seu gosto pelo da pessoa amada. Mas, n�o abra m�o do seu amor.
Amor seu. O do outro � do outro. Coisa pessoal e intransfer�vel.
O rel�gio estampado para o mundo 00:49 de Janeiro.
S�o muitos janeiros. Incr�vel, janeiros n�o acabam.
Janus � um Deus cruel. Deuses n�o morrem.
N�s passamos. Apodrecemos com saudade.
Tortura a tolerar, ainda bem.
Vida que segue a procura de esquinas.