A escravid�o foi abolida em 13 de maio de 1888. De onde vem �urea?

�urea vem do latim aureo. Quer dizer dourado, da cor do ouro, feito de ouro, coberto de ouro. Por extens�o, valioso, brilhante, magn�fico. Em 13 de maio de 1888, a princesa Isabel assinou a Lei �urea. Viva! A escravid�o foi abolida. Quando firmou a lei, a filha de D. Pedro II usou uma caneta de ouro. Da� o nome do documento que aboliu a maior m�cula da nossa hist�ria.

Sabia? O oper�rio que trabalhava na constru��o de Bras�lia se chamava candango. A designa��o era pejorativa. O dicion�rio explica que a palavra nasceu na �frica. Era como os escravos se referiam aos portugueses que traficavam pessoas – gente ruim, ordin�ria, perversa. No come�o, candangos eram os nordestinos, a maior parte da m�o de obra bra�al. Depois passou a denominar os pioneiros que chegaram nos prim�rdios da capital. Por fim, se tornou sin�nimo de brasiliense. Com muito orgulho sim, senhor.

Dizer que uma pessoa � negra contraria o politicamente correto? N�o. O Movimento Negro, formado por negros, se chama... Movimento Negro. Nota 10 para quem informa que Pel� � negro. Ele n�o � escurinho, crioulo, negrinho, moreno, negr�o.

Nota zero para express�es de conota��o negativa, que refor�am preconceito. Em vez de nuvens negras, use nuvens pretas ou escuras. Em lugar de lista negra, fique com lista de maus pagadores. Horizonte negro? N�oooooooo! Que tal horizonte preocupante?

Denegrir? Apague o verbo do seu dicion�rio. Ele remete a negro. Substitua-o por sin�nimos. Manchar e comprometer est�o �s ordens para substitu�-lo. Escolha.

V�rios escritores produziram obras sobre a escravid�o. Um dos mais not�veis foi Castro Alves. O poeta rom�ntico comp�s O navio negreiro, publicado em 1870. Cr�ticos apontam um dos versos do livro como o mais belo da l�ngua portuguesa. A escolha se deve, sobretudo, � reitera��o (repeti��o do b). � o segundo desta estrofe: Auriverde pend�o de minha terra,Que a brisa do Brasil beija e balan�a,Estandarte que a luz do sol encerra, E as promessas divinas da esperan�a.

Uns dizem que a express�o s� se usava nas senzalas. Outros, que era corrente na �poca da monarquia portuguesa. Hoje, meia-tigela quer dizer insignificante, sem valor. Em tempos idos e vividos, tinha significado concreto. O trabalhador recebia alimento no lugar onde exercia as fun��es. Dependendo do valor atribu�do ao servi�o prestado, havia gente que merecia tigela inteira e gente que recebia meia tigela. Com os escravos era diferente. Eles tinham uma tarefa para ser executada em determinado tempo. Quem chegava l�, recebia a tigela cheia. Quem ficava no caminho, s� a metadinha.

� ou oh!? Quando usar um ou outro?

Sandra Costa, Porto Alegre

� � forma do vocativo: Deus, � Deus, onde est�s que n�o me escutas?

Oh! � interjei��o de espantou ou admira��o: Oh!, Que beleza! Oh! N�o esperava v�-lo aqui.

Recado