(none) || (none)

Continue lendo os seus conte�dos favoritos.

Assine o Estado de Minas.

price

Estado de Minas

de R$ 9,90 por apenas

R$ 1,90

nos 2 primeiros meses

Utilizamos tecnologia e seguran�a do Google para fazer a assinatura.

Assine agora o Estado de Minas por R$ 9,90/m�s. ASSINE AGORA >>

Publicidade

Estado de Minas DICAS DE PORTUGU�S

Seu e sua s�o aparentemente inofensivos. Mas causam estragos. Sabe por qu�?

�s vezes, eles d�o duplo sentido � declara��o. N�o use o possessivo com as partes do corpo, os objetos de uso pessoal e as qualidades do esp�rito


01/05/2022 10:50 - atualizado 01/05/2022 10:54

mulher calçando sapato
Cal�ou os sapatos (n�o seus sapatos): objetos de uso pessoal dispensam o pronome possessivo (foto: Caio Ramalho/Divulga��o)

Faxina no texto

George Simenon escrevia romances policiais pra l� de instigantes. O segredo dele: “Livro-me de todo voc�bulo que est� na frase s� para enfeitar... ou atrapalhar”. O homem faxinava o texto. Cortava palavras. Quais? V�rias. Entre elas, seu e sua. Eles s�o aparentemente inofensivos. Mas causam senhores estragos. Sabe por qu�? �s vezes, d�o duplo sentido � declara��o. Acontece, ent�o, o que M�rio Quintana sintetizou: “Voc� pensa uma coisa. Escreve outra. A pessoa entende outra. E a coisa propriamente dita desconfia que n�o foi dita”. Veja:

O presidente garantiu aos parlamentares que o seu esfor�o levaria � aprova��o da reforma.

Esfor�o de quem? Dos parlamentares? Do presidente? A frase � amb�gua. Permite dupla leitura. O que fazer? Partir para o troca-troca. Substituir o possessivo pelo pronome dele:

O presidente garantiu aos parlamentares que o esfor�o dele (ou deles) levaria � aprova��o da emenda.

Por falar nisso...

Certas palavras rejeitam o possessivo. Aproxim�-los � briga certa. Gente boa, evite confus�es. N�o o use com:

1. as partes do corpo: Na batida, quebrou a perna (nunca sua perna). Arranhou o rosto. Fraturou os dedos.

2. os objetos de uso pessoal: Cal�ou os sapatos (n�o seus sapatos). P�s os �culos. Vestiu a saia.

3. as qualidades do esp�rito: Perdeu a consci�ncia (n�o sua consci�ncia). Mudou a mentalidade (n�o sua mentalidade).

Dica: em 90% dos casos, o possessivo sobra. X�! Assim: Paulo fez a (sua) reda��o. Pegou o (seu) carro. Perdeu as (suas) chaves. � isso. Escrever � cortar. Ou trocar.

 

Ser natural �...

Escolher palavras simples e curtas. Em vez de unicamente, use s�. Em lugar de falecer, prefira morrer. Substitua f�retro por caix�o. Obviamente por � claro. Morosidade por lentid�o. Caus�dico por advogado.

S ou z?

A professora fazia um teste com os alunos da segunda s�rie. Pergunta vai, pergunta vem, chegou a vez de Maria:

– Maria, arroz � com s ou com z?

– Aqui na escola, eu n�o sei. Na minha casa, arroz � com feij�o.

Tanto faz

Ter que? Ter de? Tanto faz. Elas s�o irm�zinhas g�meas. No portugu�s moderno, n�o h� diferen�a entre uma e outra. Ambas indicam obriga��o de fazer alguma coisa: Tenho de (que) acordar cedo.

Fato e possibilidade

A diferen�a entre hist�ria e literatura? Arist�teles responde: “O historiador e o poeta n�o se distinguem um do outro pelo fato de o primeiro escrever em prosa e o segundo em verso (pois se a obra de Her�doto houvesse sido composta em verso, nem por isso deixaria de ser obra de hist�ria, figurando ou n�o o metro nela). Diferem entre si porque um escreveu o que aconteceu e o outro o que poderia ter acontecido”.

Etc.

Etc. tem ponto no final? Tem. Coincide com o ponto no fim da frase? Sem problema. Fique com um s�: Comprei laranja, banana, ma��, p�ssego etc. (A v�rgula antes do etc. � facultativa.) Que tal mandar o trio pras cucuias? H� um jeito. N�o use o e entre o pen�ltimo e o �ltimo termo da enumera��o. A aus�ncia da conjun��o significa etc. Veja: Gosto de cinema, teatro, m�sica.

Leitor pergunta

O dito popular “o h�bito faz o monge” n�o me sai da cabe�a. Afinal, que h�bito � esse? O de vestir? Ou o uso habitual?

 Josie Avelar, Porto Alegre

Quando nasceu, o prov�rbio tinha sentido contr�rio do atual. Naqueles tempos idos e vividos, o h�bito n�o fazia o monge. Tradu��o: as pessoas n�o devem ser julgadas s� pela apar�ncia, mas tamb�m por seus atos e condutas. Tempos depois, ganhou vers�o contr�ria. O respons�vel? Nosso Jos� de Alencar.

*Para comentar, fa�a seu login ou assine

Publicidade

(none) || (none)