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Estado de Minas DICAS DE PORTUGU�S

Unidade � fundamental para o sucesso da Sele��o da L�ngua Portuguesa

Assim como os craques da bola, as palavras precisam se articular, entrosando-se com harmonia e coer�ncia


27/11/2022 04:00 - atualizado 25/11/2022 23:35

Ilustração mostra homem chutando a letra A dentro do gol, sem que o goleiro consiga defender

O assunto � um s�. Copa pra l�, Copa pra c�. Apostas n�o faltam. Nem cole��o de figurinhas do evento. E o time? Muitos acham que a equipe pode trazer a ta�a. Outros duvidam. Mas, como a esperan�a � a �ltima que morre, n�o arrefecem. Torcem. A l�ngua lhes d� senhora ajuda porque p�e o dedo na ferida. O xis da vit�ria: a coes�o.

Texto e equipe

Imagine a situa��o. Com carta branca, Tite forma o time com os melhores jogadores do mundo. Todos do n�vel de Cristiano Ronaldo, Messi, Neymar. Confiante no talento individual, p�e a equipe em campo antes de definir a posi��o e a movimenta��o de cada um pra atingir o objetivo. Qual? O gol, claro. Sem plano que as oriente, as criaturas n�o formam conjunto. E, claro, n�o se entendem. Correm sem rumo, chutam a esmo, estranham a bola. S�o 11 Pel�s transformados em 11 patetas. O resultado? Fiasco nota 10.

A imagem vale para a reda��o. Belas ideias, belas palavras e belas frases n�o resultam necessariamente em bom texto. Pra chegar � unidade de composi��o, elas precisam se articular – entrosar-se com clareza, harmonia e coer�ncia. Em bom portugu�s: as palavras t�m de conversar pra formar per�odos. Os per�odos t�m de conversar pra formar par�grafos. Os par�grafos t�m de conversar pra formar o texto. O bate-papo tem nome. Chama-se coes�o textual.

Coes�o

“Socoooooooooooooooooooorro!”, gritam os concurseiros de Europa, Fran�a e Bahia. O motivo: perdem pontos a rodo num tal item chamado coes�o. Eles procuram o assunto nas gram�ticas. N�o encontram. Celsos Cunhas, Becharas, Cegallas n�o dedicam nenhum cap�tulo ao tema. Por qu�?

A raz�o � simples. Coes�o est� presente na morfologia, na sintaxe, nas figuras de linguagem. Ao estudar substantivos, verbos, pronomes, conjun��es, preposi��es, coordena��o, subordina��o, etc. e tal, indiretamente estudamos coes�o. Eles oferecem recursos pra ligar palavras, ligar per�odos, ligar par�grafos. Em suma: juntar partes soltas em unidades coerentes.

Quer ver?

Anel e ouro s�o duas palavras que n�o se conhecem nem de elevador. Mas formam unidade com a ajuda da preposi��o de: anel de ouro.

Cozinho, estamos sem empregada. Que rela��o existe entre enunciados assim independentes? A conjun��o se encarrega de p�r os pontos nos ii. Ela pode indicar causa (cozinho porque estamos sem empregada). Pode indicar tempo (cozinho quando estamos sem empregada). Pode indicar dura��o (cozinho enquanto estamos sem empregada). Pode indicar condi��o (cozinho se estamos sem empregada).

Mais

Pronomes exercem duplo papel. Al�m de auxiliar a coes�o, contribuem para a eleg�ncia. Como? Evitam repeti��es. Veja:
Rafael e Jo�o Marcelo s�o irm�os. Este estuda medicina; aquele, direito. (Este substitui Jo�o Marcelo; aquele, Rafael.)
Neymar foi pra Fran�a h� anos. Ele e a fam�lia se mudaram para Paris.

Repeti��o

Nem toda repeti��o � m�. A estil�stica d� liga e charme ao texto. � o caso deste trecho:
A cultura do desperd�cio tem de ser desmontada por dentro. � preciso que os brasileiros n�o joguem fora restos de comida aproveit�veis nem deixem as l�mpadas acesas quando saem de um aposento. � preciso que os livros escolares sejam aproveitados pelos irm�os menores. � preciso n�o destruir os bens p�blicos. � preciso, enfim, martelar insistentemente na necessidade de poupar.

Viu? A repeti��o de “� preciso” n�o decorre de pobreza vocabular. O autor escolheu o recurso para enfatizar a necessidade de poupar. A locu��o introduz cada exemplo. O resultado � um s�: deixa gravada a mensagem na cabe�a do leitor. Oba!

Leitor pergunta

Pirata, na fun��o de adjetivo, se flexiona?
. Marcelo Santos, Viam�o

Sim. No papel de adjetivo, pirata tem duas marcas. Uma: escreve-se sem h�fen, A outra: flexiona-se no plural: r�dio pirata, r�dios piratas.

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