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Estado de Minas CL�NICA

COVID-19 e tabagismo: O que voc� faria para n�o morrer?

Fumantes t�m 14 vezes mais chance de morrer, se infectados pelo coronav�rus. Tabagismo reduz em 10 anos a expectativa de vida e � a principal causa de morte evit�vel no mundo


postado em 29/05/2020 06:00 / atualizado em 29/05/2020 07:25

(foto: Pixabay)
(foto: Pixabay)

"Voc� tem um fogo? Claro, voc� me arruma um? Pode pegar.
Nossa, cigarro branco n�o! Eu s� fumo cigarro de palha.
N�o, por favor me v� o outro, esse aqui � o da impot�ncia."

Tabagismo � prejudicial em qualquer uma das suas formas: Cigarro de filtro, cigarro branco, cigarro de palha, fumo de rolo, cigarro de maconha, infus�es, cachimbo, piteira, charuto, cigarrilha e at� mesmo os que est�o na moda entre os jovens: nargile, cigarros eletr�nicos e vaporizadores.

Em tempos de COVID-19, � bom saber e lembrar que os fumantes t�m 14 vezes mais chance de morrer, se infectados. O tabagismo reduz 10 anos a  expectativa de vida e � a principal causa de morte evit�vel no mundo.

No pr�ximo domingo, dia 31 de Maio, celebramos o Dia Mundial sem Tabaco, uma droga que por muitos anos foi s�mbolo de virilidade, liberdade e eleg�ncia, mas que mata mais de 500 pessoas por dia s� no Brasil.

Os �ltimos dados do Instituto Nacional de C�ncer apontam que o tabagismo � respons�vel por matar 8 milh�es de pessoas no mundo. O n�mero fica ainda mais assustador quando voc� pensa que, de cada duas pessoas que voc� v� fumando, uma morrer� devido a complica��es do tabagismo. S�o 1,1 bilh�o de fumantes no mundo!

A publicidade associada ao prazer influencia muito o consumo e os h�bitos das pessoas. Cabe o entendimento muito delicado para n�o julgar de maneira indevida aqueles que ca�ram no conto  do "cigarro do sucesso".

A luta contra o cigarro e seus malef�cios deve ser mais engajada, a popula��o (de fumantes e n�o fumantes) precisa entender que, embora o cigarro esteja associado a um prazer, ele � uma das drogas que causam maior depend�ncia. A necessidade de fumar n�o � uma vontade e sim uma doen�a, algo de dif�cil controle. 

A cena de uma pessoa debilitada, fraca, com comprometimento respirat�rio grave e com traqueostomia (aquele furo realizado no pesco�o para poder melhorar a respira��o) � extremamente entristecedora. Ainda assim, n�o � raro observar que essa pessoa continua fumando, e desta vez levando o cigarro at� o orif�cio de traqueostomia para fumar.

O trago do cigarro consegue ter seus primeiros efeitos no c�rebro em 19 segundos e percorre todo o corpo em 1 minuto. Para os n�o fumantes � muito dif�cil entender a depend�ncia, muitos tentam encontrar l�gica em v�cio que produz fuma�a, odor ruim, mudan�a de colora��o dos dentes, l�bios, pele, altera��o do ambiente, impregna��o de casa, apartamento, carro e escrit�rio.

N�o existe l�gica para explicar a depend�ncia qu�mica.
Os prazeres n�o seguem regras racionais, uma das tarefas mais dif�ceis para o m�dico, para o paciente e para seus familiares � eliminar o tabagismo. O m�dico deve apresentar os melhores dados e opini�es para a sa�de do paciente e tamb�m dar suporte para as decis�es individuais.

Aquele que n�o deseja parar de fumar deve receber atendimento, suporte e acolhimento, e n�o ser abandonado. Isso � muito diferente de concordar ou, como se diz na l�ngua do dia a dia - "passar a m�o na cabe�a" do fumante.

A satisfa��o e desafios da vida s�o acompanhados de repercuss�es, riscos e benef�cios. Sempre estaremos diante de uma balan�a e no caso do tabagismo n�o h� nenhuma dose de consumo segura, ou seja, mesmo o cigarrinho na hora do caf� ou o famoso "s� fumo quando bebo" � prejudicial � sa�de.

Fumante � fumante, independentemente da quantidade que fuma em um dia ou at� mesmo em um m�s. 

Os v�cios e seus contextos sociais devem ser analisados de perto e manejados com muita cautela e responsabilidade. Se h� uma decis�o  por fumar, todos os fatores de riscos e doen�as associadas a esse v�cio devem ser monitorados de perto, � uma forma de conten��o de danos.

N�o d� para dirigir um carro de corrida sem capacete e sem cinto de seguran�a, mas se for pensar bem, dirigir a mais de 300km/h tamb�m n�o � nada seguro, n�o � mesmo?

C�ncer de pulm�o, es�fago, est�mago, pesco�o, boca, l�ngua, infarto do cora��o, derrame cerebral, trombose, feridas, impot�ncia, amputa��o de membros e aborto s�o apenas alguns dos exemplos que o cigarro pode causar diretamente para o tabagista.

Para amigos e familiares n�o fumantes, esse v�cio provoca danos emocionais dif�ceis de serem mensurados, principalmente quando perderam entes queridos ou lutaram contra uma das tantas doen�as causadas. Se voc� consegue viver bem ao lado de todos esses riscos, acredito que nenhum dos meus argumentos m�dicos ser� suficiente para te convencer a parar de fumar. 

A redu��o gradativa do cigarro deve ser associada a um bom acompanhamento m�dico e psicol�gico para evitar crises de abstin�ncia, ansiedade, depress�o e diversos outros transtornos mentais. A��es educativas, como defini��o de espa�os para tabagismo e a proibi��o em outros locais, mudam a cultura e os h�bitos.

Em diversos pa�ses, a redu��o de publicidade e as imagens de impacto nas embalagens est�o diretamente associadas � redu��o do consumo. Para muitas a��es n�o � necess�rio muito investimento, os resultados dir�o o tamanho do impacto e isso � ci�ncia, n�o opini�o.

Se o cigarro preenche um vazio social, uma sensa��o de sucesso e � utilizado para os escapes do dia a dia, porque n�o substituir por outros h�bitos mais saud�veis? Porque n�o outros desafios?

Por que n�o vencer a voc� mesmo em vez de ser derrotado pelo cigarro? Se voc� quer parar de fumar, procure ajuda – certamente, ser� uma das melhores decis�es para a sua sa�de. Se voc� conhece algu�m que queira largar o v�cio, d� apoio. 

Tem alguma d�vida ou gostaria de sugerir um tema para conversarmos aqui? Escreva pra mim: [email protected] 

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