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Estado de Minas COLUNA

A luz no fim do t�nel: os caminhos se abrem para o controle de pandemia

Os indiv�duos n�o vacinados s�o protegidos pelos indiv�duos vacinados, � uma a��o de sa�de p�blica e prote��o coletiva


11/06/2021 06:00 - atualizado 10/06/2021 11:05




Na �ltima semana, um estudo brasileiro e in�dito entrou na lista de respostas para tantas perguntas feitas durante a pandemia. Mesmo existindo um desejo de outras estrat�gias precoces de tratamento ou preven��o, a vacina��o ï¿½, sem d�vidas, a melhor forma de controle da pandemia e, quando associada �s medidas de higiene e distanciamento social, se torna infal�vel.

A pandemia est� presente h� tanto tempo que at� nos esquecemos de alguns porqu�s. A miss�o do isolamento social e higiene com �lcool em gel e outros sanitizantes � isolar o v�rus, impedir a circula��o do agente causador da pandemia.

Ao encurralar o agente, ele para de circular e a pandemia se controla, por�m, como diversos exemplos - como da �ndia -, qualquer deslize ele volta a circular e contaminar outras pessoas e tudo tende a sair do controle, novamente. 

Mesmo em meio a cr�ticas e brigas pol�ticas, o Instituto Butantan continua trabalhando dia ap�s dia, com compromisso com o desenvolvimento da ci�ncia e n�o com brigas de cargos, emendas e elei��es.

O Projeto S, que est� acontecendo na cidade de Serrana no estado de S�o Paulo, j� apresenta resultados preliminares promissores. A estrat�gia deste estudo � a vacina��o em massa utilizando a vacina CoronaVac.

Acredit�vamos que a famosa e t�o falada imunidade de rebanho seria atingida quando 90% das pessoas estivessem vacinadas ou infelizmente contaminadas. Este estudo surpreendeu positivamente: demonstrou que com 75% da popula��o vacinada foi poss�vel controlar a pandemia na cidade.

O estudo apresentou resultados preliminares de redu��o de 80% dos casos sintom�ticos, 86% das interna��es e 95% de mortes por COVID-19.

O Projeto S conseguiu avaliar a efetividade da vacina (efic�cia no ambiente real, fora dos estudos cl�nicos) - tr�s meses de intensa vacina��o demonstraram tamb�m o efeito rebanho, que podemos chamar de maneira mais elegante de efeito indireto da vacina��o. 

Os indiv�duos n�o vacinados s�o protegidos pelos indiv�duos vacinados, � uma a��o de sa�de p�blica e prote��o coletiva, por isso aproveito para refor�ar o tanto que os movimentos antivacinas podem prejudicar os outros e o tanto que o sucesso que eles defendem s�o totalmente dependente da vacina��o dos que est�o em volta.

Observou-se que a cidade se comportou como um cintur�o imunol�gico e, mesmo com o tr�nsito de pessoas entre cidades com n�meros de vacinados menores, o n�mero de casos n�o aumentou na mesma propor��o das vizinhas. 

Outro dado interessante � que as pessoas abaixo de 18 anos n�o foram vacinadas, especialmente porque n�o h� estudos que validem a seguran�a nessa faixa et�ria, mas foi poss�vel observar redu��o de casos nos menores e prote��o deste grupo que ainda n�o estava vacinado.

Este dado � excelente e confirma a seguran�a do retorno �s aulas presenciais assim que os professores forem vacinados, ou seja, � poss�vel retornar �s aulas com seguran�a ainda que os alunos n�o estejam vacinados.

A estrat�gia do estudo foi vacinar de maneira escalonada regi�es diferentes da cidade para observar os desfechos. Foi observado de maneira impressionante que o �ltimo setor que n�o estava vacinado foi capaz de perceber benef�cios e redu��o de casos devido � mudan�a no n�mero de casos nos outros setores da cidade que j� estavam vacinados.

A ci�ncia nos ensina a cada dia, e percebemos o quanto � importante formularmos a pergunta certa para termos as boas respostas e a��es baseadas em evid�ncias quando elas s�o poss�veis.


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