
Na imensa maioria das vezes a hipertens�o arterial, famosa press�o alta, � uma doen�a silenciosa. Grande parte das pessoas que apresenta valores acima do esperado n�o sentem absolutamente nada.
"Mas pera a�! Dr. Erickson, outro dia estava com uma dor de cabe�a intensa e quando fui medir a press�o, foi batata! Estava alt�ssima!"
Provavelmente a sua cabe�a estava doendo e isso causou o aumento da press�o, o que voc� precisava era mais de analg�sicos do que anti-hipertensivos.
Os valores de press�o arterial que utilizamos como refer�ncia de bons cuidados de sa�de e seguran�a s�o obtidos ap�s analisar os resultados de estudos cient�ficos extensos. E n�o deveria ser surpresa, mas h� uma forma adequada de aferir a press�o arterial de forma que minimize os fatores de confus�o.
Parece um detalhe, n�o � mesmo? Mas imagine voc� verificar as fun��es do seu corpo e avaliar os par�metros durante uma corrida, nata��o, repouso ou dormindo? � esperado que sejam valores distintos. Ao avaliar, cabe considerar e ponderar os valores obtidos.
Voc� sabe os valores seguros de press�o arterial?
De forma geral, temos como meta a press�o arterial abaixo de 130x80 mmhg, o famoso 13 por 8. A Sociedade Brasileira de Cardiologia, inclusive, realiza uma campanha chamada 12x8 para relembrar os valores desej�veis de press�o arterial. O resultado de maneira isolada n�o � relevante.
Para o diagn�stico, se faz necess�rio descartar o que j� falamos em outras semanas, que � a s�ndrome do jaleco branco e o paciente deve estar: sentado, com as pernas descruzadas, com os p�s no ch�o, com as costas apoiadas, com o bra�o na altura do cora��o e a palma da m�o deve estar virada para cima.
A avalia��o ainda pode ser complementada com um exame chamado Monitoriza��o Ambulatorial de Press�o Arterial (MAPA). O paciente ficar� com o dispositivo durante 24 horas e ir� verificar os valores diversas vezes no dia e o resultado compilado ir� demonstrar se o paciente � realmente hipertenso ou n�o.
Mas, afinal, porque decidimos que devemos tratar a hipertens�o arterial? Podemos come�ar pelos fatores agudos e graves associados �s emerg�ncias hipertensivas que s�o sintom�ticas e causam muito desconforto e at� mesmo hospitaliza��o.
Os estudos tamb�m demonstram que doen�as como hipertens�o e diabetes, quando n�o tratadas de maneira adequada, em 5 a 10 anos aumentam muito o risco de infarto do cora��o, derrame cerebral e diversas outras complica��es diretas e indiretas. Essas altera��es causam impacto direto na qualidade de vida e tamb�m na mortalidade, eventos tr�gicos como morte e sequelas.
Medir a press�o arterial sem um prop�sito e sem uma supervis�o m�dica � desnecess�rio. Como atualmente temos um instrumento acess�vel para medir a press�o arterial de maneira tranquila e em casa, muitos de n�s se apega a um controle de sa�de que pode at� mesmo ser mais prejudicial que ben�fico.
Eu, exaustivamente, vou dizer que todos n�s precisamos de um m�dico para chamar de seu. Quem � ele? Aquele que vai te orientar se medir a press�o faz sentido e se as altera��es de press�o arterial no seu caso especificamente tem a origem que voc� imagina e o tratamento que voc� acredita.
Se eu pudesse fazer o que chamamos de "orienta��o de ma�aneta", aquela que � solta, despretensiosa ao final da consulta. O que n�o tem erro? Alimenta��o saud�vel e atividade f�sica. Qual intensidade? A que voc� conseguir e progredir!