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Estado de Minas DA ARQUIBANCADA

Chegou a hora de o Atl�tico vingar 1981 contra o cramulh�o

Faltam dois jogos para o Galo ir � final da Libertadores. E por l� dever� fazer a peleja de Deus com o Diabo, enfrentando o Flamengo


28/08/2021 04:00 - atualizado 27/08/2021 22:32

Pela competição sul-americana, o Atlético despachou o River Plate com gols de Hulk e Zaracho e fará a semifinal com o Palmeiras(foto: Alexandre Guzanshe/EM/D.A Press)
Pela competi��o sul-americana, o Atl�tico despachou o River Plate com gols de Hulk e Zaracho e far� a semifinal com o Palmeiras (foto: Alexandre Guzanshe/EM/D.A Press)


Faltam tr�s jogos para o Galo chegar � final da Copa do Brasil. Dois para alcan�ar a decis�o da Libertadores. No Brasileir�o, lidera o campeonato com vantagem de seis pontos sobre o segundo colocado. Nunca, em 113 anos de hist�ria, tivemos uma chance t�o real de ganhar tudo numa �nica temporada. Fico com medo de mim mesmo, e sugiro adotarmos protocolos de seguran�a, de modo a n�o morrer de Atl�tico.

Desde 1977 que em termos de merecimento n�o temos rivais. Fico a lembrar daquela m�sica, um recado � ditadura, � �poca (1980), mais pra l� do que pra c�: “Quando chegar o momento, esse meu sofrimento vou cobrar com juros, juro”. Tenho medo de mim mesmo, meu querido Chico, depois que a gente atropelar o seu tricolor: �gua nova brotando (cacha�a) e a gente se amando sem parar. O que ser� deste cora��ozinho, v�scera carcomida, meu amigo, quando o Galo insistir em cantar?

Tamanha a sua obviedade, o roteiro que se desenha parece produzido pelo n�cleo dramat�rgico da Record: depois de longa espera, a peleja entre Deus e o Diabo se dar� em tr�s rounds. O cramulh�o, o rabo de seta, como se sabe, � o Flamengo. A gente � Deus, quer dizer, tamo mais pro Cristo crucificado – filhinho de papai, v� l�, o que importa aqui � o embate derradeiro entre o Bem e o Mal, o Imp�rio e a For�a, Herm�genes e Diadorim. Quarenta anos depois, chegou a hora de vingar 1981. Que a for�a esteja com voc�, porque n�o haver� Engov o suficiente.

Muitos t�m sido aqueles a apontar as semelhan�as do presente com o passado. Atl�tico e Flamengo, com todo respeito ao Palmeiras, s�o – e eram – os melhores times do Brasil. Havia – como h� – militares no poder. E um pa�s, vamos dizer, escroto.

At� o atual presidente se assemelha �quele que, das tribunas do Maracan�, tamb�m declarou torcida para o Flamengo na roubalheira da final de 80: “Entre um estado e uma na��o, fico com a na��o”. Ambos lim�trofes, embora o Bozo, vamos convir, n�o encontre competidor � altura. Ainda assim, a fotografia do velho general montado em seu cavalo evocava nos jornalistas daquela �poca o desejo de esclarecer a respeito de que quadr�pede se estava a falar: “O general Figueiredo (acima)”.

Tomara que as semelhan�as parem por a�. E que n�o venha a surgir, a exemplo de Jos� Roberto Wright, um Jos� Roberto VAR. Contra o Fluminense, no Brasileiro e na Copa do Brasil, dois p�naltis mandraques insinuaram a presen�a de Wrong (dizem que � tricolor, o que torna seu crime duplamente qualificado) nas cabines da arbitragem. Ainda bem que a dupla Nacho e Hulk � a das poucas institui��es em funcionamento no Brasil atual.

Mas como eu ia dizendo, prepare-se para os cap�tulos finais dessa trama religiosa da Record. Agora mesmo o dem�nio j� est� operando, na forma da convoca��o de Hulk e Everson para a selecinha, uma zica danada, a come�ar pelo fato de vestirem ambos essa beca dos fascistas, argh!, tem de benzer quando voltar.

Amanh� tem Bragantino pelo Brasileir�o, n�o ser� f�cil. Por Copa do Brasil e Libertadores, temos pela frente Fluminense e Palmeiras – os dois pela tampa com n�is, reclamando at� agora um p�nalti inexistente (pague a S�rie B e a gente conversa) e uma expuls�o (deveria ter ocorrido antes, ficou barato). Atentos venceremos.

Importante sobreviver �s semifinais, n�o digo o time, mas a gente mesmo, na condi��o de atleticano patol�gico que j� abriu contra o River o carnaval de 2022. Devagar com o andor, que o f�gado � de barro. Por isso precisamos dos protocolos de seguran�a: s� se abre a primeira cerveja a partir do primeiro minuto de jogo, qualquer antecipa��o estar� sujeita �s penas cab�veis; intervalos ser�o dedicados � necess�ria hidrata��o do corpo e oxigena��o da mente; ficam proibidos o gim e a cacha�a; o meliante que desobedecer aos artigos supracitados est� condenado a uma lata de Itaipava.

Cumprida a longa caminhada, e de prefer�ncia vivos, fatalmente encontraremos o rabo de seta na �ltima encruzilhada: voc� vai pagar e � dobrado, cada l�grima rolada nesse meu penar. E ficam revogadas todas as disposi��es em contr�rio.



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