
“Salve, salve, Na��o Azul! Muito 'bom dia', muito 'boa tarde' ou muito 'boa noite'. Depende de quando voc� estar� assistindo”.
Assim voc� dividia seu sorriso bom para nos chamar a um abra�o; para nos convidar a um dedo de prosa; para dividir conosco um grito de gol ou a solidariedade da cabe�a erguida ap�s uma derrota.
O c�ntico de hoje � de dor e saudade por sua partida. A banda, tantas vezes puxada por voc� no Mineir�o, agora toca uma batida triste, amarga e de puro alento. O manto sagrado, diariamente envergado por voc�, est� molhado por estrelas que piscam l�grimas.
A gente senta numa bancada imagin�ria, em cada canto desse nosso isolamento, provocado por essa doen�a terr�vel que levou voc� e milhares de outros cruzeirenses e brasileiros. Sem acreditar que s� enxergamos, ao nosso lado, um vazio onde deveria estar voc�, falando dos jogos, dos t�tulos e do dia a dia do Cruzeiro.
Hoje, � s� lembran�a: das excurs�es pelo Brasil e pela Am�rica do Sul afora; das resenhas pr�-jogo; dos c�nticos nas arquibancadas; das entrevistas p�s-jogo; das lives noite adentro; das manh�s nos clubes sociais; das suas postagens nas redes sociais; do seu choro emocionado na carreata do Centen�rio do nosso Cruzeiro. Cada um de n�s ter� uma recorda��o pessoal e especial. Mas em todas elas, estar� o sentimento do quanto foi gostoso dividir – com voc� – o amor eterno por um clube gigante.
�, Pablito. Vai ser dif�cil seguir o caminho da retomada de nossa hist�ria sem a sua presen�a f�sica. Por outro lado, ficar� seu legado a nos inspirar.
O legado de pai exemplar. De irm�o de alma. De filho. De como amar incondicionalmente um time, os amigos, as amigas e seu filho-tesouro Gabriel, o “Marrentinho”.
Voc� nos repetia h� todo instante: “Somos gigantes”! E olhando para sua dedica��o em defender o Cruzeiro, seja nas gl�rias, tristezas ou supera��es, a gente escuta isso e pensa: “Poxa vida, ele tem raz�o! N�s somos Cruzeiro. N�s somos gigantes mesmo”.
Pablito, voc� foi corrente, foi elo. Foi guardi�o da nossa hist�ria. Foi palestrino, pois 100 anos depois, ao seu jeito, ainda contribu�a para manter viva a ess�ncia de nossa funda��o em 1921. Ou seja, juntando todos e todas para torcer por um time vindo do povo.
Pablito, “PaiBlito”, aqui sempre haver� uma camisa azul a lhe simbolizar. Sempre haver� uma torcida a lhe representar com gritos de apoio ao time estrelado para enfrentarmos as durezas da vida.
Onde voc� estiver, camarada, vai ter Cruzeiro!
Ent�o, muito “bom dia”, muito “boa tarde” ou muito “boa noite”. Onde estivermos, a qualquer instante for, o seu legado tamb�m estar� eternamente na voz da Na��o Azul.
V� em paz, patrim�nio das arquibancadas! V� ser cinco estrelas, Pablito!