Acredite se quiser: Tutti Maravilha virou Hebe Camargo nesta pandemia
Radialista revela como adaptou sua agitada rotina � quarentena na se��o 'Vivendo e aprendendo', publicada aos s�bados pela Coluna Hit
19/06/2021 04:00
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Tutti Maravilha
Radialista
Gra�as � quarentena, virei Hebe Camargo!
Vou explicar: na d�cada de 1990, eu era f� da Hebe. Ela parecia ser uma comunicadora com menos preconceitos, mais relaxada, sem muita pose. Levava ao seu programa os famosos e tamb�m aqueles que estavam come�ando. Seu jogo de cintura me encantava! Falava o que lhe vinha na cabe�a, dava selinhos nos convidados e tomava cerveja na cara da c�mera. Era demais!
Um belo dia, Hebe apresentou o programa direto da sua casa, na beira da sua piscina azul, e comentei com o Pac�fico, na �poca meu produtor: ‘Um dia, vou fazer o programa de casa e vou virar Hebe Camargo!’. Rimos muito. O tempo passou e, hoje, o que eu t� fazendo? Fazendo o meu programa de casa! S� falta a piscina azul, n�?! kkkk
Sem a piscina e para melhor brincar nesta quarentena, criei uma rotina. Tenho tempo certo pra tudo. Tempo para produzir o meu programa de r�dio, para gravar o programa, tempo para gravar as entrevistas. Tenho 30 minutos de academia particular (rs). E � no sol. Vitamina D e abdominais juntos e misturados. Tenho tempo para virar “Chef Maravilha” e testar receitas que procuro no S�o Google. Fotografo o prato e mando para os chegados s� pra dar �gua na boca e animar a galera a ir pra cozinha com vontade. Pra ficar mais prazeroso, tente nunca deixar a lou�a pra lavar depois!
Nos fins de semana: faxina! Com direito �quele barulho doce e melodioso do aspirador de p�. Help! Hora de colocar roupa na m�quina. O ferro de passar? Aposentei! De todas as fun��es de casa, a que me d� mais pregui�a � a tal de passar roupa. Uma vez, era Dia Mundial da Mulher e perguntei ao Paulinho da Viola qual era a parte dele mais feminina. Ele me respondeu: “Passar roupa. Adoro”. Salve, Paulinho da Viola!
O mundo l� de fora chega pelas telas, pelos chegados e pelas janelas laterais. Confirmando que, com ou sem quarentena, o danado do tempo n�o para! E como todo rapaz latino-americano, depois das dez, d� pra rolar um cineminha b�sico. Tenho visto alguns e revisto outros belos filmes.
Antes de cair nos bra�os de Morfeu, coloco em dia os “insta”, “faces” e e-mails do dia. Chega a hora de escolher um livro entre os tr�s que a pessoa l� ao mesmo tempo. E com fidelidade plena para Clarice e Guimar�es Rosa! Li Nelson Rodrigues e reli tudo o que tenho do Poetinha. Sarav�, Vinicius!
E nessa de ler Vinicius e Nelson Rodrigues, eles me ati�aram a curiosidade e a vontade de conhecer um amigo querido deles: o s�o-joanense Otto Lara Rezende. Como sou aquariano da gema, corri e comprei pela net tr�s livros dele. �baaaa! Chegaram! E na “hora do sonhar”, fico acreditando que o “ser humano” vai – e pode – melhorar depois dessa quarentena... Am�m!