�lvaro Gentil faz sua estreia na literatura infantil com "L�lo, o menino distra�do", publicado pela Ramalhete
(foto: fotos: editora ramalhete/DIVULGA��O)
O editor �lvaro Gentil n�o tem d�vida da import�ncia e urg�ncia do incentivo � leitura. "Na minha opini�o, o livro precisa ser valorizado cada vez mais, com o incentivo � leitura sendo feito atrav�s de campanhas publicit�rias de forma ampla e permanente, buscando o leitor em sua casa e no seu trabalho."
Segundo ele, � fundamental que o Estado participe de forma mais vigorosa nesse incentivo, seja criando bibliotecas e espa�os de leitura, seja no apoio �s publica��es, editoras e livrarias. "O h�bito da leitura transforma a sociedade, trazendo o conhecimento que permitir� ao leitor uma consci�ncia mais elaborada do mundo em que vive."
�lvaro fala como conhecedor de causa. H� 20 anos trabalha com literatura. Um escolha que n�o era seu objetivo quando desembarcou de Ituiutaba com o objetivo de tomar posse na vaga que conquistou em concurso p�blico. "� verdade, procuro n�o pensar muito nas escolhas feitas no passado, claro que algumas vezes dou uma 'espiada' em quanto estaria ganhando como funcion�rio p�blico (risos) e, nos momentos de dificuldade, chego quase a me arrepender, mas o amor ao que eu fa�o supera essa compara��o."
No s�bado (11/09), �lvaro lan�ou seu primeiro livro, “L�lo, o menino distra�do”, com um qu� autobiogr�fico. As ilustra��es s�o de Andrezza Libel.
“L�lo, o menino distra�do” tem alguma coisa de autobiogr�fico?
Sim, h� uma universalidade no personagem e tamb�m uma proximidade com o autor. Eu ainda sou, �s vezes, um pouco desligado, na minha inf�ncia e adolesc�ncia a paix�o pelos mapas (a mesma do personagem) me ajudou a lidar com esse "estigma" de quem sempre estava no "mundo da lua". Atrav�s de viagens rotineiras pelos mapas me encantei pelos pa�ses, seus costumes, sua geografia e toda a diversidade existente no mundo. Esse interesse trouxe a concentra��o e o desejo pelo conhecimento, o que acabou por me conduzir para a literatura, em especial, primeiramente a paix�o por J�lio Verne.
O que mais fascina voc� nos mapas?
Sou e sempre serei um apaixonado por mapas, olhar e viajar pelos mapas � quase que uma manuten��o e renova��o dos sonhos, das descobertas e uma rever�ncia ao nosso planeta.
O livro marca sua estreia como autor, mas desde sempre voc� mant�m a escrita em dia. O que tem em mente de projetos pessoais?
Depois de tantos anos vividos em livraria e como editor, os projetos pessoais est�o ligados � literatura. Estamos trabalhando a publica��o de v�rios livros autoriais pela Editora Ramalhete, que s�o frutos de anos de pesquisas com literatura brasileira que est�o em dom�nio p�blico. Como autor, tenho trabalhado na constru��o de um romance que espero concluir at� o meio do pr�ximo ano.
Quando chegou de Ituiutaba, no Tri�ngulo Mineiro, trabalhou na livraria Van Damme. Qual foi a import�ncia de Johan Van Damme na sua forma��o?
Essa � uma parte importante e que verdadeiramente mudou meu curso de vida. Jamais havia passado pela minha cabe�a a ideia de trabalhar em uma livraria, ou seja, foi um acontecimento inesperado, sem planejamento e ao qual eu agrade�o muito. Claro que o senhor Van Damme foi meu mestre inicial, o livreiro que me abriu as portas desse universo e, por isso, sou grato a ele.
Pela Editora Ramalhete foram publicados cerca de 150 livros. Quais s�o os desafios para chegar at� aqui?
Os desafios s�o permanentes, creio que eles sempre existir�o e saber super�-los s�o parte de uma evolu��o e do aprendizado do of�cio.
Como voc� v� o mercado editorial em tempos de pandemia e crise econ�mica?
Vejo o mercado editorial como um esfor�o cont�nuo e que nesse tempo de pandemia e crise econ�mica trouxe � tona algumas fragilidades e dificuldades. Por outro lado, esse momento proporcionou tanto �s editoras, livrarias, autores e todos os envolvidos nesse setor algumas possibilidades de se criarem novas frentes, repensarem o pr�prio neg�cio e continuarem nessa jornada de valoriza��o da literatura e da cultura.