(none) || (none)

Continue lendo os seus conte�dos favoritos.

Assine o Estado de Minas.

price

Estado de Minas

de R$ 9,90 por apenas

R$ 1,90

nos 2 primeiros meses

Utilizamos tecnologia e seguran�a do Google para fazer a assinatura.

Assine agora o Estado de Minas por R$ 9,90/m�s. ASSINE AGORA >>

Publicidade

Estado de Minas coluna hit

Como o teatro em BH est� se adequando aos novos tempos pand�micos?

A resposta ser� apresentada por atores, diretores, produtores e t�cnicos na se��o Terceiro Sinal, que estreia hoje, sempre �s sextas-feiras, na Coluna Hit


05/11/2021 04:00

Ilustração da seção Terceiro sinal, da Hit
Terceiro sinal traz depoimentos do pessoal de teatro sobre como � voltar aos palcos

Alexandre Toledo
Ator, dramaturgo, diretor e produtor teatral

Usar como t�tulo para este depoimento o nome de um c�lebre texto de Harold Pinter n�o � uma refer�ncia � sordidez familiar descrita pelo renomado dramaturgo ingl�s. � apenas a homenagem a um grande texto e a um grande dramaturgo que s�o caros a esse que agora escreve, mas que escreve para dizer que, depois de um longo inverno, o sol voltou a brilhar e n�s pudemos retornar � nossa casa, que � o palco. Sim, o palco � a casa de todo ator.

A pandemia nos afastou das casas de espet�culo e de todos os outros espa�os p�blicos onde mostr�vamos nossa arte. Nos retra�mos para o interior de nossos lares, para a comunica��o a dist�ncia, proporcionada pelo v�deo e pelas plataformas sociais. Nos escondemos por um tempo, mas nunca deixamos de estar presentes. Durante esse longo inverno que tem sido a pandemia, n�o paramos de trabalhar. De ler, de escrever, de ensaiar, de experimentar, de mostrar em outras plataformas o nosso trabalho. A inquieta��o ficou mais acesa que nunca.

"Teatro sem p�blico � como goiabada sem queijo"



A vacina��o nos trouxe de volta a luz e possibilitou tamb�m nosso retorno aos palcos. Durante a pandemia, escrevi e ensaiei com Fernando Chagas o mon�logo “Di�genes”. Ele na casa dele, e eu na minha. Nos encontr�vamos pela c�mera do celular. Desse encontro, nasceu um espet�culo pelo qual tenho muito carinho. A estreia aconteceu na esta��o de Miguel Burnier, distrito de Ouro Preto. Ela foi transmitida pelas redes sociais. Em setembro de 2021, mais de um ano depois da estreia, o espet�culo finalmente se encontrou com o p�blico em duas apresenta��es no delicioso Teatro Raul Bel�m Machado, no Al�pio de Melo. Em novembro, cumpriremos mais uma pequena temporada no Teatro de Bolso do Sesc/Palladium.

E n�o ficamos por a�. Um projeto muito caro a mim e ao S�rgio Abritta, Wilde.Re/Constru�do, recebeu o primeiro pr�mio Palco em Cena, do Cine Theatro Brasil Vallourec. Com os recursos do pr�mio, montamos o espet�culo, que estreou virtualmente em janeiro deste ano. No final de setembro e in�cio de outubro, pudemos finalmente receber o p�blico. Primeiro numa pequena temporada na Sala Jo�o Ceschiatti e depois numa bela apresenta��o no palco para o qual o espet�culo foi concebido, o Cine Theatro Brasil. Tr�s experi�ncias fant�sticas com o p�blico de volta. O nosso querido e respeit�vel p�blico que se conformou em nos acompanhar pelas redes sociais e que agora, pouco a pouco, retorna para as salas de espet�culo.

O retorno foi t�mido, � verdade. Poucas pessoas, assentos marcados, uso de m�scara e distanciamento. Mas os teatros nos receberam com os bra�os abertos e o p�blico come�ou a aparecer. N�o pudemos nos encontrar com ele ap�s as apresenta��es para abra�os, sorrisos e trocas de carinho, mas o p�blico voltou e tenho certeza de que, daqui pra frente, comparecer� sempre em maior n�mero e quem sabe em janeiro poderemos ter a volta da Campanha de Populariza��o do Teatro e da Dan�a, e a festa do retorno ser� bem maior. Maior porque tamb�m ser� uma festa da vida, da retomada da vida normal, mesmo sob outros par�metros. Estamos ansiosos. Teatro sem p�blico � como goiabada sem queijo. N�o d� liga. Evo�!

*Para comentar, fa�a seu login ou assine

Publicidade

(none) || (none)