"Choro pro Z�", de Guinga e Aldir Blanc, inspira compositor mineiro

Haroldo Bontempo marcou para esta quarta-feira (8/12) o lan�amento de “Lamento solid�o”, o primeiro single com clipe do segundo disco da carreira solo do cantor. "� uma bossa nova composta originalmente pelo Lucca Noacco. Eu fiz a letra e cantei em dueto com a Mari Cavanellas. Tudo com um clipe com dan�a contempor�nea", diz ele. Haroldo conta que a decis�o de Mari cantar foi de �ltima hora. "J� estava agendado de ela ir ao est�dio gravar outra m�sica comigo, chamada ‘Brasil, 17h’. Um dia antes, ouvindo a guia da minha voz, eu pensei em fazer um dueto misto, um homem e uma mulher lamentando a solid�o, para tornar a m�sica mais universal. A estrutura da m�sica foi inspirada em ‘Choro pro Z�’, de Guinga e Aldir Blanc, que tem um vocal e depois dela um saxofone repete a mesma melodia. � muito linda!"

Antes mesmo que as cortinas do Pal�cio das Artes fossem abertas, a rea��o do p�blico aos primeiros acordes de “Ponta de areia” mostrava que aquela noite seria, no m�nimo, muito emocionante. Com Gal em cena, na abertura do show “Todas as pontas de um estrela”, na noite do �ltimo domingo (5/12), a cantora baiana foi aplaudida de p� pelo p�blico, que esgotou os ingressos.

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Entre uma can��o e outra, ao longo das 24 do repert�rio, incluindo uma homenagem a Milton Nascimento, o p�blico se derretia pela baiana aos gritos de "linda", “maravilhosa". Ao ouvir um "eu te amo", ela respondeu: "Quando canto fico plena de amor". Gal fez poucas interven��es. Ap�s “Estrada do sol”, lembrou a atualidade da m�sica. "Dolores (Duran) gravou nos anos 50, eu nos anos 70, Bituca nos anos 90, mas parece que foi escrita hoje. Poder sair de casa, devagarinho, de m�os dadas, de m�scara para ver o sol", foi aplaudida. "Viva Bituca! Viva Minas Gerais!", disse a cantora

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“Dom de iludir” foi uma das interpreta��es mais primorosas de Gal, mas foi em “Maria, Maria” que aquele clima de emo��o, que estava presente antes mesmo da abertura das cortinas, explodiu. Os versos de Milton Nascimento, que dizem que "� preciso ter for�a, � preciso ter ra�a, � preciso ter gana sempre", mostraram a atualidade da m�sica. Em um pa�s sofrido como o Brasil, � preciso ter esperan�a. E como um desabafo coletivo, o p�blico que lotou o teatro gritou “Fora, Bolsonaro”. A mesma rea��o veio ao fim da apresenta��o, ap�s “Brasil”, can��o de Cazuza que Gal confessou tentar tirar dos shows, mas, infelizmente, segundo ela, o Brasil n�o est� deixando. "Vamos cantar para exorcizar." 

M�sicas do Clube da Esquina estar�o no repert�rio do pr�ximo concerto presencial da Orquestra Ouro Preto, que revisita can��es consagradas de Fernando Brant e Milton Nascimento. O show, patrocinado pelo Instituto Cultural Vale, ocorre no pr�ximo s�bado (11/12), �s 11h, no Parque do Mangabeiras, em Belo Horizonte. O concerto ser� em formato h�brido, com p�blico presencial e transmiss�o ao vivo no canal da Orquestra no YouTube. Os ingressos s�o gratuitos, limitados, e devem ser retirados no site Sympla.

Os 112 anos da Academia Mineira de Letras foram marcados com o lan�amento de um n�mero especial da Revista Liter�ria. A publica��o tem mais de 600 p�ginas, capa feita pelo acad�mico M�rcio Sampaio e texto da “orelha” escrito por Arnaldo Saraiva, professor em�rito da Universidade do Porto. Ela traz um dossi� organizado por Const�ncia Lima Duarte e por Rog�rio Faria Tavares sobre 27 escritoras mineiras, entre as quais Ana Maria Gon�alves, Carolina Maria de Jesus, Concei��o Evaristo, La�s Correa de Ara�jo e L�cia Machado de Almeida. O volume tamb�m est� integralmente dispon�vel, em sua vers�o digital no site da AML, bem como todos os outros 79 n�meros da revista.