(none) || (none)

Continue lendo os seus conte�dos favoritos.

Assine o Estado de Minas.

price

Estado de Minas

de R$ 9,90 por apenas

R$ 1,90

nos 2 primeiros meses

Utilizamos tecnologia e seguran�a do Google para fazer a assinatura.

Assine agora o Estado de Minas por R$ 9,90/m�s. ASSINE AGORA >>

Publicidade

Estado de Minas EMBALOS DE S�BADO � NOITE

DJ com meio s�culo de carreira relembra os bons tempos da noite de BH

J�lio do Sparta comemora 50 anos de atividades neste s�bado (9/4), comandando a festa 'Sparta bons tempos', no estacionamento do sacol�o Lisboa, na Pampulha


09/04/2022 04:00 - atualizado 09/04/2022 00:29

Caricatura do DJ Júlio do Sparta, feita por Quinho
 

No lugar certo, na hora exata

J�lio do Sparta
DJ

Minha hist�ria come�a na adolesc�ncia, em um quartinho de despejo na casa do S�rgio Jac�, no bairro Santo Ant�nio. Foi l� onde fiz contato com o Rodolfo Malard, dono da Som Shine, o primeiro discotec�rio (hoje DJ) que conheci. Ele me convidou e passei a integrar a equipe como colaborador.

N�o ganhava nada, mas fazer parte da melhor equipe de som da �poca e estar em todas as festas compensava. As mixagens eram feitas entre duas picapes Garrard atrav�s de uma “caixinha” de alterna��o de telefones de uma sala para outra, que a gente chama de “caixinha de passagens”. Tudo feito de ouvido.

A primeira festa de que participei como discotec�rio, dividindo o tempo com o Jac�, foi em 1972, no antigo Country Clube, hoje Minas T�nis Clube. Tinha 17 anos, hoje estou com 67. Al�m de festas e bailes, faz�amos trilhas para pe�as teatrais, desfiles de moda e de misses, casamentos dentro de igrejas, ch�s beneficentes, carnaval, r�veillon e bailes-serestas.

Como tinha bom conhecimento musical, a maioria dos eventos especiais sobrava para mim. Imagina fazer seresta de quatro horas tocando samba-can��o, boleros, tangos e rumbas, sem repetir uma m�sica!

Toquei em v�rias festas de 15 anos nas mans�es da Pampulha, pr�tica comum naquela �poca, nas festas juninas nos col�gios Pit�goras, Promove, Santo Ant�nio, Champagnat, Loyola, Estadual Central, Tiradentes, Dom Silv�rio e Militar, al�m da famosa Noite do bode cor-de-rosa, do Col�gio Santa Maria.

Mas o local onde toquei mais vezes e fiquei residente durante muitos anos foi o Sparta. Aquelas matin�s atra�am, todos os domingos, um p�blico jovem que variava de 1,6 mil a 3 mil pessoas, chegando a picos de 5 mil, com port�es fechados e gente querendo entrar. At� hoje sou reconhecido como J�lio do Sparta.

Naqueles tempos, n�o havia casas noturnas, apenas os “inferninhos” com shows de striptease nada familiares. A partir das bem-sucedidas festas em clubes, quadras e col�gios, come�aram a surgir as boates, que fizeram sucesso na �poca, como Old Face, Adega 1300, Sagitarius, Le Chat Noir, Largo do Baeta, Tom Marrom, Le Galope, Jambalaia, Le Bateau Blanc e Club Fantasy.

Consegui acompanhar boa parte da evolu��o tecnol�gica. Hoje em dia, fa�o festas com notebook, controladora e um pen-drive. Nada mais daquelas pesadas caixas de discos e picapes. Tenho um programa na web r�dio Disco Funk, o “Hora dan�ante”, que vai ao ar todos os dias, das 20h �s 21h.

Neste s�bado, 9 de abril, depois de dois anos volto ao comando da picape na quinta edi��o da festa “Sparta bons tempos”, que seria realizada no Music Hall antes da pandemia.

Com o fechamento do espa�o, a festa ser� realizada no estacionamento do Sacol�o Lisboa, na Pampulha, que, ali�s, lembra a quadra do Sparta.

Em 2017 e 2018, realizamos quatro edi��es da festa – uma por semestre –, com estrutura de som e luz de primeira grandeza, inclusive reproduzindo a pista de dan�a iluminada do filme “Embalos de s�bado � noite”. Todos aguardamos ansiosamente o reencontro.

A SE��O “EMBALOS DE S�BADO � NOITE” CONTA A HIST�RIA DA VIDA NOTURNA DE BELO HORIZONTE, QUE, ANTES DA PANDEMIA, DEU O QUE FALAR

*Para comentar, fa�a seu login ou assine

Publicidade

(none) || (none)