Nos anos 1990, a internet era destaque de casa noturna na Alameda do Ing�

Se hoje at� uma crian�a navega na internet de olhos fechados, em meados dos anos 1990, conectar-se � rede mundial de computadores n�o era t�o f�cil assim. Para facilitar o acesso � internet, empres�rios inclu�ram no projeto da Sky, boate que funcionou de 1996 a 1999 no Vale do Sereno, a bancada com dois computadores.

 “Com O aux�lio de instrutores, os frequentadores n�o s� aprendiam a navegar, como podiam usar o computador � vontade”, relembra Ricardo Nemer, s�cio de S�rgio Falc�o, Marcelo Pimenta e Bruno Beth�nico no empreendimento.

A Sky funcionou na cobertura do pr�dio da Microcity, na Alameda do Ing�. Naquela �poca, a regi�o era pouco habitada, com o Socor e a boate Bwana ocupando a paisagem. “L� do alto, t�nhamos vis�o de 360 graus do vale”, lembra ele, com saudade. “Dois telesc�pios ficavam � disposi��o do p�blico, que contava com apoio de um instrutor para ver os astros.”

A hist�ria da boate tem v�rias curiosidades, como o fato de o teto em policarbonato, feito para ser retr�til, jamais se abrir. “O engenheiro respons�vel morreu durante a obra, ele era o �nico que sabia como funcionava o controle para abrir e fechar o teto”, revela Nemer.

A casa comportava cerca de 1,2 mil pessoas. Era ponto de famosos em suas passagens por Belo Horizonte, como o elenco de “Os tr�s mosqueteiros”, que reuniu os atores Marcelo Faria, Pedro Vasconcelos e Aramis. Sideral tamb�m lan�ou disco na Sky. A casa tamb�m ficou famosa por dois eventos: Quarta Vip, para convidados, e Sexta da Champanhe, com espumante liberado.

Ricardo acredita que a Sky marcou �poca em Belo Horizonte. “A casa funcionou numa �poca em que a noite da cidade crescia, evolu�a, oferecendo mais op��es para o p�blico. Ela foi importante para fortalecer e diversificar a noite”, opina. Na opini�o dele, a Sky fechou as portas devido ao “prazo de validade”. Nemer at� pensou em montar outra casa, mas desistiu. Foi para o Rio de Janeiro, onde trabalhou como ator no teatro e na televis�o. Em 2008, voltou para Belo Horizonte, casou-se, separou-se, e hoje � conhecido pelos carpaccios que produz.