(none) || (none)

Continue lendo os seus conte�dos favoritos.

Assine o Estado de Minas.

price

Estado de Minas

de R$ 9,90 por apenas

R$ 1,90

nos 2 primeiros meses

Utilizamos tecnologia e seguran�a do Google para fazer a assinatura.

Assine agora o Estado de Minas por R$ 9,90/m�s. ASSINE AGORA >>

Publicidade

Estado de Minas HIT /ENTREVISTA DE SEGUNDA

Jess, que come�ou a carreira menina, conquista o p�blico em BH

Cantora mineira, que fez sucesso na programa��o da Moderno Eternos, fala da carreira e das dificuldades na pandemia


11/07/2022 04:00 - atualizado 10/07/2022 21:49


Na programa��o musical da feira Modernos Eternos, que terminou ontem (10/7), a apresenta��o da cantora Jess foi uma das mais animadas, tanto pelo repert�rio quanto pela performance da artista. "Sempre amei cantar. Sinto um prazer enorme quando estou fazendo um show", afirma ela, que come�ou no mundo da m�sica ainda crian�a. "Canto profissionalmente desde os 14 anos, quando me apresentei pela primeira vez no Caf� Cancun (casa de shows que funcionava na Savassi)", recorda, garantindo que de l� para c� nunca parou de fazer shows. 

Depois que se formou na faculdade de m�sica, Jess decidiu dedicar mais � performance e produ��o dos shows. "Sou uma artista pop com influ�ncias de soul, blues, jazz, m�sica brasileira e antes, como J�ssica Lima (seu primeiro nome art�stico), me sentia um pouco perdida em meio a todas essas influ�ncias, sem saber como colocar meu estilo pessoal nas minhas apresenta��es. Ap�s analisar com calma esses pontos, ganhei confian�a para fazer essas mudan�as e me relan�ar novamente no mercado. Montei uma banda e dei um 'start' nessa nova etapa", afirma ela, que hoje � conhecida por Jess.

Voc� � de uma gera��o de m�sicos que contou com a variedade de casas noturnas na cidade, como o Caf� Cancun, na Savassi, e o Hard Rock Cafe. Hoje, as coisas est�o bem diferentes se comparadas aos anos 1990 e 2000, por exemplo. Acredito que a falta de casas seja uma dificuldade.
Tive a oportunidade de cantar nestas duas casas, inclusive. De fato, ter poucas op��es dificulta a const�ncia de shows. Al�m disso, outra dificuldade que enfrentamos � a resist�ncia que existe de algumas casas em fazerem novas contrata��es. Acho o mercado belo-horizontino fechado e dif�cil de entrar. Em algumas situa��es, n�o basta ter um show estruturado e bem produzido. Voc� precisa trabalhar tamb�m a sua imagem pessoal, socializando nos ambientes em que a cena musical � fomentada.

A pandemia dificultou o mercado. Como voc� passou o ano mais dram�tico dessa crise e como est� sendo o retorno?
Foi um momento ca�tico, que envolveu dificuldades financeiras e emocionais. Artistas, produtores de eventos e aut�nomos em geral ficaram impossibilitados de trabalhar. Quando a pandemia come�ou em 2020, j� tinha 15 anos de carreira como cantora profissional. Durante o tempo de reclus�o, percebi que nunca havia ficado um per�odo t�o grande longe do palco, dos shows e do trabalho com a m�sica. Durante toda a quarentena, o mais dif�cil foi lidar com a frustra��o, a vulnerabilidade e a ansiedade para se reinventar de alguma forma. Financeiramente, mais do que nunca, percebi o quanto � fundamental ter controle de gastos e uma reserva, e hoje dou mais aten��o para o controle financeiro. Apesar de todas essas dificuldades, acho que o momento tamb�m trouxe oportunidade de crescimento pessoal. Fui obrigada a sair da zona de conforto e mudar meu mindset profissional. Aproveitei o per�odo para estudar e trabalhar com coisas que antes n�o encontrava tempo. Fui explorar outras habilidades que tenho e isso me abriu novas portas profissionais. Trabalhei com gest�o de pessoas, fiz cursos na �rea de customer experience e copywriting, �reas na qual atuo at� hoje, inclusive, prestando servi�o para algumas empresas. Trabalhei como produtora e organizadora de eventos em S�o Paulo e Belo Horizonte, e comecei a atuar como produtora musical e gestora de carreira tamb�m. O retorno aos shows tem sido bem positivo e percebi uma demanda reprimida em rela��o aos eventos, o que tem sido bom para n�s, artistas e produtores.

Quem s�o suas apostas como promessas da cena musical?
Belo Horizonte tem uma cena cultural e art�stica crescente e incr�vel. Temos muitos artistas, contempor�neos e outros j� experientes, que est�o produzindo m�sica e arte continuamente. Preciso citar, inclusive, um movimento que est� acontecendo em BH e crescendo exponencialmente, que � o Sarau Tranquilo, abrindo espa�o para os artistas apresentarem suas composi��es a um p�blico atento e receptivo. � um evento aberto e que possibilita, toda semana, a descoberta de novos nomes da cena musical, al�m dos j� consagrados. L�, conheci artistas incr�veis, que est�o crescendo cada dia mais, como Ge Paige, Ma�ra Baldaia, Nath Rodrigues, Ao Coral e muitos outros. Tamb�m vi artistas que j� possuem um trabalho consolidado, como Pedro Morais, Maur�cio Tizumba e Wilson Sideral, que s�o amigos de jornada musical que continuam produzindo, lan�ando m�sica e engrandecendo nosso mercado fonogr�fico. Como aposta, posso citar o Saulo Soul, um cantor e compositor que chamou minha aten��o nos �ltimos tempos. O Saulo tem uma voz marcante e um posicionamento de imagem forte. Ele � de Formiga, onde o conheci, e possui muitos pr�mios como int�rprete e compositor.

No caso de m�sicos que t�m uma carreira bem firme, quais as dificuldades que eles t�m para se manter (levando em considera��o n�o s� a pandemia)...
M�sica exige investimento e, muitas vezes, isso atrasa o processo de produ��o do trabalho. O mercado hoje exige movimento, dinamismo e novidades. Voc� precisa entender de marketing, de produ��o visual, de moda, de estrat�gias para lan�ar um produto. Precisa estar atento a tend�ncias, al�m de ter que gerenciar sua carreira como uma empresa, lidar com a gest�o financeira, burocracias fiscais e gest�o de pessoas. Os custos passam por equipamentos de qualidade, investimento em grava��es de singles e clipes, ensaios, consultoria de imagem e aquisi��o de pe�as espec�ficas para os shows, condizentes com a sua identidade visual, tratamentos preventivos com fonoaudi�logos, fisioterapeutas e investimento nas redes sociais e publicidade em geral. Al�m de ser caro, � dif�cil se capacitar em tudo ou encontrar estrat�gias para fazer a engrenagem girar mesmo sem os recursos necess�rios.

Voc� come�ou muito cedo na m�sica. Como isso se refletiu na sua forma��o?
Sempre quis ser artista e fui privilegiada por ter apoio e incentivo dos meus pais, al�m do suporte para estudar. Infelizmente, nem todos t�m essa oportunidade e acredito que n�o exista um caminho certo. Tive contato com a m�sica desde muito cedo e isso me possibilitou desenvolver v�rias habilidades ao longo dos anos e vivenciar in�meras experi�ncias art�sticas desde muito nova. Al�m de refor�ar minha certeza pela escolha dessa carreira. Na minha forma��o, isso foi extremamente positivo. Precisamos nos adaptar �s oportunidades que aparecem. O importante � n�o se prender a r�tulos e, independentemente da idade, fazer o que se identifica. Claro, que se houver a possibilidade de come�ar cedo, n�o s� na m�sica, mas em outras �reas tamb�m, o ac�mulo de experi�ncias ser� maior, voc� ir� conhecer mais pessoas vinculadas � sua �rea e poder� atuar com o que gosta mais rapidamente.

*Para comentar, fa�a seu login ou assine

Publicidade

(none) || (none)