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Pioneira no pa�s, Academia Marianense de Bordados anuncia planos para 2023

Com sede na Academia Marianense de Letras, institui��o se volta para a arte das bordadeiras, patrim�nio cultural de Mariana e tamb�m de Minas Gerais


09/01/2023 04:00 - atualizado 09/01/2023 00:35

Integrantes da Academia Marianense de Bordados posam para foto durante sua posse, em 2022
Integrantes da Academia Marianense de Bordados registram, com linha e agulha, sentimentos pessoais e as tradi��es da cidade hist�rica (foto: Acervo)
 
Duas academias de Mariana – a de Letras e a de Bordados, �nica no Brasil – come�am o ano cheias de planos. O destaque vai para as exposi��es “Mulheres negras de dom�nio popular em Mariana” e “Sentimentos em fios e Prociss�o das Almas (bordando alegorias da Prociss�o)”, que ser�o realizadas pela Academia Marianense de Bordados.
 
Oficinas de poesia ser�o ministradas a agentes penitenci�rios, educadores e nas Apacs por meio do projeto Nas Sendas das Aldravias, de poetas do Movimento de Arte Aldra- vista, em parceria com a Secretaria de Justi�a e Seguran�a P�blica do Estado de Minas Gerais. 
 
Andreia Donadon Leal, idealizadora da Academia Marianense de Bordados, e Raimunda dos Anjos, presidente da institui��o, falam � coluna Hit sobre os planos para 2023.
 
Qual � a fun��o social e cultural do bordado?
Andreia Donadon – A fun��o elementar do bordado � agregar em torno de uma cria��o, normalmente compartilhada, em que pessoas desenham e bordam. O bordado registra paisagens, o saber popular, o conhecimento, a uni�o, o sentimento de pertencimento, a criatividade, os la�os afetivos, as pessoas e eventos que marcam a hist�ria cultural de uma sociedade.

Desde sua posse, em 2022, como presidente da Academia Marianense de Bordados, a primeira do Brasil, quais a��es foram propostas?
Raimunda dos Anjos – Realizamos sess�o solene que empossou 22 bordadeiras da cidade e da regi�o. Criamos o Instagram da academia. Participamos de feiras de artesanato em Belo Horizonte, Ouro Preto e Mariana, como a Feira Nacional de Artesanato, Festival Mariana Quilt, Bordado na Semana do Aleijadinho. Ministramos as seguintes oficinas, na Casa de Cultura e em outros espa�os: Bordando a poesia aldravista, Bordadoria de pres�pios, Hist�ria entre linhas e Bordados em escolas da rede p�blica e particular de ensino. Nosso objetivo � desenvolver atividades socioeducacionais e culturais. Participamos de palestras, lan�amentos de livros e exposi��es, al�m de tert�lias de outras associa��es culturais e acad�micas.

Qual � a import�ncia do coletivo de bordadeiras de Mariana?
RA – O coletivo produz bazares, exposi��es peri�dicas que ajudam a economia das fam�lias envolvidas nas atividades. A venda de produtos pode ocorrer e at� impulsionar a cria��o de um neg�cio, isto �, de uma atividade comercial. Mas o que de fato ocorre no grupo � o prazer dos encontros, a troca de experi�ncias, o compartilhamento de hist�rias de pessoas e de fatos locais. O coletivo serve, ainda, como atividade terap�utica, em que o sentimento de se sentir acolhido � marcado nos trabalhos de cada participante, que mant�m sua identidade. Ao mesmo tempo, h� a oferta de produtos diversos, potencializando o com�rcio cultural.
 
Bordado mostra casas da cidade de Mariana
Trabalho das bordadeiras marianenses (foto: Instagram/reprodu��o)
 

A academia de bordados nasceu por influ�ncia da Academia Marianense de Letras. Como as duas se relacionam?
AD – A Academia Marianense de Letras tem �rg�os associados, tais como Movimento Renovador de Mariana, Coral Madrigal, Grupo Musical Uns e Outros e Escola de Viol�o. A cria��o da academia de bordados surgiu naturalmente pelo fato de o Movimento Renovador de Mariana, h� muito tempo, reunir bordadeiras da cidade, mantendo contato com outras associa��es. Percebendo isso, sugeri a cria��o de uma academia que reunisse artes�s e possibilitasse a reflex�o sobre a import�ncia cultural do bordado como patrim�nio cultural de Mariana. A Academia Marianense de Letras, Ci�ncias e Artes oferece o seu espa�o para a realiza��o das atividades da academia de bordados, apoiando tamb�m a divulga��o de seus produtos.

Este m�s, ser� lan�ado o projeto sobre mulheres negras de Mariana. Qual � o objetivo desta iniciativa?
RA – A exposi��o “Mulheres negras de dom�nio popular em Mariana” vai de 14 de janeiro a 20 de fevereiro, na Casa de Cultura de Mariana, das 9h �s 17h. O objetivo � homenagear mulheres negras que tiveram protagonismo na cidade, como benzedeiras, pol�ticas, carnavalescas e garimpeiras, entre outras. A partir de mem�rias fotogr�ficas ou relatos, vamos bordar rostos e cenas culturais em que elas  atuaram. Uma senhora negra importante para a cultura popular da cidade foi a saudosa Altamira. Garimpeira e benzedeira, ela marcou a hist�ria do nosso carnaval ao tourear o boi na frente do Z� Pereira da Ch�cara. Outra personalidade � a ativista Aida Anacleto, representante do Movimento Negro e da luta pela garantia da igualdade racial.
 
Como a senhora v� o futuro do bordado no Brasil?
RA – O bordado � legado cultural. Sua perman�ncia est� garantida, uma vez que a consci�ncia da preserva��o � valorizada pela educa��o contempor�nea. Vislumbro, ainda, a cria��o de academias de bordados no Brasil, tendo em vista o reconhecimento do valor est�tico do bordado como arte, educa��o, artesanato e, at� mesmo, atividade terap�utica. 

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