A alegria do carnaval passou longe da bailarina Adriana Villela. Desde a morte do colega Eurico Justino, em 15 de fevereiro, ela est� buscando fotos e v�deos do amigo, que ser� homenageado no Arte Minas Kids, em 16 abril, no Sesiminas. Parte do material ela conseguiu no grupo de WhatsApp de professores e diretores de escolas de dan�a de Minas Gerais que admiravam Eurico, bailarino respeitado.
"Ainda estou muito abalada. Dois dias antes de sua morte, ele me ligou dizendo que iria desfilar na Mangueira, no Rio de Janeiro. Ainda brinquei com ele, reclamando por n�o ter me chamado para ir", recorda Adriana, observando ainda que Eurico, que adorava o carnaval, morreu poucos dias antes do in�cio da festa.
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Apaixonado pela dan�a, Eurico Justino era dono de um rico acervo com tudo o que diz respeito a esta arte. A inten��o de Adriana, em conjunto com a presidente do Sated/MG, Magdalena Rodrigues, � unir tudo em uma exposi��o, ainda sem data definida. Certo � que, al�m da homenagem com fotografias e v�deos, Adriana vai entregar o Trof�u Eurico Justino para a melhor escola do Arte Minas Kids, concurso do qual ele sempre participou e estava confirmado como jurado este ano.
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A morte prematura de Justino deixou amigos e colegas inconsol�veis. “Al�m de bailarino e grande amigo, era incentivador das artes. Apoiava a todos, assistia a todos, jogava para cima”, enumera o ator Maur�cio Cangu�u, que trabalhou com Eurico nas pe�as “O gato de botas”, “O patinho feio” e “Aladdin”. “Al�m de tudo, falava muito do amor pelos pais. Era um cuidado, um amor... D� pena, agora, os dois sem o Eurico”, acrescenta.
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O ator Luiz Arthur define o colega como “senhor do sapateado”. “Era gigante na �tica, em seu respeito pelos palcos, pela forma��o de artistas conscientes de seu of�cio. Um gentleman”, declara. "Est� bailando agora no bloco ‘Acad�micos dos que Far�o Muita Falta’.”.
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Por dois anos, Luiz Arthur fez dupla com Eurico Justino na tarefa de selecionar alunos para o projeto Valores de Minas. “Que sorte a minha. Foram dias maravilhosos de aprendizado, gargalhadas, reflex�es, afeto, respeito, generosidade, uma lista sem fim de humanidade. Eurico era s� amor em todas as vezes que nos v�amos. Qualquer lugar, pra ele, era pretexto para celebrar a vida, rir de si mesmo e elevar a estima de todos a seu redor.”.
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Luiz Hippert, produtor e diretor, tamb�m lamenta a morte de Eurico ,a quem considerava um mestre da dan�a. “Mas, muito mais do que mestre da dan�a, ele sempre foi o mestre da alegria, do bom humor, o amigo com quem a conversa nunca acaba. � assunto puxando assunto, risada puxando risada e a intelig�ncia dos coment�rios certos nos momentos certos”, recorda. ”Ele sabia chegar e sabia ficar. A gente, claro, queria que ele ficasse. Estar numa sala de ensaio com Eurico era pura alegria, aprendizado e seguran�a. Incr�vel como o trabalho flu�a leve e competente, como as coreografias iam se desenhando como m�gica, como o pulso firme, alegre e generoso fazia com que tudo o que ele pensasse se realizasse em cena. Um g�nio gentil. Eurico, o bom amigo”, afirma Hippert. “Queria que ele ficasse pra sempre”, comenta o produtor.