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Grupo Confesso completa 10 anos com estreia dirigida por Rita Clemente

"O animal agoniza" foi escrito pela dramaturga e diretora e marca a volta de Guilherme Colina ao palcos; estreia ser� na pr�xima sexta (5/5)


01/05/2023 08:20 - atualizado 01/05/2023 08:22

O ator Guilherme Colina interage com cabeça de mamífero cenográfico em cena de O animal agoniza
Guilherme Colina estreia o solo "O animal agoniza" na pr�xima sexta, no Teatro da Cidade (foto: Igor Cerqueira/Divulga��o )
O Grupo Confesso est� em festa. Na pr�xima sexta-feira (5/5), a companhia de teatro comemora seus 10 anos de funda��o, com a estreia do solo "O animal agoniza", escrito por Rita Clemente. Ela dirige Guilherme Colina, que, depois de muitos anos na dire��o, volta a atuar. A pe�a ser� apresentada �s 19h30, no Teatro da Cidade.

Colina diz que, apesar de “O animal agoniza’’ integrar a Mostra Confesso 10 anos, � um espet�culo montado pelo Teatro da Cidade e Teatro de Pesquisa, que, por 30 anos, teve como diretor art�stico Pedro Paulo Cava. � a primeira vez que uma mulher dirige um espet�culo no Teatro da Cidade. 


"Portanto, para n�s, o aceite e a presen�a potente da Rita Clemente para esse trabalho representam aprendizado e somam com pot�ncia, ao vincular sua arte � nossa. Embora a gente n�o tenha trocado muito antes desse encontro, nossa rela��o tem sido muito generosa, amistosa, afetuosa e alegre."

No mesmo dia ser� aberta a exposi��o "Confesso mostra 10 anos", que re�ne fotografias dos espet�culos da companhia ao longo de uma d�cada. Leia a seguir entrevista com o ator e diretor.

A abertura das comemora��es ser� com o solo "O animal agoniza", que marca sua volta ao palco, com texto de Rita Clemente. O que isso representa para voc�, para o grupo?

Em 10 anos de doc�ncia e dire��o teatral, era comum escutar dos amigos artistas, atores e alunos: “Colina, quando voc� vai voltar a atuar?’’. Essa pergunta, ainda sem resposta � �poca, reverberou numa conflu�ncia de pensamentos, em algum n�vel confusos, j� que, desde minha primeira dire��o de espet�culo de teatro e tamb�m da minha primeira turma de alunos, me conectei fortemente a esses campos de pesquisa, que, no in�cio da carreira, nunca haviam sido desejo ou objetivo.

Essas �reas se tornaram minha for�a motora nas artes; a atua��o ficou em segundo plano. Ao projetarmos as comemora��es dos 10 anos do Grupo Confesso, avaliamos que seria um bom momento para celebrar o encontro com importantes pessoas que acompanham nossa trajet�ria e por que n�o dentro do palco, lugar que me acolheu como artista e ressignificou o humano em mim?

Para al�m disso, uma maneira de presentear meus alunos e ex-alunos que tanto somaram no meu percurso como artista e pesquisador c�nico. Eu conhecia a Rita Clemente da cena, nunca hav�amos trocado al�m de poucas palavras. Meu contato com ela foi por meio de suas obras, duas delas  - “Amanda’’ e “Amores surdos” - me marcaram sobremaneira.

Todo o vocabul�rio de cena cuidadosamente pensado, al�m de uma dramaturgia que ia al�m dos atores, somada � ilumina��o, trilha sonora… A meu ver, o seu trabalho, � uma orquestra muito bem liderada, que provoca reflex�es, sensa��es e tamb�m � entretenimento. Um teatro inteligente, ao mesmo tempo, acess�vel para qualquer espectador.  Seus trabalhos carregam discursos importantes, oportunizam vozes sociais, mantendo em cena importantes caracter�sticas do drama, sobretudo, a hist�ria. Por isso a convidamos!

Ao longo desses 10 anos, voc� focou sua carreira na dire��o. Encontrou desafios para voltar � cena como ator e como superou os desafios ?

Senti muito ao retornar para a sala de ensaio. Eu parecia destreinado, corpo, voz, mem�ria, ferramentas importantes para as expressividades poss�veis.

No entanto, Rita Clemente, sabendo disso, conduziu o processo com olhar sens�vel e generoso e foi me impulsionando a encontrar vocabul�rios para a cena, al�m de me ajudar a encontrar outras ferramentas de atua��o - al�m daquelas que resgatei - somando sobremaneira ao meu trabalho como ator.

A programa��o dos 10 anos vai al�m da estreia do solo. Como ela ser� desenvolvida e qual foi a preocupa��o de voc�s ?

Pensamos em mostrar ao p�blico um pouquinho de cada vertente de atua��o do nosso coletivo. Assim, abriremos com o “O animal agoniza”. Levaremos gratuitamente para seis centros culturais descentralizados de Belo Horizonte a esquete “Mundo das palavras”, que fala sobre literatura.

Al�m disso sortearemos para empresas parceiras uma apresenta��o de esquete teatral de cunho conscientizador com o tema que ela quiser trabalhar com seus colaboradores. Faremos oficinas formativas de palha�aria e de produ��o de eventos culturais na Confesso Escola de Teatro. Exposi��o fotogr�fica com a trajet�ria dos 10 anos do Confesso, na Galeria de Arte do Teatro da Cidade, al�m de retornar � cena, com o primeiro espet�culo do Grupo Confesso, o “Navalha na carne”.

Qual a expectativa em rela��o aos pr�ximos 10 anos do grupo? Torce para pol�ticas culturais que estimulem a cria��o e manuten��o de grupos teatrais? Acha que o setor ser� respeitado como deve e merece ?

A quest�o da manuten��o � o grande desafio dos grupos de teatro hoje. � preciso que o financiamento p�blico chegue por meio de fundos espec�ficos, porque apenas os editais de fomento n�o d�o conta da manuten��o e da continuidade.

Eles contribuem para a��es pontuais, mas � preciso atuar de maneira continuada e que d� perspectivas de futuro. Tor�o para que, no futuro, a gente tenha mais fomentos diretos, sem que o foco seja apenas a competi��o entre os pares por vagas nos editais, mas sim a abertura de novos espa�os. Com a volta do MinC, nossas esperan�as se renovaram.

Qual o balan�o do grupo ao longo dessa caminhada de 10 anos ?

Os desafios foram muitos, como parece ser a l�gica de grupos culturais no Brasil, sobretudo na �ltima gest�o do pa�s. Entretanto, somos um coletivo otimista, levamos sempre percal�os com leveza e reproduzindo o lema “pra frente”, a cada vez que eles aparecem no caminho.

Nossa trajet�ria � marcada por ineditismo, sempre pensamos o teatro como express�o humana, mas, al�m disso, criamos alternativas para mantermos o grupo na cena, para al�m da cena propriamente dita.

Acreditamos, eu e Tatiane Reis, minha s�cia, que h� em tudo possibilidade de gerar receitas financeiras com o teatro, assim como ele pr�prio nos ensina, por ser uma arte que abarca todas as outras. Nesse sentido, vamos al�m do palco e da rua e ocupamos espa�os diversos da cidade.

Costumamos entrar em editais no campo da gastronomia e do turismo, unindo arte com outras formas de cultura, por exemplo. Ocupamos com nossas cria��es art�sticas equipamentos tur�sticos, bares e restaurantes, centros culturais descentralizado e, no ano passado, estreamos o Trem da Esquina, um trem de rodas que percorreu espa�os culturais da cidade, com personagens ic�nicos da funda��o da de Belo Horizonte, interpretados por nossos atores, bem como um guia de turismo que dava informa��o em tempo real sobre hist�rias e curiosidades da nossa Beag�. Al�m disso, atuamos com o teatro corporativo ao levar arte e conscientiza��o para grandes empresas.

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