
Mas quando o assunto � o show que ela far� no pr�ximo dia 16, no Baretto do Hotel Fasano, Mariana n�o esconde nada. “Ser� uma forma��o de trio p� de serra, o famoso power trio sanfona, zabumba e tri�ngulo. Sempre falo que forr� � muito rock and roll, sabe? Na atitude. Nesse power trio, os tr�s instrumentos fazem um estrago.”
A cantora chega a BH com a vers�o reduzida de seu show, diferente das turn�s do “Forr� da Mari”, com a banda completa.
Desde 2000, voc� lan�ou cinco discos, dirigiu um document�rio (“Dominguinhos”, 2014, com Joaquim Castro e Dudu Nazarian), criou sua produtora. A dois anos de completar 25 de carreira, que avalia��o voc� faz dessa trajet�ria?
Vivo um momento muito gratificante, uma fase mais madura. Tenho mais tranquilidade, mais calma, mais prazer mesmo em fazer tudo. No come�o, tem aquela press�o de ser exposto, n�? E agora, depois de quase 25 anos, tem essa tranquilidade, essa maturidade. Eu me sinto cada vez mais grata de poder fazer o que amo, de cantar cada vez mais pelo pelo Brasil, em todos os cantos do Brasil.
Voc� tem o bloco de carnaval Forrozin. J� pensou em sair de S�o Paulo e rodar pela folia de outras pra�as, incluindo Belo Horizonte?
Tenho muito carinho pelo bloco. J� � o quarto ano que a gente sai. Logo no come�o, ele foi apadrinhado por Gilberto Gil, o mestre. Sempre tive o sonho de sair com um bloco de forr�, de m�sica nordestina, pelo carnaval. Sempre quis lev�-lo para BH, porque a cidade sempre esteve dentro do circuito do forr�. Acho que seria um match perfeito. Vamos ver, n�? Quem sabe?
Voc� chega a BH no in�cio das festas juninas. O que talvez voc� n�o saiba � que a cidade s� perde para o Nordeste em termos de festejos juninos, que costumam ir at� julho.
N�o sabia desse detalhe das festas juninas. Belo Horizonte sempre foi muito pr�xima do forr�, sempre com muito respeito ao forr�. Gosto muito de cantar em Belo Horizonte, onde sou muito bem recebida.
Como voc� v� o mercado do forr� no Brasil?
Hoje em dia, s�o v�rios tipos de forr�, mas existe muito preconceito com o forr� p� de serra. S�o ondas... E, como diz Nelson Sargento – falando do samba, mas vale para o forr� –, ele agoniza mas n�o morre. Sempre houve muitos apaixonados pelo forr�, que n�o deixam o g�nero morrer. Mas � uma esp�cie de resist�ncia mesmo. Porque n�o � f�cil, ele n�o est� nas m�dias, n�o est� na r�dio, n�o est� nos festivais na televis�o. Quem ama fica levantando a bandeira, e ele sempre se renova. Vivemos uma �poca de novos sanfoneiros. Tem o Mestrinho, o Lulinha Alencar, o Cosme Vieira, que toca comigo.
Voc� tem a preocupa��o de procurar m�sicos bem no in�cio da carreira para tocar com voc�? Ou, ao contr�rio, � procurada por quem precisa deste empurr�o na carreira?
Sempre fui muito curiosa sobre novos talentos. Tenho curiosidade sobre o que a m�sica brasileira produz em geral, porque sou apaixonada pela m�sica brasileira e sempre gosto de entender como ela se renova, como ela vai dando os frutos, como isso vai se misturando. Estou sempre ligada nas pessoas que aparecem n�o s� do forr�, mas na m�sica brasileira em geral, n�? No Pr�mio da M�sica Brasileira (realizado na semana passada), os encontros musicais, a premia��o, tudo que rolou � muito bonito. Gosto muito do Bala Desejo, da Luiza Lian, da Juliana Linhares. Ainda sobre o Pr�mio da M�sica, Z� Ibarra foi um dos pontos altos. Cantou lindamente. Foi muito bonito mesmo.
O que o p�blico de BH pode esperar de seu show?
Forr� � uma das melhores m�sicas do mundo, j� come�a por a�. No repert�rio, cl�ssicos da m�sica nordestina, do forr�, desse ba� infinito de m�sica e tamb�m can��es que j� gravei. � um apanhado dos meus discos com algumas m�sicas nas quais damos uma “enforrozada”. � show animado, para cima, para todo mundo dan�ar.