F� que � f� faz loucuras para ver os �dolos. Isso acontece desde os prim�rdios. N�o � diferente com quem estava ansioso por ver “Renaissance”, a turn� de Beyonc�, que come�ou no m�s passado na Su�cia. Felipe Lima est� na lista de quem n�o perdeu tempo, pegou o primeiro avi�o e se mandou para Estocolmo, onde viu o primeiro e segundo shows da cantora. De f�rias, seguiu seu roteiro pela Noruega, Dinamarca e, em Paris, decidiu ver mais uma vez Queen Been. Em seu retorno a Belo Horizonte, Lima conta � Coluna Hit como foi ver de pertinho uma das divas da m�sica mundial.
“Assim como a cultura do ballroom nasce a partir da necessidade de grupos marginalizados pela sociedade de se expressarem e serem vistos, o s�timo �lbum de Beyonc�, ‘Renaissance’, nasce a partir de um desejo reprimido em todos n�s durante a pandemia: sair e se divertir. No �lbum, Beyonc� reverencia os prim�rdios da house music, referenciando diversos produtores e artistas que criaram o g�nero, muitos deles da comunidade queer, como Grace Jones, Honey Dijon e Nile Rodgers. Beyonc� guardou a sete chaves tudo sobre a turn� mundial do ‘Renaissance’, inclusive se recusando a lan�ar os visuais do �lbum e n�o se pronunciando extensivamente sobre ele. Quando a turn� foi anunciada, os f�s come�aram a criar teorias sobre o que os esperava, mas o show superou qualquer expectativa. Eu tive a oportunidade de ir a tr�s shows, entre eles o primeiro de todos e mais aguardado, na Friends Arena, em Estocolmo. O espet�culo era completamente setorizado e, caso voc� estivesse em uma �rea vip, a sua vis�o com certeza seria boa, mas isso n�o impediu que os f�s desses setores esperassem por horas na fila buscando ter a melhor vis�o do primeiro show solo da cantora em sete anos.
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Na fila se viam pessoas de v�rios pa�ses, com destaque para os Estados Unidos e o Brasil (reconhecido pela cantora em todos os shows at� o momento). As pessoas se encontravam em clima de festa, representadas atrav�s das roupas cuidadosamente escolhidas para a ocasi�o e o coro de m�sicas entoado pela multid�o j� na fila.
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A estrutura do espet�culo � gigantesca, contando com uma tela de LED de alta defini��o enorme, um portal tamb�m de LED, que trazia ao palco grandes estruturas, como um cavalo gigante, um tanque de guerra, rob�s e um globo de espelhos gigante, e uma passarela que se estendia at� a metade do est�dio. Quando o show finalmente come�ou, Beyonc� abriu a apresenta��o cantando baladas pouco conhecidas, de discos anteriores.
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O show � dividido em atos intercalados com a exibi��o de v�deos e efeitos nas telas do palco e performances incr�veis de seus dan�arinos (muitos deles do ballroom e da comunidade queer, como a artista Honey Balenciaga). O espet�culo nos deixa atordoados com tantas intera��es, como efeitos pirot�cnicos, apresenta��es de dan�a, a pr�pria cantora se apresentando em diferentes partes do palco e da passarela, at� voando. Isso traz dinamismo ao show – � dif�cil de ficar entediado, apesar das
tr�s horas de dura��o, passeando pela maioria dos sucessos do �ltimo �lbum e outros de sua carreira.
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Foi interessante ver a evolu��o da artista entre os shows. No �ltimo a que assisti, no Stade de France, em Paris, Beyonc� parecia muito mais desenvolta que nos outros shows, apesar dos mais de 80 mil f�s presentes (o recorde de p�blico na arena) e da presen�a de v�rias celebridades, como Lenny Kravitz, Kris Jenner, Kylie Jenner e Jacquemus. A desenvoltura foi tanta que ela trouxe ao palco sua filha, Blue Ivy, para participar de uma das apresenta��es. Fato � que ‘Renaissance world tour’ � o espet�culo desta era, e o Brasil segue a confirmar datas em 2024. Continuamos esperando as cenas dos pr�ximos cap�tulos para que mais uma p�gina da hist�ria da cantora seja escrita por aqui."