A paix�o de Lorena Cozac pela cozinha vem da inf�ncia e sempre contou com o incentivo de sua m�e, Lilian, atenta ao talento da filha. Na faculdade, durante o curso de administra��o, ela fazia trufas, que eram disputadas.
A procura era tanta que tinha vendedoras. Nascia ali a empreendedora, numa �poca em que empreendedorismo nem era t�o falado. Hoje, aos 40 anos, Lorena est� � frente da tradicional confeitaria italiana Mole Antonelliana, cuja segunda loja foi inaugurada recentemente, na Casa Fiat.
A empres�ria diz n�o ter se arrependido das escolhas e reconhece ter tido, no passado, muita determina��o. "Mesmo cursando administra��o, nunca tive d�vida de que gostaria de trabalhar com chocolates. Inclusive abri m�o de muitos momentos da juventude, quando virava noites produzindo chocolates."
Tanto na loja da Avenida Jo�o Pinheiro quanto no espa�o rec�m-inaugurado, n�o pode faltar, segundo Lorena, a torta Saint Honor� - "O carro-chefe da confeitaria, com camadas de massa folhada, recheadas com creme de chocolate, cobertura de chantilly, folhas de chocolate e bombinhas de baunilha caramelizadas". J� no seu gosto pessoal, "n�o pode faltar a bomba de baunilha".
Lorena tem como uma das suas grandes inspira��es o tio Charles Cosac. "Charles � uma inspira��o para o mundo!", declara. "Al�m do privil�gio de ter o mesmo sangue dele, ele sempre me tratou como uma sobrinha querida, me dando boas orienta��es e me incentivando na minha jornada de vida. Sua sinceridade e autenticidade s�o, de fato, uma grande inspira��o nas minhas escolhas de vida."
Desde a inf�ncia, nos almo�os de fam�lia, voc� convive com a cozinha italiana. De l� para c�, o que mudou seu olhar sobre a contribui��o da cozinha italiana em Minas?
Acredito que hoje Belo Horizonte est� muito abastecida de excelentes restaurantes italianos, com chefs renomados. Como venho de uma fam�lia italiana e trabalho em uma confeitaria italiana, acho que essa fus�o s� eleva a cidade.
Claudio Gontero fundou a Mole Antonelliana. Que import�ncia ele teve na difus�o da cozinha italiana em Belo Horizonte?
Ele trouxe sofistica��o para a capital mineira em termos de confeitaria, al�m de ele ter sido o meu mestre. Com ele aprendi a import�ncia de manter padr�es de qualidade e nunca se corromper. E a Mole Antonelliana � uma marca registrada da confeitaria italiana.
Quando e como surgiu a proposta para comprar a Mole e qual o seu grande desafio ao aceitar o neg�cio?
Surgiu quando Cl�udio decidiu voltar para a It�lia e queria uma pessoa que continuasse seu legado. Eu j� trabalhava com chocolates e fornecia para ele. Essa parceria durou um ano.
Depois disso, ele me ofereceu a confeitaria e, no mesmo instante, toda a minha fam�lia me apoiou incondicionalmente. O desafio da confeitaria � manter a qualidade. A luta � di�ria.
Depois disso, ele me ofereceu a confeitaria e, no mesmo instante, toda a minha fam�lia me apoiou incondicionalmente. O desafio da confeitaria � manter a qualidade. A luta � di�ria.
Claro que a pandemia foi o maior desafio at� hoje. O que voc� pensa ao lembrar da sua decis�o imediata de demitir todos os funcion�rios e fechar a confeitaria, logo nas primeiras semanas da pandemia?
A cada dia tenho mais convic��o de que tomei a decis�o mais dif�cil e mais acertada da minha vida. Depois disso, tanto eu como a minha equipe colhemos os melhores frutos dessa atitude.
Voc�s voltaram aos poucos, abrindo para atender pedidos de clientes. Como voc� se adaptou a esse retorno? Como se viu no cen�rio da pandemia, desconhecido de todos?
Antes de mais nada, foi muito gratificante constatar o quanto a Confeitaria Mole Antonelliana fez falta na cidade. Procuramos nos adaptar ao cen�rio e �s normas impostas pela prefeitura e trabalhamos de acordo com as demandas, at� conseguirmos voltar a abrir todos os dias.
Voc� n�o tinha inten��o de abrir uma filial da Mole. Como tomou a decis�o de instalar uma unidade na Casa Fiat?
Amo tanto a minha primeira loja que sempre me bastei l� por muitos anos. A Mole Antonelliana � uma confeitaria de doces artesanais, sofisticados e fr�geis. Tudo � feito diariamente com bases de cremes, chantilly… E controlar essa produ��o requer cuidados di�rios para manter a qualidade.
Por isso demorei a pensar em abrir uma filial. A abertura da nova unidade na Casa Fiat de Cultura � uma parceria estrat�gica, que valoriza a italianidade e fortalece a experi�ncia que oferecemos �s pessoas.
Por isso demorei a pensar em abrir uma filial. A abertura da nova unidade na Casa Fiat de Cultura � uma parceria estrat�gica, que valoriza a italianidade e fortalece a experi�ncia que oferecemos �s pessoas.