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Estado de Minas COLUNA

Monark e a armadilha de seu cancelamento nas redes sociais

A audi�ncia, associada � relev�ncia social e ao dinheiro dos patrocinadores, cria uma ilus�o de que � permitido dizer e fazer o que se quer


17/02/2022 04:00 - atualizado 17/02/2022 07:28

Bruno Aiub é conhecido como Monark
Caso ocorrido com Monark, ex-apresentador do podcast Flow, serve de exemplo do aprendizado que a sociedade vive para lidar com novos formatos da comunica��o, suas facilidades e riscos (foto: Reprodu��o)
H� algum tempo, estamos mudando os nossos h�bitos no consumo de informa��es. Antes da internet, t�nhamos a televis�o e o r�dio, e seus hor�rios previamente definidos, aos quais �ramos obrigados a nos adaptar para ver as novelas, jogos de futebol e os notici�rios. A informa��o quente chegava em nossas casas toda manh� com os jornais em papel.

A chegada da internet come�ou a mudar as nossas vidas. Agora, tomamos o controle da nossa agenda e com a tecnologia de streaming foram criados outro mundo e oportunidades. A�, chego ao ponto que gostaria de falar nesta coluna. Recentemente, aconteceu fato relevante no podcast Flow, quando um dos seus apresentadores, Monark, fez um coment�rio sobre a possibilidade de as pessoas terem a liberdade de criar um partido nazista no Brasil.

O coment�rio, o contexto e as cr�ticas que ele recebeu, bem como os memes, voc� pode encontrar em v�rias plataformas; basta uma pequena pesquisa na web. Fiquei intrigado e prestei bastante aten��o � resposta que ele postou em suas redes sociais. Isso, na minha opini�o, confirma a teoria de que estamos vivendo uma curva de aprendizado para lidar com esses novos formatos de comunica��o, suas facilidades e seus riscos.

H� mais de 30 anos, eu dou entrevistas para falar do meu trabalho como artista. J� passei dias dando entrevistas individuais, j� participei de entrevistas coletivas, programas de entrevistas ao vivo e outros formatos. Faz muita diferen�a quando a pessoa que est� nos entrevistando se prepara em rela��o aos assuntos que ser�o abordados, e tamb�m se ela tem forma��o na �rea de comunica��o.

Esses novos formatos, como podcasts, canais do YouTube, al�m das redes sociais, criaram her�is instant�neos, de v�rias idades, com uma linguagem pr�pria para cada gera��o e assuntos de interesse. Logo, come�am os problemas.

Audi�ncia, associada � relev�ncia social e ao dinheiro de patrocinadores, cria uma ilus�o de que podemos fazer e falar o que quisermos. Essa � uma armadilha na qual muitos caem, ao falar sobre assuntos dos quais t�m pouco conhecimento. A mesma audi�ncia que nos coloca em evid�ncia, pode nos tir�-la, caso a gente n�o atenda mais aos interesses e vontades do p�blico majorit�rio, ou se cometermos um erro como o de Monark.

No mundo atual, em que s� existem “eu te amo” ou “eu te odeio”, n�o existe espa�o para coloca��es mal elaboradas de temas s�rios como o nazismo. As pessoas, de uma forma geral, querem ver o seu sucesso, mas tamb�m v�o se deliciar com os trope�os alheios. O problema do qual estamos tratando aqui na coluna provavelmente acontecer� com outros influencers, muito por conta da falta de prepara��o deles. S�crates disse h� 2.500 anos: “S�bio � aquele que conhece os limites da pr�pria ignor�ncia”.

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