
meu texto sobre o Chile “Valle Nevado x Vale do Colchagua” contei sobre minha experi�ncia nos dois locais, ambos destinos bem reconhecidos. Um como esta��o de esqui e outro como destino gastron�mico de vinhos. E foram experi�ncias completamente distintas, especialmente por causa do atendimento que recebemos.
E servi�o n�o pode ser bom, tem que ser �timo. Porque servi�o depende �nica e exclusivamente das pessoas que ali est�o, sejam os donos ou os colaboradores. No e de forma aleat�ria escolhemos o “Lua Cheia Bar e Cozinha”. J� na entrada fomos recebidos com um grande sorriso! E como eu sei que era um grande sorriso se todos est�o de m�scara?! Porque quando a pessoa sorri de verdade os olhos tamb�m sorriem!
Recentemente eu e minha fam�lia estivemos em Itacar� na Bahia para umas minif�rias. Escolhemos l� por ser um ambiente de muita natureza e onde nos pareceu n�o ter aglomera��es nesse per�odo infernal de pandemia. E assim foi, n�o estava vazio, mas deu perfeitamente para manter o distanciamento social e ainda aproveitar os poucos dias que t�nhamos. Em uma noite fomos andar pela rua e jantar, A pessoa que nos atendeu n�o apenas nos deixou o card�pio na mesa e perguntou o que ir�amos beber, como ofereceu tamb�m uma atividade para entreter o meu filho de 3 anos. Em algum momento, enquanto ela apresentava o menu da casa eu acabei falando que estava um pouco indisposta naquela noite. E para minha surpresa, n�o � que ela me ofereceu um anti�cido para o est�mago?! Sabe, al�m de toda a simpatia, isso me surpreendeu! Isso � atendimento. N�o estou falando de todo empreendimento ter uma farmacinha por l�, mas de cada pessoa que atende ser sens�vel o suficiente para personalizar o atendimento. Esse tipo de atitude n�o est� em um manual, est� na capacidade de percep��o e sensibilidade de cada pessoa que escolhe a presta��o de servi�os como profiss�o.
Quando ela saiu a primeira coisa que eu e meu marido pensamos foi: deve ser a dona daqui. Fiquei curiosa sobre ela. Quando ela passou de novo chamei para perguntar. Ela � a Adriana Favilla. Saiu de Bras�lia com marido, largou um emprego de 18 anos na �rea de publicidade e marketing e foi viver o sonho de tanta gente, que � morar em uma cidade pequena praiana e ter o pr�prio neg�cio. Ela nos contou que, ela e o marido, sempre gostaram de cozinhar e reunir os amigos. Ent�o abrir um restaurante em Itacar� foi a realiza��o de um sonho. Mas, aviso aos empreendedores e sonhadores, n�o foi uma decis�o impulsiva. Eles viajaram e pesquisaram por anos.
Tocar o restaurante tamb�m n�o � tarefa simples como muitos pensam. Tudo tem que estar em perfeita harmonia, o card�pio, o tempo de prepara��o das refei��es, o alinhamento do time que trabalha por l�, e claro, o atendimento!
A Adriana tenta estar sempre presente nos atendimentos �s mesas – que sorte a nossa – para ter o retorno dos clientes e estar aberta a cr�ticas e sugest�es. Receber os clientes e entender o que eles querem provar, comer e experimentar. Mal sabe ela que a presen�a dela oferece bem mais que isso. Por�m, n�o � s� o dono que consegue nos proporcionar excelentes momentos. Um colaborador que gosta do que faz e est� motivado tamb�m faz a diferen�a. Tivemos outra experi�ncia muito bacana em Itacar�, na pizzaria Beco das Flores. A gar�onete que nos atendeu, uma jovem senhora j� com netos era puro sorriso em todas as mesas que passava. Sim, ela tamb�m sorria com os olhos! Quer outra demonstra��o de pura sensibilidade?!
Meu filho estava dormindo, depois de passar o dia todo na �gua, e eu estava com ele no colo. E n�o � que ela improvisou um ber�o com duas poltronas que compunham a decora��o do restaurante?! E acho que ficou bem confort�vel, porque ele nem viu a hora que sa�mos de l�.

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