Escrever sobre turismo em um ano t�o desafiador foi uma das minhas principais viagens. O desafio?! Falar deste tema de uma maneira s�ria e leve. Ir al�m da tr�ade: o que fazer, onde se hospedar e onde comer. Por isso, pensei no turismo em sua forma multifacetada, levantando seus aspectos de lazer, t�cnico, pol�tico e gerencial. No primeiro texto, um convite a reflex�o sobre o que as pessoas ganham quando h� investimentos em turismo e cultura. Porque todo mundo sabe que � importante, mas na verdade, essas �reas sempre v�o para o final da fila. E neste racioc�nio de que todos sabem da import�ncia do setor, mas acabam criticando alguns investimentos, abordei a forma como consumimos nossos destinos hist�ricos. N�s, brasileiros e brasileiras, precisamos saber nos relacionar melhor com a nossa hist�ria. Precisamos aprender a valorizar o que temos por aqui, como eu disse no texto do meu blog “A s�ndrome do patinho feio no turismo brasileiro”.
Mas a�, al�m das reflex�es do setor, era hora de enfrentar o monstro de 2020, a pandemia do COVID-19. Hora de planejar o que seria dos pr�ximos eventos no mundo. Afinal, tivemos que reaprender a participar deles. Neste ano, os eventos come�aram sem iniciar com um bom dia, boa tarde ou boa noite. A primeira frase de reuni�es e eventos esse ano foi: “est�o todos com som? O v�deo est� bom?”. No ano que descobrimos que pod�amos fazer tanta coisa pela internet, bateu o medo do que n�o d� para se fazer on line. Foi quando come�amos a pensar: e o carnaval?! Neste texto refletimos sobre como a maior festa do Brasil, que em sua ess�ncia prev� aglomera��es, abra�os, perdigotos e suor, estaria condenada em 2021. Pois como eu disse, nem a religi�o transformou o carnaval em algo t�o profano quanto o corona v�rus.
E ent�o come�ou um breve e leve relaxamento. Alguns hot�is, pousadas e restaurantes come�aram a ensaiar uma reabertura cheia de restri��es. O setor do turismo para n�o morrer, precisou de oxig�nio. Mas o oxig�nio do turismo vem das pessoas, e nunca demos tanta import�ncia ao deslocamento quanto neste ano. Mas por ouro lado, e a coragem?! E foi uma retomada recheada de protocolos, mas que deu um certo al�vio para aqueles que j� n�o aguentavam mais o confinamento. Ali�s, s� de saber que j� � poss�vel se deslocar, acaba sendo um consolo, n�o �?! E houve tamb�m muita gente criativa, que se reinventou para levar experi�ncias inovadoras, como � o caso da GoGuidia, que falei por aqui tamb�m. Quais s�o as novas normas de etiqueta nas viagens, destinos e experi�ncias criativas, e a relev�ncia que o turismo interno ganhou.
Aqui na coluna, tamb�m escrevi sobre se reconhecer como viajante: autoguiado ou agenciado, segmenta��es no turismo e motiva��es de viagem. Mas tamb�m pensamos sobre a incerteza gostosa que � viajar, afinal “Navegar � preciso, viajar n�o � preciso”, est� lembrado?
E 2020 ainda foi ano de elei��es municipais! Ser� que os novos governantes dar�o lugar para o turismo?Esse setor que se mostrou essencial para a sa�de emocional das pessoas. Neste ano ins�lito, convido voc� a uma viagem pelos textos da coluna de turismo, para que possamos al�m de desfrutar de tantas belezas e experi�ncias que esse mundo nos oferece, entender que por tr�s das viagens existe uma atividade renov�vel, e que bem planejada � capaz de gerar desenvolvimento e qualidade de vida. O turismo bem pensado � uma rela��o ganha-ganha! Ganham os viajantes, ganham os destinos e trabalhadores do setor. Portanto, que 2021 nos devolva a alegria de circular livremente e conhecer pessoas, lugares e experi�ncias transformadoras.
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