A tecnologia e o futuro do turismo

O avan�o da tecnologia j� estava presente nas nossas vidas bem antes da pandemia. A cada viagem � poss�vel perceber como a tecnologia vem tomando conta da jornada tur�stica. Com a pandemia do covid 19 esta movimenta��o foi acelerada, e antes mesmo do final do nosso confinamento, j� � poss�vel vermos novidades tecnol�gicas a cada dia. Se h� pouco tempo atr�s as OTA’s (On line Travel Agencies/ Ag�ncias de Viagem On Line) eram a grande novidade, hoje em dia elas j� fazem parte da nossa rotina. 

Obviamente, como j� falei aqui na coluna, as novas tecnologias n�o ir�o substituir as viagens, mas certamente melhoram as experi�ncias nos destinos e o planejamento das viagens. Afinal de contas, com um smartphone na m�o � poss�vel reduzir os custos da viagem, melhorar a pesquisa por atrativos e at� mesmo se deslocar com mais efici�ncia. Isso sem falar na variedade de programas de milhagem por exemplo, que podem facilitar em muito a viagem dos mais engajados nas tecnologias dispon�veis. Com a pandemia, e o in�cio da reabertura de alguns destinos foi poss�vel perceber o boom do autosservi�o.

 

Onde antes era essencial a presen�a humana, hoje, em muitos casos, ela pode ser substitu�da por rob�s. � o caso dos check-ins e outros servi�os em aeroportos e hot�is, que j� possuem rob�s capazes de fazer o servi�o operacional. J� o humano, continua com o que somente n�s podemos fazer – pelo menos por enquanto. Um bom “dedo de prosa” para contar o que se tem para fazer em determinada cidade, um sorriso de boas vindas e claro, toda a parte administrativa e de resolu��o de imprevistos.

A internet das coisas tamb�m veio para ficar. Entrar num quarto de hotel e resolver tudo clicando no controle remoto n�o � nada mal, concorda?! Sem levantar da cama, � poss�vel controlar as cortinas, as luzes e at� pedir a comida.

 

Em alguns hot�is, e at� mesmo em algumas casas aqui no Brasil, j� � poss�vel conhecer a Alexa. Ela � uma assistente conversacional da Amazon, capaz de entender o contexto at� certo ponto e executar tarefas simples, como configurar alarmes, informar a situa��o do tr�nsito ou a previs�o do tempo, executar uma lista de m�sicas ou reproduzir podcasts. Ela j� est� dispon�vel em alguns hot�is do grupo Marriott. 

Aplicativos que facilitam a vida do viajante tamb�m s�o sempre bem-vindos, principalmente se eles oferecem interatividade, descontos, pesquisa de pre�os e n�o precisarem de muitos dados dos celulares. Criar um aplicativo que apenas coloque o que estaria num guia f�sico dispon�vel na tela do celular n�o configura criatividade, nem intera��o. � preciso bem mais que isso. Os viajantes, cada vez mais informados e conectados, buscam tecnologias que facilitem sua jornada.

 

Um exemplo, � o caso da empresa Voll.Dispon�vel apenas para o p�blico corporativo, a ferramenta permite que as companhias clientes gerenciem em um s�lugar tudo que envolve uma viagem de trabalho. Fora os deslocamentos internos na cidade, � poss�vel cotar passagens a�reas, reservar hot�is e pedir refei��es dentro do app da Voll. Para isso, a startup tem parceria com os principais aplicativos do mercado, como Uber, Cabify, iFood, companhias a�reas e hot�is. 

Aplicativos de realidade aumentada, que integram elementos ou informa��es virtuais com o mundo real, tamb�m s�o uma boa aposta para o desenvolvimento do turismo, pois enriquecem muito a experi�ncia tur�stica. Na companhia a�rea LATAM, atrav�s da realidade aumentada � poss�vel saber antecipadamente se a mala est� dentro do limite de tamanho permitido. J� a startup Kabaq oferece uma solu��o para transformar os card�pios dos restaurantes. Antes de fazer o pedido, os clientes podem apontar o smartphone para a mesa e ver imagens tridimensionais em tamanho real dos itens do menu. Infelizmente esta experi�ncia ainda n�o temos no Brasil, mas � poss�vel vivenci�-la se voc� for a Nova York na rede Bareburger e na Magnolia Bakery.

Enfim, em poucos casos a tecnologia vai substituir a m�o de obra humana no turismo. Em contrapartida aprimorar as experi�ncias tur�sticas lan�ando m�o de inova��o tecnol�gica � a cereja do bolo, que pode fazer com que um turista decida ou n�o por um determinado destino ou empreendimento.