
O mundo est� mudando! E isso � �timo, afinal v�rios assuntos que antes nem mesmo eram abordados, hoje em dia s�o amplamente debatidos e j� come�am a fazer parte do nosso dia a dia. Dentre tantos temas, h� um tempo j� temos acompanhado destinos que se apresentam como LGBTQIA+ friendly. Espa�os destinados a este p�blico em eventos do setor cada vez ganham mais for�a, e � poss�vel perceber claramente o segmento do turismo LGBTQIA em crescimento. Mas isso faz sentido para voc� ou realmente � necess�rio para o mundo?!
� importante refletir que se existe a necessidade de destinos que s�o LGBTQIA friendly, � porque de outro lado temos destinos que n�o o s�o. A pr�tica do turismo � para todas as pessoas. Tem que ser. Para acontecer basta (ou deveria bastar) ter de um lado um destino com atrativos e equipamentos tur�sticos, e do outro algu�m que queira conhecer aquele destino e tenha (ou crie) condi��es para isso. Qualquer viajante precisa ser muito mais do que respeitado em um destino, precisa ser bem recebido e precisa ser acolhido, para que aquela viagem fique marcada positivamente na sua mem�ria, se poss�vel para sempre. Esse � o papel de todos que atuam no setor do turismo.
Me preocupa que pautas t�o relevantes para a sociedade, vez ou outra apare�am apenas como item de prateleira para venda, dando uma falsa impress�o de inclus�o. Pessoas do grupo LGBTIA n�o precisam de um destino para chamar de seu. Precisam transitar livremente entre destinos culturais, de sol e praia ou gastron�micos. Precisam se hospedar no hotel que todos se hospedam e se misturar a multid�o – quando puder aglomerar, hein?! Caso contr�rio, vejo um risco de segregar um p�blico, em destinos espec�ficos, onde � poss�vel se sentir confort�vel, j� que em outros n�o � poss�vel, apenas pelo que se �.
Todos os destinos deveriam ser trabalhados para serem LGBTQIA friendly, assim o termo amig�vel nem seria mais necess�rio. Claro que podemos segmentar o turismo por atividade – turismo cultural, ecoturismo, turismo religioso, turismo de aventura, entre outros, ou por perfil de p�blico – nesse caso � poss�vel segmentar por perfil de consumo, como por exemplo destinos de fam�lia, de festas, de casais e assim por diante. Destinos que combinam mais com o momento de vida, ou o desejo de passeio das pessoas em determinado momento adotam uma publicidade voltada para o seu nicho de mercado, isso n�o � problema algum. Ent�o, claro que n�o faz muito sentido divulgar turismo religioso para um ateu, ou turismo de aventura para um idoso sedent�rio. Mas essa segmenta��o n�o deveria levar em conta quem o seu turista ama, se � uma pessoa do mesmo sexo ou n�o, deveria apenas respeitar a diversidade sexual, em todas as suas formas. Precisamos levar o p�blico LBTQIA com mais naturalidade, tanto no dia a dia quanto nas viagens, essa seria a maior arma contra o preconceito. Proporcionar a todos uma vida livre, n�o apenas para viajar.
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