
�trio Hotel Managment. Ela � a terceira maior administradora de hot�is do Brasil, com 75 em opera��o atualmente; 73 carregam a marca Accor, e dois s�o independentes. Um deles � o LK Design, em Florian�polis. Provavelmente, se voc� conhece a cidade, j� ouviu falar dele, pois � considerado o melhor hotel de Floripa, com seu estilo hotel design, localizado no ponto mais nobre da Beira Mar Norte.
Normalmente, quando pensamos em hotelaria, pensamos em consumo. Ou seja, onde vamos ficar e como ser� nossa experi�ncia. Mas voc� j� pensou em quem ganha dinheiro com a hotelaria? E como ganha? Pois � a administradora que faz essa equa��o valer a pena, oferecendo o melhor servi�o e garantindo a melhor rentabilidade para os investidores. E quem s�o esses investidores? Qualquer pessoa ou empresa que queira fazer um investimento imobili�rio. Existem algumas administradoras pelo Brasil, e uma das que vem crescendo exponencialmente � a De acordo com Paulo Roberto M�lega, vice-presidente de Opera��es da �trio, “o investimento em hotelaria � um neg�cio com tr�s componentes importantes: o primeiro � o imobili�rio, que � quem construiu o hotel, o propriet�rio do espa�o f�sico. O segundo � a marca que ser� colocada no empreendimento. Essa marca carrega todo o padr�o do empreendimento, desde a estrutura f�sica at� a estrutura de servi�os e distribui��o das reservas. E o terceiro � a administra��o, que � respons�vel pela gest�o e opera��o do hotel. No caso da �trio, temos a marca Accor em 73, dos 75 hot�is que administramos. A parte mais representativa do lucro fica para o primeiro componente, que chamamos de investidor; a marca fica com os royalties, e a administradora fica com a taxa de administra��o”.
Existe tamb�m, e � bem comum no Brasil, o condo hotel, um condom�nio hoteleiro. Imagine um hotel de 100 quartos, e um pequeno investidor comprou um quarto e, junto com os outros 99 donos de apartamento, fez um contrato para locar em conjunto todos os 100 quartos, livres para a explora��o hoteleira; 1% do lucro � desse investidor, que n�o precisa se preocupar em administrar inquilinos, inadimpl�ncia, im�vel, e tantos outros custos e situa��es que envolvem uma gest�o. Outro benef�cio � que quando voc� aluga uma sala ou um apartamento; � chamado de investimento bin�rio: ou est� ou n�o est� alugado. Quando est� alugado, �timo; quando n�o est�, � voc� quem fica com os custos do im�vel, e ainda, sem a renda. No caso da hotelaria, o investimento n�o � bin�rio, e voc� n�o ganha apenas sobre sua unidade, mas sim sobre toda a receita, de acordo com sua quota parte, claro. E ainda inclui as receitas de espa�o de eventos, restaurantes, estacionamento, servi�o de massagem e tudo mais que compor o empreendimento. O risco de loca��o �, portanto, dilu�do entre todos os investidores do hotel. Ganha-se mais ou menos, mas sempre se ganha. Exceto em casos como a pandemia, quando os hot�is ficaram completamente desocupados.
Ali�s, falando em pandemia, a �trio apresentou crescimento durante o per�odo. A pandemia gerou oportunidades para a empresa, pelo formato de seus neg�cios e especialmente pelo formato de seus contratos. Pagando um aluguel vari�vel sobre o resultado do hotel para o propriet�rio, a empresa se mostrou com um contrato mais seguro para o investidor, que n�o precisou arcar com as despesas de um hotel fechado durante dois anos. Com a pandemia, e diversos hot�is fechando as portas, eles foram muito requisitados para administrar novos hot�is. Foi o momento de resolver os “pepinos”, e agora j� entregando resultados, pois a hotelaria est� caminhando muito bem, obrigada.
Outra modalidade que chegou recentemente no mercado brasileiro foi a multipropriedade, que, em um primeiro momento, pode parecer tamb�m um investimento, mas na pr�tica s�o coisas completamente diferentes. � outro mercado. A multipropriedade � voltada para o segmento de lazer de grande porte e resorts. Ela d� alcance paro o uso de um segmento que eventualmente n�o era atendido pela hotelaria tradicional. Neste modelo, uma pessoa que n�o teria condi��es de comprar um apartamento na praia, uma casa de fim de semana ou de ficar em um resort 5 estrelas, compra uma fra��o da propriedade e tem o direito de usar em um determinado per�odo do ano. �, portanto, um produto de uso. J� o condo hotel � um produto 100% de investimento; dessa forma o investidor n�o pode usar seu apartamento. Ele tem o direito de propriedade, mas n�o tem o direito de uso.
Em Minas Gerais, podemos contar com dois hot�is administrados pela �trio, ambos em Po�os de Caldas, no Sul do estado. O mais novo � o Ibis Styles Po�os de Caldas, que abriu suas portas para o p�blico em 22 de dezembro do ano passado. Como a cidade � conhecida por estar na cena liter�ria nacional e internacional, tendo em vista passagem hist�rica de escritores e intelectuais pela cidade, �ndices de leitura acima da m�dia nacional e, especialmente, pela realiza��o da Flipo�os (que, inclusive, come�a nos pr�ximos dias 3 a 7 de maio), o hotel carrega a tem�tica liter�ria em seu design. Dos quartos �s �reas sociais, � poss�vel mergulhar na literatura de v�rias formas e em v�rios ambientes. E nada vem mais a calhar, afinal, a cidade ir� concorrer neste ano para integrar a Rede de Cidades Criativas da Unesco, na tem�tica da literatura.
A cereja do bolo � o novo projeto, batizado de Hosp Tech, que � um n�cleo de inova��o da �trio. De acordo com M�lega: “Somos uma empresa inquieta, est� tudo �timo, mas podemos melhorar. A hotelaria tradicional faz as coisas da mesma forma h� muitos anos. Essa ind�stria precisa rejuvenescer. Assim, trouxemos empresas de consultoria de fora do setor e criamos um comit� interno, onde estamos testando teses e ideias, que melhorem a experi�ncia do cliente e a performance financeira e operacional dos hot�is. Automatizar atendimentos, tirar papel do dia a dia, desburocratizar os processos, e outras iniciativas est�o em teste neste projeto. J� temos nove iniciativas em teste, e ser�o 35 ideias testadas at� o fim do ano. E mais, como franqueados da Accor, o Hosp Tech chega para complementar mudan�as no estilo de gest�o, e que n�o interferem no padr�o e promessa da marca francesa”.
Uma percep��o importante � que, cada vez mais, os hot�is que carregam bandeiras t�m conseguido seguir padr�es de estruturas e servi�os, e ainda assim se integrarem � cultura local. Nesse sentido, os destinos t�m um saldo positivo em sua oferta, afinal, conseguem oferecer hotelaria de alto n�vel, aliada � hist�ria que cada local tem para contar. Pois, no fim das contas, seja a viagem a neg�cios ou a lazer, s� sentimos que viajamos de verdade, se aquela viagem nos acrescentou algo, que nem sempre � tang�vel.
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