
Antes de tratarmos da pol�mica em si, � importante entender de onde v�m os recursos das institui��es Sesc e Senac, que todos sabemos da grande import�ncia para o pa�s.
De acordo com o pr�prio Portal da Transpar�ncia do Sesc, “o Sesc � mantido por empres�rios do com�rcio de bens, servi�os e turismo. Os recursos utilizados para a manuten��o do Sesc v�m do recolhimento compuls�rio de 1,5% calculado sobre a folha de pagamento das empresas do setor, conforme estabelecido pela Constitui��o Federal.
O recolhimento � feito pela Receita Federal do Brasil, que ret�m, a t�tulo de despesas de arrecada��o, 3,5% do total arrecadado, conforme o §1º do artigo 3º da Lei 11.457, de 16 de mar�o de 2007”. Al�m desse recurso, as institui��es ainda possuem servi�os pagos e realizam investimentos dos recursos que, eventualmente, ficam parados.
Portanto, c� para n�s, dizer que essas institui��es est�o sob amea�a de desmantelamento, � mais do que um exagero, � um total absurdo. A chance de desmantelamento se daria se n�o existissem mais empregos formais nos setores de bens, servi�os e turismo no Brasil. Outra hip�tese bem dif�cil de acontecer, e que nada tem a ver com a Embratur.
De acordo com o pr�prio Portal da Transpar�ncia do Sesc, “o Sesc � mantido por empres�rios do com�rcio de bens, servi�os e turismo. Os recursos utilizados para a manuten��o do Sesc v�m do recolhimento compuls�rio de 1,5% calculado sobre a folha de pagamento das empresas do setor, conforme estabelecido pela Constitui��o Federal.
O recolhimento � feito pela Receita Federal do Brasil, que ret�m, a t�tulo de despesas de arrecada��o, 3,5% do total arrecadado, conforme o §1º do artigo 3º da Lei 11.457, de 16 de mar�o de 2007”. Al�m desse recurso, as institui��es ainda possuem servi�os pagos e realizam investimentos dos recursos que, eventualmente, ficam parados.
Portanto, c� para n�s, dizer que essas institui��es est�o sob amea�a de desmantelamento, � mais do que um exagero, � um total absurdo. A chance de desmantelamento se daria se n�o existissem mais empregos formais nos setores de bens, servi�os e turismo no Brasil. Outra hip�tese bem dif�cil de acontecer, e que nada tem a ver com a Embratur.
Seguindo o racioc�nio, vamos agora entender o papel real da Embratur para o turismo brasileiro. Ela � respons�vel pela promo��o internacional do Brasil, e ponto. A Embratur n�o � respons�vel pela promo��o interna, n�o � respons�vel por gerir as pol�ticas p�blicas do setor e t�o pouco, � respons�vel por estruturar a cadeia produtiva. E promo��o tur�stica � cara, caro leitor. Participar de feiras internacionais e criar a��es de marketing para serem veiculadas fora do pa�s, � car�ssimo. Afinal, n�o se negocia no exterior em real. A Embratur, al�m dos recursos, depende muito do c�mbio.
Sabe quando voc� viaja para Paris e fica horas na fila do Museu do Louvre (praticamente sem reclamar), ou quando tenta desesperadamente conseguir um ingresso concorrido para um espet�culo da Brodway em Nova York? Ent�o, voc� �, neste caso, um turista que est� consumindo cultura. E como voc� chegou l�? Porque existe um posicionamento de que consumir cultura nestes destinos � bacana.
Quando voc� viaja para um destes locais e consome turismo cultural, voc� mostra que existe demanda para a cultura e assim, esse sistema econ�mico, que envolve cultura e turismo, se retroalimenta o tempo todo. Mas, por aqui, a gente quer o Louvre e a Broadway sem fazer esfor�o, sem promover o que temos. E nosso comportamento ainda piora, pois quando viajamos para um destes locais, ficamos idealizando como seria aqui no Brasil, com tanta cultura que temos para mostrar ao mundo.
E fazemos o qu�? Sa�mos esbravejando aos quatro ventos que n�o entendemos o por qu� de o Brasil n�o fazer nada parecido. E eu te conto o porqu�! Porque n�s n�o tratamos a cultura como atividade econ�mica. Porque n�o entendemos que turismo e cultura s�o complementares, e n�o rivais. Porque a nossa cultura ainda � sim muito elitizada.
Quando voc� viaja para um destes locais e consome turismo cultural, voc� mostra que existe demanda para a cultura e assim, esse sistema econ�mico, que envolve cultura e turismo, se retroalimenta o tempo todo. Mas, por aqui, a gente quer o Louvre e a Broadway sem fazer esfor�o, sem promover o que temos. E nosso comportamento ainda piora, pois quando viajamos para um destes locais, ficamos idealizando como seria aqui no Brasil, com tanta cultura que temos para mostrar ao mundo.
E fazemos o qu�? Sa�mos esbravejando aos quatro ventos que n�o entendemos o por qu� de o Brasil n�o fazer nada parecido. E eu te conto o porqu�! Porque n�s n�o tratamos a cultura como atividade econ�mica. Porque n�o entendemos que turismo e cultura s�o complementares, e n�o rivais. Porque a nossa cultura ainda � sim muito elitizada.
Pensando nessa cadeia, vamos refletir sobre a pol�mica dos 5%. Quanto mais turistas tivermos, mais teremos a nossa cultura demandada. E quanto mais turistas tivermos, mais empregos teremos. De acordo com o novo CAGED (Cadastro Geral de Empregados e Desempregados), s� at� outubro do ano passado, o turismo criou mais de 234 mil novos empregos no pa�s. Portanto, se temos mais turismo acontecendo no pa�s, temos mais empregos, e se temos mais empregos, temos mais arrecada��o, e se temos mais arrecada��o teremos mais recursos financeiros destinados ao Sesc e Senac.
Vamos agora exemplificar. Vamos dizer que o Sesc/ Senac arrecadam em um ano R$ 100 (hipoteticamente, claro). 5% destinados � Embratur, deixariam R$5,00 para a Embratur e R$95,00 para o Sesc/Senac. Ent�o, neste entendimento de parceria, de que o turismo precisa da cultura, tal qual a cultura precisa do turismo, os esfor�os de promo��o internacional, resultem em um grande aumento de empregos formais, e a arrecada��o dobre (para fins desse c�lculo, apenas). Assim, R$100,00 viram R$ 200. Portanto, os 95% do Sesc/ Senac passam a valer R$ 190, e os 5% da Embratur, R$ 10. Ou seja, com um trabalho compromissado e de apoio m�tuo, 95% valer� muito mais do que 100%.
Para isso, precisamos de uma sociedade que entenda que o Brasil � um s�, e setores isolados n�o desenvolvem o pa�s, e muito menos nossa popula��o e economia. N�o precisamos ser t�o ferozes, onde cada um s� pensa no seu, e s� defende o seu, como se todos os outros quisessem o seu fracasso.
A cultura � um dos insumos mais importantes do turismo. N�o se faz turismo sem educa��o. Ent�o o turismo n�o amea�a nenhum setor, muito pelo contr�rio, ele integra diversos setores. Uma das frases mais tristes que vi sobre esse tema, foi: “eu sei que o turismo deve precisar desse recurso, mas o Sesc/ Senac est�o sob amea�a.
Que o turismo v� buscar seus recursos em outro lugar”. Por isso, termino este texto na esperan�a de que haja uma reflex�o sist�mica, que ningu�m quer “desviar” ou “cortar” recursos de entidades de extrema relev�ncia, que esses verbos sequer deveriam ser usados nesse caso. E que, uma vez exista esse entendimento e essa coopera��o entre setores t�o importantes, caiba � Embratur gerir o recurso com transpar�ncia e estrat�gia, e em breve, nos mostrar em n�meros, que valeu � pena acreditar e apostar no sucesso da promo��o internacional do nosso Brasil.
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