
Envado especial a Miami – A Sele��o Brasileira vai jogar contra a Col�mbia, dia 6, no Hard Rock, sub�rbio de Miami. N�o sabemos se os jogadores que v�m da Europa conseguir�o desembarcar, j� que o furac�o Dorian, categoria 4 – a escala m�xima � 5 –, vai tocar o solo de Orlando na segunda ou ter�a-feira, com s�rios reflexos em Miami. N�o h� previs�o de cancelamentos dos treinos marcados pelo t�cnico Tite, mas, se realmente a cidade for atingida de forma grave, dificilmente teremos o jogo. Certo mesmo ser� a partida do dia 10, contra o Peru, em Los Angeles, no Rose Bowl, palco do tetra, em 1994.
Por�m, j� estou no clima de decis�o de quarta-feira entre Internacional e Cruzeiro, que vale vaga na final da Copa do Brasil. Do outro lado deve dar Gr�mio, que venceu o Atlhetico por 2 a 0 no jogo de ida, na sua arena. Percebo a torcida do time azul mais esperan�osa. Depois do que viu do Inter contra o Flamengo, percebeu que a equipe ga�cha � boa, mas n�o imbat�vel. A defesa e o meio-campo s�o excelentes, mas o ataque quase inoperante. Como F�bio � um pared�o e Ded� outra muralha na zaga, existe uma certa tranquilidade em n�o tomar gols, e apenas 1 a 0 j� garante ao Cruzeiro a decis�o nas penalidades.
Contudo, Rog�rio Ceni e seus comandados se preparam para vencer por dois gols de diferen�a e garantir a vaga. O Cruzeiro tem sido muito irregular, com jogos p�ssimos, como aquele contra o CSA, domingo. Uma vergonha empatar com uma equipe que est� fadada ao rebaixamento. Por�m, Copa do Brasil � outra hist�ria para o �nico hexacampe�o da competi��o.
O Cruzeiro se agiganta nos momentos mais dif�ceis e consegue se superar. Resta saber se Thiago Neves, Fred e companhia t�m essa consci�ncia. Foi o que restou ao Cruzeiro nesta temporada. Fracasso vai marcar o ano de den�ncias, corrup��o e elimina��es. O torcedor exige uma satisfa��o de um clube com folha milion�ria, na casa dos R$ 20 milh�es mensais, e d�vida de R$ 500 milh�es. Uma diretoria envolvida em graves den�ncias, sem respaldo nenhum com o torcedor, que anda pondo faixas de protestos na sede do clube. O Cruzeiro frequentou muito mais as p�ginas policiais do que as esportivas, sinal de que h� muita coisa errada pelos lados do Barro Preto.
No futebol, por�m, j� passou da hora de esse grupo caro e de qualidade mostrar realmente do que � capaz. O grande problema do Cruzeiro est� no meio-campo. Os volantes n�o s�o criativos e se limitam a tocar bola para os lados, com passes de um metro. N�o s�o verticais e n�o chutam a gol. Para piorar, Thiago Neves, contratado como a cereja do bolo, at� hoje n�o conseguiu ser sequer o bolo. Est� muito aqu�m do que dele se esperava. Avisei quando ele foi contratado: n�o esperem ver o Thiago Neves que voc�s viram no Fluminense em 2008. Ele ficou quatro anos no mundo �rabe, ganhou petrod�lares, mas o futebol caiu demais. L� se treina pouco e n�o h� competitividade.
Neste momento, por�m, � hora de supera��o. Ser� realmente o jogo da vida do Cruzeiro, pois s� restou isso. Eliminado da Libertadores e correndo risco de rebaixamento no Brasileir�o, s� mesmo a Copa do Brasil para salvar o ano financeiro e t�cnico. Se o Cruzeiro n�o chegar � final, passar� por dias terr�veis, sem dinheiro para pagar os sal�rios, sem condi��es de arcar com os compromissos assumidos. O empr�stimo de R$ 300 milh�es, aprovado pelo Conselho Deliberativo, foi cancelado pela institui��o financeira por conta das graves den�ncias de corrup��o envolvendo a diretoria.
A conquista da Copa do Brasil dar� ao campe�o R$ 62 milh�es, o que seria suficiente para pagar tr�s folhas. O Cruzeiro foi um dos clubes que mais investiram em jogadores errados. Quando foram contratados, eu disse que somente Edilson era importante. Mas nem mesmo ele deu o retorno esperado. Dinheiro jogado no lixo, com equ�vocos em cima de equ�vocos.
A conta chega uma hora, e a do Cruzeiro chegou. Pior que todos apontamos o time azul com o favorito aos t�tulos que disputava, mas, na pr�tica, nada se confirmou. Uma pena, pois o torcedor se acostumou com ta�as e com um clube organizado. Ainda h� esta pequena esperan�a, este pequeno respiro. Resta saber se os jogadores v�o entender o p�ssimo momento e dar o m�ximo contra o Inter. � mesmo o jogo da vida e do ano.