
Invas�es de CTs, port�es arrombados, carros depredados, amea�as a jogadores e dirigentes, roj�es no campo de treinamento, intimida��o de toda a esp�cie. S�o atos recorrentes e cenas terr�veis que as chamadas torcidas organizadas v�m promovendo nos principais clubes do Rio, S�o Paulo e Minas Gerais. Um absurdo sem precedentes, com a coniv�ncia das autoridades. Sim, porque se fosse num pa�s s�rio, essas fac��es j� teriam sido extintas h� tempos. N�o h� mais como suportar tanta viol�ncia, tanta covardia, como se fossem eles os donos dos times. A alega��o das autoridades � de que sendo vigiados e identificados, essa gente fica sob controle. Balela! J� vimos tantas mortes Brasil afora, tanta trag�dia, que desanima ir a um est�dio de futebol. Esse “fen�meno do mal” aconteceu na Inglaterra, quando os hooligans se sentiam acima do bem e do mal. Por�m, uma campanha de repress�o da pol�cia e outras autoridades aniquilou aquele tipo de gente, e hoje o futebol ingl�s, considerado o mais organizado e mais forte do mundo, vive dias de paz. J� fui a dezenas de jogos na Inglaterra. � uma tranquilidade s�. Camisas rivais lado a lado no metr�, no trem, nas imedia��es do est�dio e dentro dele. Civilidade � o termo certo.
Sabemos que tudo o que acontece no Brasil � reflexo de uma sociedade violenta e desorganizada. De um pa�s quebrado economicamente, com os valores morais completamente invertidos. Isso acaba contaminando o futebol com essa gente mal-amada, que n�o tem Deus no cora��o e na mente, e que se acha dona dos clubes. Quando uma equipe grande vai mal, logo surgem esses pseudotorcedores fazendo baderna, amea�ando com a frase “ou joga por amor ou por terror”. Amea�as veladas ignoradas pelas autoridades. Quantas cenas covardes temos visto nos est�dios! Quantas vidas j� foram ceifadas, com pauladas, tiros e outras armas. Tudo fruto da impunidade, da irresponsabilidade de um pa�s que mata mais de 50 mil pessoas por arma de fogo ou arma branca. Isso � mais que qualquer guerra no mundo. E a sociedade assiste a tudo isso como se fosse normal.
� preciso que o torcedor entenda que os jogadores n�o v�o jogar melhor se tiverem o carro amassado ou se forem agredidos. N�o. Eles n�o conseguem atuar bem porque n�o t�m condi��o de vestir aquela camisa. Os clubes s�o culpados, pois a maioria repatria ex-jogador em atividade pagando sal�rios de Europa, com contratos longos. Nome no Brasil ainda vale muito. No Velho Mundo, n�o vale nada. Pode ser o maior �dolo da torcida. O clube o aposenta, faz uma homenagem e tchau! Se for um cara de vis�o, pode ser aproveitado como dirigente ou treinador. Caso contr�rio, � rua. E o “desempregado” volta para o Brasil com status de celebridade, enganando nos clubes e recebendo fortunas por m�s. S�o os chamados “come e dorme”, ou, em alguns casos, os chinelinhos. N�o adianta as fac��es amea�arem, pois nem na porrada eles v�o conseguir render o esperado.
� preciso que as autoridades s�rias deem um basta nessa covardia que essas fac��es proporcionam de norte a sul do pa�s. O futebol s� tem raz�o de ser se for emo��o e paix�o, mas sem exageros ou viol�ncia.
A vida humana n�o est� valendo nada nas m�os de bandidos. Mata-se por tudo e por nada. As mulheres s�o violentadas, agredidas, massacradas e, muitas das vezes, t�m medo de denunciar o agressor. Esse � o sentimento que temos com rela��o �s autoridades e �s fac��es organizadas. Parece que elas t�m medo de encarar e enquadrar esses bandidos. O Minist�rio P�blico suspendeu duas fac��es do Cruzeiro depois da invas�o � Toca da Raposa e por brigas em jogos. � pouco. � preciso extinguir, pois essa gente n�o � dona do clube. O verdadeiro dono � o torcedor, an�nimo, que paga seu ingresso, n�o ganha, e que xinga, grita e festeja na arquibancada. Quem invade local de trabalho de jogador, ou qualquer outra pessoa, n�o � torcedor e, sim, agressor. J� passou da hora de o Brasil acabar com esses “hooligans”. Ser� que n�o h� dinheiro para mandar promotores e policiais na Inglaterra para aprender com os criadores do futebol como se faz para acabar com essas fac��es? Fa�am isso antes que elas acabem com o futebol, que ainda � o esporte mais popular do Brasil. At� quando, eu n�o sei!
Galo
O Atl�tico enfrenta o Palmeiras hoje, em S�o Paulo, precisando da vit�ria de forma desesperada. De repente, Mano Menezes, o retranqueiro, virou o “melhor t�cnico do mundo, com conceitos inovadores”. Claro que o Palmeiras, pelo dinheiro que gastou e pelo grupo que tem, � o favorito. Mais uma derrota e o Galo n�o vai segurar Rodrigo Santana. Acho um erro. Ele � o menos culpado, pois dirige um time que tem Luan, Patric, F�bio Santos, Elias e Ricardo Oliveira, s� para citar alguns. Nem Guardiola faria milagre com um grupo desses na m�o. O Galo tem que pensar em pontuar, salvar-se de qualquer possibilidade de queda e se reprogramar para 2020. O futebol pelas bandas de Minas Gerais anda doente.