
Flamengo e Gr�mio decidem uma vaga na final da Copa Libertadores da Am�rica, nesta noite, no Maracan� lotado. A outra vaga foi definida ontem, com a classifica��o do River Plate, mesmo derrotado pelo Boca Juniors por 1 a 0. Desde ontem, j� havia problemas para a pol�cia do Rio resolver, j� que v�rios bandidos amea�avam tomar ingressos dos torcedores no jogo de hoje. Entre eles, v�rios assassinos e traficantes. O trabalho de intelig�ncia das pol�cias civil e militar conseguiu identificar mensagens atrav�s do Whatsapp e prender mais de uma dezena de bandidos. Um horror. Acho que deveriam adotar esquema de Copa do Mundo, onde o torcedor s� entra nos arredores do est�dio depois de mostrar seu ingresso aos fiscais e policiais. H� grades e tudo � muito bem controlado. Como na Copa do Mundo praticamente s� a elite teve acesso, porque os pre�os dos ingressos eram salgados, n�o houve viol�ncia. Uma pena que um jogo t�o importante, com interesse mundial, seja invadido por bandidos. Felizmente, a pol�cia trabalhou muito bem, preventivamente. Na Argentina, o �nibus do River foi escoltado por batedores, helic�pteros e drones para evitar qualquer agress�o ou depreda��o, como aconteceu ano passado, na final da Libertadores, transferida para Madri por quest�es de seguran�a. As autoridades argentinas n�o deram garantias aos torcedores e � popula��o.
Infelizmente, por essas bandas da Am�rica do Sul a coisa est� desse jeito. Bandidos para todos os lados, popula��o nas ruas se manifestando, d�lar car�ssimo, economia em frangalhos. At� o Chile, considerado o pa�s sul-americano mais europeu, est� vivendo um caos. E vale lembrar que a final da Libertadores, em jogo �nico no dia 23 de novembro, ser� disputada no Est�dio Nacional, em Santiago. Ser� a primeira vez nesse novo modelo, que copia a Champions League. Final em partida �nica. Acho interessante e correto. O futebol sul-americano precisa se modernizar e acompanhar o que h� de melhor no Velho Mundo. Estamos perdendo na t�cnica. Na t�tica e na f�sica sempre fomos inferiores ao futebol europeu. Agora, ele ganha em tudo. N�o temos mais os grandes jogadores, como t�nhamos no passado. Hoje, qualquer um � convocado e veste a camisa amarela. Se tiver um empres�rio forte e amigo do treinador, ent�o, � certeza.
Flamengo e Gr�mio s�o os dois melhores times do pa�s. Em apenas tr�s meses, o portugu�s Jorge Jesus est� dando aula de t�tica, t�cnica e futebol ofensivo. Claro que tem um grupo forte � disposi��o. Mas os grandes t�cnicos s� ganham ta�as com bons times. Ele chegou para mostrar como deve ser feita a marca��o, a busca pelo gol, pela tabela, pelo drible. Seu time joga pra frente, em busca do gol, do primeiro ao �ltimo segundo de jogo. Marca��o alta, na �rea do advers�rio. Jesus tamb�m n�o poupa jogadores. Todos atuam no Brasileir�o e na Libertadores. � sua filosofia. Ele disse que o dia de descanso do jogador � na segunda-feira, e que jogando domingo e quarta ele estar� bem recuperado. T� certo o portugu�s. Os caras ganham uma fortuna e querem folga todo dia.
Do outro lado, Renato Ga�cho, t�cnico de um time que pratica futebol ofensivo, com material humano inferior, mas copeiro. D� gosto de ver o Gr�mio jogar, pela vontade de vencer e pela qualidade dos atletas. Renato foi um excepcional atacante e, por isso, n�o tem medo de perder. Joga para ganhar. O Gr�mio est� em sua quarta semifinal de Libertadores, e foi campe�o com Renato. Claro que, como flamenguista declarado, quero ver meu time na final. Mas, se n�o acontecer, n�o ficarei triste, pois o Brasil estar� bem representado por um ou outro. Mas o Flamengo tem mais time, joga no Maracan� e tem o 0 a 0 a seu favor. Vantagem pequena. Por�m, vale lembrar que o time do portugu�s dificilmente deixa de fazer gols, assim como o Gr�mio tamb�m. Ent�o, que tenhamos um grande jogo e que o p�blico seja o vencedor, com um 5 a 3, por exemplo, e de prefer�ncia para o meu Flamengo. Bom jogo, seguran�a e paz � o que desejo.
Vida longa ao Rei
Hoje � anivers�rio do Rei Pel�, o maior jogador de futebol de todos os tempos. Ele completa 79 anos. Tive a oportunidade de entrevist�-lo a bordo de um avi�o da British, num voo do Kwait a Londres. Ele me tirou da classe executiva e me levou para a primeira classe, onde fiquei, por uma hora, entrevistando-o. Na �poca, Pel� disse que os brasileiros n�o valorizam seus �dolos, e que entra em qualquer pa�s do mundo, at� sem passaporte, mas que o Brasil � o �nico pa�s onde sua mala � revistada. Uma pena que Pel� seja mais valorizado fora do seu pa�s do que em seu pr�prio territ�rio. Vida longa ao Rei, que tanto divulgou o nome do Brasil mundo afora. Sa�de, sempre!