Doha – O Flamengo est� na final do Mundial. A�, o torcedor de Atl�tico e Cruzeiro diz pra mim: “O que n�s temos com isso, Jaeci? Queremos que o Flamengo se exploda!”. Em respeito a esse sentimento, n�o estou escrevendo sobre o Mundial, que estou cobrindo para a R�dio Tupi e para o meu canal, Yotube.com/JaeciCarvalhoesporte. Ontem, abordei sobre a possibilidade de ren�ncia do presidente do Cruzeiro. Pelo que li no Superesportes, na entrevista exclusiva do Pedro Louren�o, parece que ela ser� confirmada em breve e ele ser� o homem-forte do novo grupo que vai gerir o clube. N�o conhe�o o Pedro. Estive com ele uma �nica vez na vida, mas as informa��es s�o de que � uma pessoa s�ria, correta e independente. Isso j� � �timo. O fato de ele ser milion�rio n�o me interessa, e n�o deveria interessar tamb�m aos torcedores do Cruzeiro, porque ele n�o tem a menor obriga��o de p�r dinheiro no clube. Sou contra esse sistema. Acho que o bom presidente � aquele que gere o clube sem tirar nem p�r um centavo. Tem de fazer a m�quina girar com receitas provenientes de fontes que a pr�pria institui��o conquiste. E, cada vez mais, acho que a �nica solu��o para o futebol brasileiro � a transforma��o dos clubes em empresas. Chega desse amadorismo, de gente que quer aparecer ou usar o clube em benef�cio pr�prio. Que bom que surgiu uma luz no fim do t�nel para o Cruzeiro, com gente correta e honesta. Chega de aproveitadores!
Entretanto, acho que Pedro come�ou mal ao dizer que quer Alexandre Mattos como diretor de futebol. Ora, o Cruzeiro est� quebrado e um dos principais respons�veis � justamente ele, que gastou o que n�o tinha para ganhar ta�as, mas deixou um rombo gigantesco. E a conta explodiu agora. Ele fez o mesmo no Palmeiras e foi demitido. S� que l� tem um mecenas, que empresta dinheiro a juros e que rasga o papel. No Cruzeiro, n�o. A conta chegou e ela � monstruosa, perto dos R$ 700 milh�es. E Mattos j� mostrou que s� sabe fazer futebol quando pode gastar os tubos. Como li que Pedro quer enxugar o clube e ter apenas jogadores baratos, com sal�rios pequenos, acredito que a participa��o de Mattos, caso seja contratado, ser� p�fia. Al�m disso, Mattos deveria processar Vald�via e torcedores de uma organizada do Palmeiras, que o acusaram de levar dinheiro em transa��es de jogadores. At� mesmo puseram faixas em frente a sua casa em S�o Paulo, chamando-o de ladr�o. Ele deveria processar essa gente!
Outro ponto abordado por Pedro na entrevista ao Superesportes foi o de mandar embora os medalh�es, que ganham fortunas, e ficar somente com os que amam o clube e que queiram reduzir os sal�rios. Ele est� se referindo a Fred e a Thiago Neves, que ganham muito e n�o t�m identidade com o Cruzeiro. Esses e mais alguns dever�o ser mandados embora. Outros, como F�bio, Henrique, L�o e Ded�, que realmente honram a camisa azul, dever�o ficar. N�o acredito que aceitar�o redu��o de sal�rios. E, com a viv�ncia de 40 anos de futebol, eu diria ao homem que vai comandar os destinos do Cruzeiro que � melhor manter os sal�rios desses e ter um grupo forte a v�-los n�o aceitar redu��o e serem mandados embora tamb�m. E mais uma coisa: sou a favor da inclus�o de v�rios garotos da base no time principal, mas com os cascudos dando suporte. Jovens n�o t�m maturidade para fazer um time voltar � S�rie A. Tem de mesclar e formar um time homog�neo.
O importante � que t�o logo o presidente, acusado de corrup��o, lavagem de dinheiro e outras falcatruas, renuncie, uma nova turma vai entrar no clube. Desse grupo conhe�o muito Aquiles Diniz, empres�rio s�rio, correto e que ama o clube de verdade. Nele eu confio, assim como espero poder aplaudir a gest�o de Pedro Louren�o. Tenho as melhores informa��es sobre ele atrav�s de amigos em comum. E que o torcedor abrace o novo projeto, com gente s�ria no comando, visando �nica e exclusivamente a institui��o Cruzeiro, que � bem maior do que qualquer nome que possa dirigir a institui��o. O Cruzeiro � um dos gigantes das Minas Gerais, maltratado em 2019. Mas vai ressurgir das cinzas como a F�nix e voltar ao seu lugar em 2021, ano do seu centen�rio.