Sele��o Brasileira med�ocre e medonha!

No momento em que os clubes mais precisam de seus jogadores, a med�ocre sele��o de Tite os desfalca, sem d�, nem piedade, para 3 jogos que n�o valem absolutamente nada, haja vista que o Brasil est� garantido, matematicamente, na Copa do Catar, com 27 pontos, conquistados em 9 jogos, com 9 vit�rias.

Muitos dir�o: “que campanha fabulosa, o time deve estar jogando o fino da bola”. Balela! Nossa sele��o � das piores da hist�ria, sem padr�o de jogo, sem qualidade, sem drible, tabela, sem arte. O problema � que os advers�rios, da Am�rica do Sul, s�o mais medonhos que o nosso time, da� a explica��o para a campanha 100%.

Houve uma �poca em que fui f� de Tite e defendi sua contrata��o pela CBF. Lembro-me que Marco Polo Del Nero era o presidente, quando demitiu Dunga, ap�s a elimina��o na Copa Am�rica, disputada nos Estados Unidos, em derrota para o Peru, liguei para o dirigente e disse que era a hora e a vez de Tite, por tudo o que ele havia feito no Corinthians, onde foi campeon�ssimo. Era o melhor t�cnico em atividade no pa�s, e a contrata��o era mais do que justa. De l� para c� 6 anos se passaram e o nosso futebol,  com Tite , s� involuiu, tornou-se pobre e feio.

Da elimina��o para a B�lgica, na Copa de 2018, na R�ssia, para c�, n�o conseguimos formar um time decente, que empolgue o torcedor ou que o fa�a se reaproximar da sele��o. O que temos visto s�o as repetitivas convoca��es de Fernandinho, Paulinho, Renato Augusto, F�gner, Thiago Silva e outros que fazem parte da confraria de Tite. Certa vez, conversando com o tetracampe�o do mundo Carlos Alberto Parreira, ele me disse que todo treinador deveria ter sua sele��o pronta um ano antes da Copa do Mundo. Estamos a um ano da Copa do Catar e a Sele��o Brasileira � um bando, sem organiza��o t�tica, sem qualidade, sem um maestro.

Neymar  deveria ser essa refer�ncia, mas, ele est� preocupado com festas, baladas, redes sociais e secadores de cabelo. Perde espa�o a cada jogo, a cada atua��o apagada, inclusive, contra advers�rios de qualidade duvidosa. N�o temos um bom lateral-direito, zagueiros, lateral-esquerdo, um volante com criatividade, um atacante como Romero Lukaku, Benzema ou Mbapp�. O que temos e conhecemos s�o jogadores que fazem enorme sucesso no Brasil, e que fracassaram na Europa, exemplo n�tido, Gabigol, que em um ano de Inter, de Mil�o, e Benfica, foi reserva e marcou um gol. No Flamengo, reina absoluto, manda e desmanda, faz beicinho quando � substitu�do.

Esse � o futebol brasileiro, que paga sal�rios irreais a qualquer jogadorzinho. Tite convoca gente que o torcedor nunca ouvir falar. Reservas de clubes, como Gabriel Jesus, h� 4 anos na reserva do City, ou fracassados em sele��o, como Thiago Silva, Daniel Alves, Fernandinho, Paulinho e outras aberra��es. Os empres�rios de jogadores se deliciam quando veem que seus atletas foram convocados. A certeza de uma grande negocia��o lhes enche os olhos. Dizem os torcedores que � “sele��o de empres�rios”. Como n�o posso provar o favorecimento a A e B, prefiro achar que o t�cnico � fraco mesmo, ao convocar tanta gente ruim.

O discurso prolixo, as desculpas, o afastamento dos jogadores da imprensa, as sa�das de aeroportos e hot�is, pelos fundos, e o p�ssimo futebol, afastaram o torcedor da Sele��o. Ningu�m suporta ouvir 2 minutos de uma coletiva do treinador. Ningu�m suporta olhar para a cara de Neymar e cia, fones gigantescos no ouvido, ignorando tudo e todos. Uma sele��o com futebol p�fio e muita marra! Coadjuvantes em suas equipes - Neymar � o grande exemplo disso -, s�o considerados “astros” no time brasileiro. N�o pode mesmo dar certo assim!

Fico triste, pois cubro a Sele��o Brasileira desde 1986, quando o saudoso e genial, Tel� Santana, comandava craques como Cerezo, �der, Zico, Falc�o, J�nior, S�crates, Leandro, e por a� afora. Convivi com grandes treinadores e jogadores, que eram nossos amigos, que nos respeitavam, que n�o viviam de fofocas, nem de redes sociais - na �poca nem havia isso. Critic�vamos e elogi�vamos no mesmo tom. Viaj�vamos no mesmo avi�o que eles, e t�nhamos um conv�vio di�rio. Claro que alguns ficavam chateados com as cr�ticas, mas conversavam conosco e nos deixavam argumentar.

Certa vez, Roberto Carlos, um dos maiores laterais-esquerdos da hist�ria, me questionou sobre uma cr�tica pesada que fiz sobre ele. Me chamou para uma conversa, expliquei meus motivos, e ele, educadamente, entendeu, e prometeu que melhoraria. Hoje � um dos melhores amigos que fiz no futebol. Nos falamos sempre, j� fiquei hospedado em sua casa, em Madri, assim como na casa de Ronaldo Fen�meno, e seguimos amigos. Podemos divergir em pontos de vista, mas o respeito � o carro-chefe.

Hoje, n�o temos vontade de conviver com essa gera��o nutella. Al�m de mascarados e viverem no mundo da ilus�o - rede social n�o � a vida real -, n�o jogam nada, e a maioria n�o tem discernimento de certo e errado. Tem gente que diz que jornalista n�o pode ser amigo de jogador, treinador, dirigente. Discordo completamente. Sempre fui amigo da maioria, assim como os grandes Ant�nio Maria (O Globo), o saudoso Oldem�rio Touguinh� (JB) e tantos outros grandes rep�rteres, que sempre tiveram excepcional rela��o com jogadores, t�cnico e dirigentes, mas sempre deram furos, trabalhavam com retid�o e isen��o.

Carrego na minha carreira, al�m dos pr�mios por reportagens investigativas, amizades eternas com Zico, J�nior, Reinaldo, Cerezo, �der, Rom�rio, Ronaldo, Bebeto, Ronaldinho Ga�cho e tantas outras feras, que nos encantaram e valorizaram a camisa amarela. J� os critiquei, j� me criticaram, mas, ficou o respeito e a verdade. Esses caras est�o na hist�ria gloriosa da nossa sele��o.

J� Neymar, Thiago Silva, Daniel Alves, Fernandinho, Davi Lu�s e tantos outros fazem parte do maior vexame da Sele��o Brasileira, os 7 a 1 impiedosos da Alemanha, em pleno Mineir�o, semifinal da Copa do Mundo do Brasil. Querem vergonha maior? Eu n�o conhe�o!

Enfim, como diz meu amigo Paulo C�sar Vasconcelos, outro grande craque do jornalismo, que foi editor do JB por d�cadas, “� o que temos para o momento”! Uma gera��o fracassada, metida a besta, que joga pouca bola e fala muito nas redes sociais, festas e baladas. N�o que os jogadores do passado n�o faziam isso. Sim, eram baladeiros, mas, em campo resolviam o problema com arte, drible, tabelas, gols e t�tulos. Sem mais!