Jogadores celebram gol do Atl�tico (foto: Alexandre Guzanshe/EM/D.A press)
Foi sofrido, com uma virada �pica e hist�rica. O Galo � bicampe�o brasileiro, depois de meio s�culo. Hulk e Keno (2), viraram o jogo diante do Bahia, que vencia por 2 a 0. O time alvinegro n�o jogou bem, mas tinha aquela sorte de campe�o, sorte essa que s� acompanha quem � competente. T�tulo merecido para o mais regular time do pa�s, com jogadores que desequilibram, como Kulk. Uma conquista maravilhosa de Cuca, que conseguiu mentalizar os jogadores sobre a import�ncia dessa conquista. O Galo � o novo dono do Brasil, e domingo, no Mineir�o, vai apresentar a ta�a ao seu fiel e apaixonado torcedor. Parab�ns ao alvinegro. Um t�tulo incontest�vel!
Ansiedade, nervosismo e desejo de t�tulo. Podemos classificar assim o p�ssimo primeiro tempo do Atl�tico, que praticamente, nada criou. � claro que h� m�ritos para a forma��o do Bahia, que soube anular Hulk e Nacho, mas, Allan e Jair fizeram muita falta no meio-campo. Tch� Tch� n�o d� a mesma qualidade, e Zaracho, que sempre chega na �rea advers�ria como surpresa, nos primeiros 45 minutos, n�o pisou l� nenhuma vez. Um chute de Keno e Outro de Nacho, muito bem defendidos pelo goleiro do Bahia, foram as melhores jogadas.
O time da Boa Terra precisava da vit�ria para chegar aos 44 pontos, e, praticamente se garantir na S�rie A, deixando a banana de dinamite para explodir na m�o do Gr�mio. Por�m, seu ataque era ineficiente, principalmente, na hora das conclus�es. Era um jogo de pouqu�ssimas faltas e de pouca qualidade tamb�m. O torcedor, que lotava a Fonte Nova, exigia a vit�ria, e, tentava empurrar o time. Numa dessas jogadas de Rodriguinho, ele cabeceou com perigo e levantou os bra�os para o torcedor, pedindo mais apoio.
Ao Galo bastava uma vit�ria, mas o empate n�o era de todo ruim. Ele ficaria com 79 pontos, marca que s� o Flamengo pode alcan�ar, mas, faltando dois jogos, � inimagin�vel que n�o empate ou ven�a, Bragantino, domingo, no Mineir�o, e Gr�mio, na Arena Gr�mio, na �ltima rodada. Quem sabe os “deuses do futebol” n�o estavam reservando a conquista, diante da fan�tica torcida, no Mineir�o, domingo?
Ainda havia mais 45 minutos, e Cuca mexeu com os jogadores, no vesti�rio, tentando dar um algo mais. Nas ruas de BH, os torcedores, tamb�m ansiosos, vibravam a cada jogada perigosa. Mas, o que eles queriam mesmo, era comemorar logo, para acabar com a agonia e ansiedade. O Galo bateu na trave durante 50 anos, e n�o � poss�vel que o grande momento n�o tenha chegado. A ta�a estava l� na Fonte Nova, linda, para ser entregue ao alvinegro. O Bahia assustou com Matheus Bahia. O Galo devolveu em belo chute de Hulk. No lance seguinte, Ra� Nascimento tocou para Rossi, mas Arana salvou. O jogo mudou sua concep��o, com lances importantes.
A ansiedade continuava prejudicando os jogadores do Galo, Era n�tido o nervosismo. Embora n�o tivessem culpa de nada, eram 50 anos de fila. A tv mostrava a ansiedade do torcedor em BH, tamb�m. E o grito de gol quase saiu, quando Keno cruzou e ela quase entrou. Danilo espalmou. Mas saiu o grito de gol do torcedor baiano. Escanteio cobrado, Luiz Ot�vio subiu em cima de Nathan Silva e fez Bahia 1 a 0. Al�vio para o torcedor da casa, chatea��o para os atleticanos. E o time baiano foi pra cima, querendo mais, e conseguiu com Gilberto, ap�s cruzamento da esquerda. 2 a 0. As coisas se complicavam para o alvinegro. O Galo estava irreconhec�vel! Jogava mal, sem ispira��o, sem a qualidade que lhe � peculiar.
Cuca chamou Sasha e Nathan. Sa�ram Nacho e Vargas. A torcida baiana fazia a festa. Mas, havia um p�nalti para o Galo. Hulk bateu e diminuiu 2 a 1. Eram 27 minutos e havia muito tempo ainda. E o empate veio em seguida com um gola�o de Keno, que bateu no canto. 2 a 2. O Galo voltou ao jogo e estava na hora de virar, fazer o terceiro e levantar a ta�a. E foi com Keno, novamente, que veio o gol do t�tulo. Ele recebeu, na entrada da �rea e fuzilou, sem chances para Danilo. Galo 3 a 2. Faltavam 12 minutos para o Atl�tico Mineiro levantar a ta�a t�o sonhada. O tempo voou e o Galo tornou-se campe�o de fato e de direito, chegando aos 81 pontos, com uma campanha espetacular, irretoc�vel. A festa come�ou na Fonte Nova e n�o tem dia para acabar. Solte o grito, torcedor! O Galo � bicampe�o brasileiro. Conquista maravilhosa, que teve em Hulk o grande maestro da companhia. “� campe�o, � campe�o, � campe�o”!