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Estado de Minas coluna do jaeci

Que o Mineir�o vire uma festa do futebol e da paz no cl�ssico

Vamos torcer para que a final entre Atl�tico e Cruzeiro seja de alto n�vel e que, na arquibancada, o torcedor se comporte bem


02/04/2022 04:00

Na decisão do título mineiro, torçamos para que a arbitragem seja impecável em mais um Galo x Raposa no Gigante da Pampulha
Na decis�o do t�tulo mineiro, tor�amos para que a arbitragem seja impec�vel em mais um Galo x Raposa no Gigante da Pampulha (foto: Juarez Rodrigues/EM/D.A Press - 6/3/22)

Mineir�o lotado e as torcidas de Atl�tico e Cruzeiro dividindo o est�dio. Ser� que os bons e seguros tempos est�o de volta? Tomara que sim. As autoridades deram um cr�dito aos torcedores e cabe a eles fazer o seu papel de torcer em paz, sem agress�o, xingamentos, pancadaria ou morte. A Pol�cia Militar se reuniu com os l�deres das duas principais torcidas organizadas para determinar normas a serem cumpridas. S� n�o entendi uma coisa: se as duas torcidas est�o banidas dos est�dios por seis meses, por que foram chamadas para a reuni�o? E mais: elas poder�o estar no est�dio, ainda que sem uniformes ou qualquer apetrecho que as identifiquem? O importante � dizer que o verdadeiro torcedor, o an�nimo, que n�o est� infiltrado em nenhuma organizada, vai estar no Gigante da Pampulha. E esse torcedor merece o meu respeito. � o pai, a m�e, a vov�, o vov�, a crian�ada, os adolescentes. Esses s�o os torcedores de Atl�tico e Cruzeiro.

No campo de jogo n�o tenho medo de apontar o Atl�tico como favorito. Tem mais time, mais banco, mais grupo, e � considerado o melhor do pa�s. Por�m, no �ltimo cl�ssico vimos a for�a do Cruzeiro. Fez 1 a 0, perdeu in�meras chances de ampliar o placar, e foi punido num erro do �rbitro Igor Benevenuto, que marcou um p�nalti inexistente em Hulk. Mesmo em forma��o e com v�rios problemas extracampo, o time azul mostrou sua grandeza e for�a. Est� se recompondo aos poucos, tentando voltar � elite, que � seu lugar de direito.

Curiosamente, as duas equipes t�m s�rios problemas financeiros, com d�vidas alt�ssimas, que dever�o ser solucionadas t�o logo se transformem em empresas. No caso do Cruzeiro, segunda-feira poder� ser o dia do ‘Sim!’ Se o conselho concordar e aprovar as exig�ncias de Ronaldo Fen�meno, finalmente o contrato de compra ser� assinado. No Galo, os dirigentes estudam de que forma v�o fazer essa transi��o de clube para empresa. � a modernidade chegando ao nosso futebol para ficar. Os presidentes de clubes ser�o pe�as decorativas, pois haver� CEOs mandando e os donos cobrando resultados financeiros e t�cnicos.

Voltando ao cl�ssico, o Galo tem em Hulk seu principal artilheiro, eleito o melhor jogador do pa�s na temporada passada, que come�ou o ano como terminou: fazendo gols! Al�m dele, outros jogadores que se firmaram, como Jair, Zaracho, Alan, um meio-campo muito forte. O Cruzeiro tem Edu, artilheiro da S�rie B, que est� confirmando isso no time celeste. Mas ainda � muito carente no meio-campo e setor de cria��o. Os dois t�cnicos s�o estrangeiros, moda no Brasil atualmente. De um lado, Pezzolano, uruguaio, a mim tem agradado. Do outro, o turco Mohamed, que tamb�m tem feito um grande trabalho, ao manter a estrutura de equipe deixada por Cuca. Claro que ele tem seus conceitos, mas faz o simples, mantendo as caracter�sticas de cada jogador. Aquele que sair vencedor n�o ser� o melhor do mundo, e o perdedor tamb�m n�o ser� o pior. � apenas come�o de temporada e trabalho. H� muita coisa para ocorrer, e sabemos que a prioridade do Cruzeiro � ficar entre os quatro primeiros da S�rie B e voltar � elite. J� o Galo quer ganhar Libertadores, Copa do Brasil e Brasileiro. S�o objetivos diferentes.

Que tenhamos um cl�ssico de alto n�vel, sem animosidade entre dirigentes e jogadores. E que l� em cima, nas arquibancadas do Gigante da Pampulha, os torcedores confirmem a expectativa das autoridades: que se comportem com educa��o, que tor�am, cantem, comemorem ou chorem, mas que, acima de tudo, entendam que � apenas uma partida de futebol, um esporte que s� tem raz�o de ser se for com alegria, paix�o, emo��o, mas sempre preservando a raz�o. Vivemos tempos de �dio, de pandemia, de intoler�ncia. J� passou da hora de voltarmos ao passado, de dividirmos espa�os, respeitando o outro que usa camisa ou bandeira diferente. Que a arbitragem seja serena e passe despercebida. Ali no campo, a neutralidade ser� fundamental para uma boa arbitragem.


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