Em jantar do sorteio dos grupos da Copa Am�rica em 2019 tive o prazer de conversar longamente com o presidente da Conmebol, Alejandro Dominguez, sobre a quantifica��o da Copa Libertadores, em detrimento da qualifica��o. A cada ano que passa a competi��o fica mais desvalorizada, com jogos inexpressivos, equipes de segunda linha, classificando at� nove times do Brasil e outros nove da Argentina. O que temos visto s�o jogos de baixo n�vel, com exce��o das quartas de final em diante. Vejam que o Flamengo fez 8 a 1 no Tolima, no placar agregado. O Palmeiras enfiou 8 a 0 no Cerro Portenho, tamb�m no agregado. S� o Galo n�o fez o seu papel de golear o Emelec, passando para as quartas no sufoco. Tolima, Emelec e Cerro s�o equipes de terceira linha do futebol mundial. Pelo jeito, Dominguez n�o ouviu a minha sugest�o.
Jogadores do River Plate deixam o gramado do Monumental de Nu�ez cabisbaixos ap�s o empate por 0 a 0 contra o V�lez Sarsfield, placar que eliminou o time argentino da Copa Libertadores
(foto: Juan Mabromata /AFP)
Boca e River na lama
Os dois times mais poderosos da Argentina, Boca Juniors e River (foto), agonizam, assim como todo o futebol da Am�rica do Sul. Ambos foram eliminados nas oitavas de final, o que custou o cargo do t�cnico do Boca, Sebasti�n Battaglia. Benedetto perde dois p�naltis, um no tempo normal e outro na decis�o das penalidades, e sobra para o treinador. Marcelo Gallardo, h� sete anos no comando do River, tamb�m deve sair. Aguarda propostas da Europa, pois est� desgastado no clube. A elimina��o para o V�lez, rival argentino, no Monumental de Nu�es lotado, causou indigna��o nos torcedores e dirigentes do River. Sem os dois argentinos, algu�m duvida que a final da Libertadores deva ser feita, mais uma vez, entre clubes brasileiros? O futebol argentino agoniza, assim como todo o futebol sul-americano. Quando a Libertadores recebia apenas os campe�es e vices de cada pa�s, a competi��o era forte e qualificada. Com 32 times, � um baixo n�vel extremo.
Jogadores do Atl�tico comemoram um dos gols da vit�ria por 2 a 1 diante do Flamengo, no jogo de ida das oitavas de final da Copa do Brasil, no Mineir�o. Os times voltam a se encontrar na quarta-feira, no Rio (foto: Alexandre Guzanshe/EM/D.A. Press)
Copa do Brasil
Flamengo e Atl�tico (foto) v�o duelar no Maracan�, quarta-feira, pela Copa do Brasil. O Galo tem a vantagem do empate, mas turco Mohamed deve por as “barbas de molho” e estudar esse “novo Flamengo” de Dorival J�nior, que parece ter encontrado seu novo caminho. Claro que o Galo n�o � o fraqu�ssimo Tolima, mas � bom o t�cnico pegar o tape do jogo do rubro-negro e avaliar o que mudou. Pedro e Gabigol come�aram a se entender. Arrascaeta e Everton Ribeiro est�o voltando a velha forma e Thiago Maia e Jo�o Gomes est�o dando nova consist�ncia ao setor defensivo. O Galo tem v�rios jogadores que n�o est�o rendendo o esperado e apenas uma jogada: bola em Hulk, que quando n�o � bem marcado, desequilibra. Portanto � preciso que Turco e os jogadores assistam ao v�deo do jogo do advers�rio para anular bem as pe�as que funcionaram maravilhosamente bem na quarta-feira. Depois n�o digam que n�o foram avisados.
“Vargonha”
Ainda repercute no Brasil o erro crasso do VAR, que custou dois pontos ao Cruzeiro no empate com o Ituano. Ao tra�ar as tais linhas, de forma equivocada, o dispositivo, leia-se o �rbitro que o comandava, prejudicou o time mineiro, que felizmente faz uma campanha impec�vel e os pontos perdidos n�o far�o falta. Mas � bom a diretoria azul ficar de olho. Pode haver interesses escusos para tirar o Cruzeiro do seu rumo. O VAR no Brasil n�o deu certo, pois para oper�-lo � preciso ter �rbitros e ajudantes com compet�ncia e isso � a coisa que mais falta no Brasil. A arbitragem brasileira � ca�tica, a pior do mundo. Na Europa, quando um �rbitro erra, a gente fica perplexo e comenta durante toda a semana, pois l� dificilmente cometem erros crassos. S�o altamente preparados e, vale lembrar, todos t�m profiss�es extras, o que n�o justifica aqui a gente dizer que � preciso profissionalizar a arbitragem. A verdade � que � preciso formar uma nova gera��o, sem v�cios, qualificada e sem paix�o club�stica.
