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Estado de Minas COLUNA DO JAECI

"Bandidos torcedores" fecham a Fern�o Dias para matar ou morrer

A humanidade caminha para um po�o sem fundo. Que tristeza! O que deveria ser lazer, emo��o e paix�o se transforma em pra�a de guerra. At� quando?


29/09/2022 04:00 - atualizado 28/09/2022 19:22

Briga de torcidas organizadas
Cenas de selvageria protagonizadas por torcedores de Cruzeiro e Palmeiras na rodovia Fern�o Dias colocam novamente em discuss�o a extin��o das torcidas organizadas (foto: Internet)


Eu gostaria de estar escrevendo sobre a bela fase do Neymar, os dribles do Vini J�nior ou os gols de Richarlison. Sobre a campanha do Cruzeiro na S�rie B, a melhor da hist�ria, ou sobre a Copa do Mundo do Catar, que est� chegando. Por�m, como jornalista que sou, n�o posso fechar os olhos para a triste realidade dos “bandidos travestidos de torcedores”, que se digladiaram na Fern�o Dias, que liga Belo Horizonte a S�o Paulo. Duas fac��es de Cruzeiro e Palmeiras, que fecharam a estrada com fac�es, paus, pedras, lan�as e armas de fogo para matar ou para morrer. N�o me importa se A emboscou B, o que importa dizer � que s�o cenas recorrentes, de norte a sul do pa�s, que acontecem com todas as fac��es organizadas. Se voc� usa a camisa da sua agremia��o � inimigo mortal, como dizem os bandidos, “� alem�o”.

As cenas s�o recorrentes e nos envergonham. Rodam o mundo, mostrando a falta de civilidade, de no��o do uso da raz�o. Quantos j� perderam a vida e quantos ainda v�o perder? Eu condeno, veementemente, um pai que leva um filho a um est�dio de futebol. Ele pode at� chegar no local da partida, mas n�o sabe se voltar� vivo para casa. Expor as crian�as a essas cenas de barb�ries n�o � uma coisa normal. Outro dia, nosso companheiro Bira Marinho foi assaltado na Esplanada do Mineir�o, teve seus pertences roubados e apanhou diante do seu filho Matheus. Garanto que ele n�o levar� mais o filho ao est�dio, pois o garoto ficou traumatizado. Esse foi um caso amplamente divulgado, mas h� v�rios que ficam impunes e que sequer s�o registrados. Os bandidos est�o em todas as partes, amedrontando as pessoas de bem. Marcam brigas nas imedia��es dos est�dios de futebol e at� mesmo longe deles. Como cantam nas arquibancadas: “vamos para matar ou para morrer”. O curioso � que h� torcidas j� penalizadas por terem matado, suspensas de ir aos est�dios, mas elas continuam frequentando e fazendo guerra.

Ser� que n�o h� nesse pa�s da viol�ncia, da falcatrua e da mentira, uma autoridade sequer capaz de extinguir as chamadas torcidas organizadas? N�o h� outro caminho, nem outra solu��o. Est�dio de futebol deve ser frequentado por gente de bem, e ponto. � sabido que v�rios dirigentes de clubes s�o coniventes, dando ingressos, pagando �nibus, salas e telefones celulares. J� houve v�rias reportagens mostrando isso. Nenhuma provid�ncia � tomada. Outro dia, no cl�ssico Flamengo x Fluminense, as cenas de horror aconteceram nas imedia��es do Maracan�, cinco horas antes do jogo. Os bandidos sabem que nada acontece com eles, desafiam policiais, autoridades judiciais, enfim, fazem o que querem.

Eu estou enojado. N�o suporto mais ver essas cenas, recorrentes, que rodam o mundo e sujam a imagem do Brasil. Num momento de �dio extremo entre simpatizantes de candidatos A e B, onde n�o respeitam a democracia, o que poder�amos esperar? Como digo sempre, o futebol s� � um mundo a parte nos sal�rios irreais dos jogadores, num pa�s com uma economia quebrada. No mais, ele est� inserido nessa sociedade odiosa, podre, que acha que pode tudo. O pa�s do faz de conta, dos pol�ticos corruptos, da malandragem abre espa�os para esses “bandidos organizados”, quando deveria proteger o cidad�o de bem. Triste realidade. O futebol, j� maltratado nos gramados, fica em segundo plano diante da barb�rie e das cenas de viol�ncia que assistimos. A humanidade caminha para um po�o sem fundo. Que tristeza! O que deveria ser lazer, emo��o e paix�o se transforma em pra�a de guerra antes dos jogos. At� quando? Esta � a pergunta que fazem os torcedores e a sociedade do bem!
 
 

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