
Gabigol fez festa em seu anivers�rio, ter�a-feira, no Rio de Janeiro. O tema foi o filme “O Poderoso Chef�o” e ele mesmo se intitulou “O Poderoso Gabi”. Muita gente foi vestida a car�ter. Alguns jogadores do fracassado elenco rubro-negro estavam l�; outros, como David Luiz, por exemplo, preferiram postar v�deos em casa, jogando cartas.
Os convidados tinham que deixar os celulares na entrada da festa para que nenhum registro fosse feito. Na porta, torcedores, revoltados com o momento do time, protestavam, e alguns chegaram a vias de fato, chutando carros e danificando alguns, at� que a Pol�cia foi chamada para conter os agressores. � lament�vel que tudo isso aconte�a no clube mais popular do pa�s, com folha salarial de R$ 500 milh�es anuais e um futebol med�ocre, abaixo de qualquer cr�tica. Um clube sem comando, sem entendimento entre t�cnico, jogadores e dirigentes, uma bagun�a s�.
Os convidados tinham que deixar os celulares na entrada da festa para que nenhum registro fosse feito. Na porta, torcedores, revoltados com o momento do time, protestavam, e alguns chegaram a vias de fato, chutando carros e danificando alguns, at� que a Pol�cia foi chamada para conter os agressores. � lament�vel que tudo isso aconte�a no clube mais popular do pa�s, com folha salarial de R$ 500 milh�es anuais e um futebol med�ocre, abaixo de qualquer cr�tica. Um clube sem comando, sem entendimento entre t�cnico, jogadores e dirigentes, uma bagun�a s�.
Nunca entrei na vida de nenhum jogador de futebol, dirigente ou t�cnico. Cabe a n�s analis�-los pelo que fazem em campo e, no caso dos dirigentes, pela honestidade, transpar�ncia e compet�ncia. A vida pessoal, como o pr�prio nome diz, � pessoal e temos que respeitar. Por�m, num momento em que o Flamengo vive um turbilh�o, criticado pelos quatro cantos do Brasil, um time chamado de “sem vergonha” pela pr�pria torcida, o camisa 10 e maior �dolo da atualidade fazer uma festa de “arromba” �, no m�nimo, irresponsabilidade da parte dele.
O momento requer entrega no trabalho e Gabigol poderia ter feito uma festa �ntima, com sua fam�lia, para comemorar a data. Quem � p�blico tem que saber o momento de recuar numa determinada situa��o e o momento do Flamengo � para os jogadores ficarem na “muda”, e passarinho na “muda” n�o canta. Gabigol se exp�s, exp�s seus convidados, por um capricho.
Vivemos um mundo violento e cruel, onde as pessoas se sentem no direito de agredir e fazer o que bem entendem, quando n�o concordam com uma situa��o. As redes sociais elogiam e acabam com as pessoas p�blicas, com uma facilidade enorme. E, como parece “terra de ningu�m”, mas n�o �, h� quem fa�a coisas do “arco da velha”. A linha entre o �dolo e a pessoa � t�nue. N�o h� como dissociar o Gabigol atleta do Gabigol homem.
O momento requer entrega no trabalho e Gabigol poderia ter feito uma festa �ntima, com sua fam�lia, para comemorar a data. Quem � p�blico tem que saber o momento de recuar numa determinada situa��o e o momento do Flamengo � para os jogadores ficarem na “muda”, e passarinho na “muda” n�o canta. Gabigol se exp�s, exp�s seus convidados, por um capricho.
Vivemos um mundo violento e cruel, onde as pessoas se sentem no direito de agredir e fazer o que bem entendem, quando n�o concordam com uma situa��o. As redes sociais elogiam e acabam com as pessoas p�blicas, com uma facilidade enorme. E, como parece “terra de ningu�m”, mas n�o �, h� quem fa�a coisas do “arco da velha”. A linha entre o �dolo e a pessoa � t�nue. N�o h� como dissociar o Gabigol atleta do Gabigol homem.
Os dirigentes do Flamengo deveriam ter chamado Gabigol, explicado o momento delicado, j� que ele parece n�o querer enxergar, e pedir que fizesse uma comemora��o mais comedida e mais �ntima. Por�m, s�o dirigentes fracos, sem comando, e os jogadores do Flamengo parecem que n�o est�o nem a�. Eles esquecem que est�o ligados � imagem do clube e que tudo o que fazem tem repercuss�o, positiva ou negativa. Os tempos modernos s�o assim. Os jogadores perdem os jogos, saem para festas e baladas, como se nada tivesse acontecido. Volta e meia h� torcedores os pegando nas baladas, gravando e os intimidando. A falta de discernimento e, em alguns casos, a cara de pau dos atletas, os coloca em situa��es delicadas.
Todos sabem que sou saudosista. O futebol do passado me seduz at� hoje e os jogadores tamb�m. Gosto de conversar com eles, e numa dessas conversas, o Rei Dad� me disse: “Jaeci, quando eu perdia um jogo pelo Atl�tico e, principalmente um cl�ssico, eu ficava uma semana sem sair de casa, para lugar nenhum. Nem comprar p�o e leite eu ia. Era de casa para o treino e vice-versa. A gente tinha vergonha de perder os jogos”. Isso mostra os valores de fam�lia, de dec�ncia, de respeito que os jogadores do passado tinham. Respeitavam a institui��o, os torcedores, suas fam�lias e eles pr�prios.
Hoje em dia, os caras n�o est�o nem a�. Perder ou ganhar n�o vai tirar um centavo de suas contas banc�rias. E como a preocupa��o hoje � s� com o dinheiro e os altos contratos, eles n�o t�m compromisso com a vergonha na cara. Por isso os torcedores os chamam de “sem vergonha”. Como escrevi na minha coluna na Copa do Catar quando o Brasil foi eliminado, n�o � sobre perder ou ganhar. � algo que vai muito al�m disso.
Hoje em dia, os caras n�o est�o nem a�. Perder ou ganhar n�o vai tirar um centavo de suas contas banc�rias. E como a preocupa��o hoje � s� com o dinheiro e os altos contratos, eles n�o t�m compromisso com a vergonha na cara. Por isso os torcedores os chamam de “sem vergonha”. Como escrevi na minha coluna na Copa do Catar quando o Brasil foi eliminado, n�o � sobre perder ou ganhar. � algo que vai muito al�m disso.
