O tempo � relativo e depende do referencial a partir do qual o medimos

Em 1905, o brilhante f�sico alem�o Albert Einstein (1879-1955) transformou o entendimento sobre o espa�o, tempo e gravidade ao afirmar que o tempo � relativo - foi quando apresentou ao mundo a Teoria da Relatividade. Segundo Einstein, o tempo pode ser acelerado, passando mais r�pido para uns, ou freado, passando mais devagar para o outros. Para um corpo parado, o tempo corre com velocidade m�xima. Mas quando o corpo come�a a se movimentar e ganha velocidade na dimens�o do espa�o, a velocidade do tempo diminui para ele, passando mais devagar. Ou seja, quanto mais r�pido o corpo se move, mais devagar o tempo passa.

Sim, o tempo � relativo. Em nosso dia a dia usamos o rel�gio para marcar o tempo, mas como grandeza relativa ele depende do referencial a partir do qual o medimos. Dessa forma, o tempo deixa de ser um valor absoluto e passa a ser relativo ao ponto de vista.

� relativo em fun��o de nossa ansiedade: quando estamos viajando para um lugar desconhecido, a viagem de ida � sempre mais demorada que a de volta.

� relativo na propor��o de nossa fome: o mesmo tempo de 30 minutos do cozimento do feij�o pode nos parecer uma infinidade se estamos famintos. Mas, num churrasquinho com os amigos a tarde de s�bado voa.

� relativo quanto ao prazer: uma noite bem rom�ntica passa rapidinho, enquanto uma noite discutindo a rela��o parece demorar um s�culo.

� relativo se o tempo medido � de pedreiro: segundo um epis�dio lan�ado pelo Canal Porta dos Fundos, em janeiro de 2018, o "hoje" de um pedreiro � o "amanh�" do brasileiro m�dio, que corresponde ao "depois de amanh�" de um carioca, que equivale � "semana que vem" de um su��o.

� relativo em face do nosso t�dio: os dias s�o extremamente longos quando estamos no escrit�rio sem ter o que fazer ou desenvolvendo algo entediante.

� relativo quanto � nossa satisfa��o: nada como um dever cumprido, a sensa��o de ter atingido o que se prop�s a si mesmo, com equil�brio entre responsabilidade e divers�o.

Para mim, a m�sica "Ora��o ao Tempo" de Caetano Veloso, � perfeita para refletirmos sobre a no��o de como o tempo � o fluxo determinante da vida e das nossas emo��es.

"Tempo, tempo, tempo, tempo

Compositor de destinos

Tambor de todos os ritmos

Tempo, tempo, tempo, tempo

Entro em um acordo contigo

Tempo, tempo, tempo, tempo

Por seres t�o inventivo

E pareceres cont�nuo

Tempo, tempo, tempo, tempo

�s um dos deuses mais lindos

Tempo, tempo, tempo, tempo".

N�o importa a idade, fa�a do tempo a velocidade da vida.